NADA É POR ACASO

SE VOCÊ CHEGOU POR ACASO, OBSERVE SEU MUNDO INTERIOR, ELE QUER CONVERSAR COM VOCÊ.

SE CHEGOU POR CURIOSIDADE, VOCÊ NÃO SERÁ MAIS O MESMO.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

ENTÃO É NATAL!

Quem quando criança não esperava com ansiedade a chegada do Natal? Numa infância pobre e humilde, este é o dia marcado para se receber presentes, brinquedos, chocolates, uma roupa nova, um sapato novo. Isso, quando os pais ainda tem condições de fazê-lo. Lembro como esperava por este dia, a hora de procurar pela casa, a caixinha do Papai Noel. Com esta caixinha, um carrinho ou uma bola de plástico... Às vezes, um sapato novo, que usava dias dentro de casa, acostumando o pé pra não fazer bolha na missa de Natal.
O tempo passa, a gente cresce, a inocência de criança se vai, mas a ansiedade do Natal continua. Agora, gente grande, o Natal é outro tipo de ilusão. Agora, é festa, folga, férias, descanso, 13º salário. Motivo pra ir no shopping, gastar dinheiro, comprar presentes. Fazer dívidas! Afinal, é pra isso que serve o Natal, um motivo para se gastar, numa semana, todo dinheiro ganho com o 13º.
Chegado o dia, Feliz Natal prá cá, Feliz Natal prá lá! Todos felizes, comendo e orando, digo comemorando. Todos são amigos, esquecem-se as divergências. No dia seguinte, resta limpar a sujeira, ressaca, dor de cabeça, um pouco de depressão. Hora de ver o extrato bancário, fazer contas pra ver o rombo e a sobra pra festa de final de ano. Isto dá um novo ânimo! Se não há dinheiro, lembramos do cheque especial, cartão de crédito. 
Depois de repetir tudo, não tem mais jeito!  Não dá mais pra fugir, não dá mais pra se iludir. A festa terminou, a vida boa, a magia se foi. O mundo de ilusão ruiu. É hora de recomeçar, a realidade está aí. O espírito de Natal sumiu! Só resta olhar o calendário, programar o próximo Natal e torcer para não cair num final de semana. 
Apesar do Natal ser simbólico e a data fictícia, o espírito de Natal realmente mexe com as pessoas. Ficamos mais bonzinhos, mais filantrópicos, mesmo que seja com um pouco hipocrisia. O que interessa é que funciona! 
Por quê não conseguimos levar adiante, prolongar este período, esta trégua? Durante o ano todo, deixamos aflorar nosso instinto de sobrevivência. Depois, durante um período marcado, deixamos de lado nosso lado animal e nos tornamos mais humanos. O que nos faz tão diferentes? É como se tivéssemos dupla personalidade. O que nós somos afinal, ainda animais, ou quase humanos? É como se baixássemos a guarda. Parece que nestes dias não ficamos na defensiva. Não precisamos nos defender de algo. Relaxamos e deixamos o que vem do nosso íntimo aflorar. O que vem de dentro de nós, é limpo, é puro e esperamos que todos sintam o mesmo. Nossa caminhada ainda é longa! Para agirmos com espírito sempre, falta muito. Pensemos nisto neste Natal!
Para não parecer demagogo, aos meus seguidores e eventuais leitores, um breve Feliz Natal! E um próspero Ano Novo! Vem aí um 2012 que promete! Uma nova era nos espera!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

OS MANDAMENTOS SÃO PARA INOCENTES!

O que faz que sejamos tão errados, tão malvados, tão ruins assim? Por quê este mundo vai acabar e somente 10 porcento da população, das almas que vivem neste planeta, tem condições de viver no novo mundo que está por vir? Poderiam ser enumeradas, dezenas, centenas de maus exemplos, de maus procedimentos, poderíamos falar dos 10 mandamentos ... mas vamos falar de coisas mais importantes.
Gosto de dar exemplos, fazer analogias, para que o raciocínio possa ser acompanhado. Posso me tornar repetitivo, mas até isto tem uma razão. É pela repetição que conseguimos gravar as coisas, lembrem do número 7. Setenta vezes sete, se for preciso.
Nós repetimos aqui, no mundo físico, a organização da Hierarquia Divina. Assim como é em cima é embaixo. Quando trabalhamos numa empresa organizada, geralmente passamos por avaliações. Quando isto acontece, o superior que nos avalia leva em conta aspectos gerais de conduta, de perspectivas, de procedimentos. Ninguém chega até nos com um caderninho na mão, enumerando os dias, os momentos, os fatos que foram levados em consideração. Pode-se dizer que somente a essência é considerada. Assim é no nível espiritual.
Nada em nossas vidas passa despercebido. Não há folha que caia, sem que a fonte tome conhecimento. Mas como estamos sob a lei do carma, esta lei por si só se encarrega de criar situações, condições de equilibrarmos nossa conduta. São os pequenos desprazeres diários que acontecem e nos acompanham nas nossas vidas. Além do mais, posso dizer com toda certeza, para aliviar consciências pesadas, que é praticamente impossível, viver neste planeta denso, sem cometer certos deslizes, sem cometer alguns "pecadinhos". Garanto que até o ser Jesus teve seus momentos. É para isto que serve a compaixão Divina, sempre pronta a nos dar outras oportunidades. Precisamos ter em mente também, que tudo são experiências. Não há como saber o que é certo, sem termos noção do errado. O que não podemos, é repetir, permanecer no erro, após termos consciência do que é errado. Até o momento da ciência, da consciência, somos considerados inocentes. A lei Divina tem amor, compaixão, mas não é complacente, ela não compartilha os nossos erros para nos agradar. Quando fazemos errado, precisamos equilibrar e isto toma tempo. Quanto mais erramos, mais demoramos para nos encontrar com nossa essência, nossa parte Divina.
Um fator muito importante a ser considerado no nosso atraso espiritual, é o desconhecimento, a ignorância, a falta de esclarecimento, de lucidez. O que nos falta é a tal luz que tanto pedimos em nossas orações. Luz em relação ao que somos na verdade. De nada adianta pedir, se não nos mostramos receptivos a isso. Assim como numa empresa, se não conhecermos, se não nos aprofundarmos, se não houver esforço para nos inteirar da empresa da qual participamos, não há promoção, não há retorno, não há recompensa. Geralmente nos preocupamos com um plano de cargos e salários. Espiritualmente também precisamos saber o que somos, onde estamos e para onde vamos.
A vida é feita de mundos, níveis de consciências, nos quais cada um de nós esta inserido. Por mais esclarecidos que formos, ou acharmos que somos, sempre há outros mundos, outros níveis de consciência para alcançarmos. O mundo, a mente, o conhecimento, o nível de consciência do líder no trabalho, é maior que o mundo, o nível de consciência, de um colaborador, consequentemente, suas responsabilidades serão maiores, mas também sua recompensa é maior.
Nos estamos vivendo num mundo material, físico e tudo que fazemos, pensamos, esperamos, é levando em conta este mundo material. Se esperamos uma recompensa, uma graça, pensamos sempre materialmente, pensamos no retorno financeiro, ou na cura de uma doença física. No mundo espiritual, o maior retorno não é físico, não é material, porque nossa verdadeira vida não é essa. A vida em abundância prometida por Jesus, não é abundância material . Por vivermos neste mundo material e por ser necessário sobreviver nele, obtemos pequenas graças, recompensas materiais, emocionais, que nos dão o incentivo, a energia para continuarmos crescendo.
O mundo físico é limitado, nosso desafio é transcender, ultrapassar a compreensão deste mundo físico. Um grande passo que pode ser dado é tentar ver além deste mundo, ver além desta bola, além do planeta. Ver que fazemos parte de algo maior. Que fazemos parte de um sistema solar. Este, faz parte de uma galáxia, que é uma entre milhares. Diante da imensidão deste universo, será que não daria pra aceitar a possibilidade de vida, ou outras formas de vida? E se lhes dissesse que são 12 os universos, assim como eram 12 os apóstolos, são 12 os raios, os tipos de energia que nos influenciam, foram 12 os trabalhos mitológicos de Hércules... Assim como o número 7, o número 12 também é simbólico.
Nas nossas vidas, estamos inseridos em mundos de relacionamentos, como família, amigos, colegas de serviço. Se não nos abrirmos para outras possibilidades de relacionamentos, podemos ficar presos a estes mundos por tempo ilimitado. Podemos ver por exemplo, a dificuldade com que nos adaptamos com a cultura, o modo de vida de outro país, a um novo emprego, ou quando uma pessoa mais humilde se depara com alguma pessoa que considera mais importante. As dificuldades iniciais vão sendo superadas com o tempo. Tudo não passa de uma forma de compreensão, que temos das coisas, da vida. Assim também devemos agir em relação à forma que encaramos este mundo. Precisamos ficar receptivos, com a mente aberta para aceitar outras formas de ver a vida, outros mundos, outros universos. Aos poucos perceberemos que a forma antiga, era somente mais um, dos modos de ver, de entender a vida e de nos relacionarmos com ela. Nós temos dificuldades para aceitar o novo. Por não aceitarmos o novo, ficamos repetindo por séculos os mesmos erros. A partir do momento que abrimos nossa mente para a possibilidade nova, ela começa a fazer parte da nossa vida. Aos poucos iremos então perceber, que os 10 mandamentos eram para iniciantes. São como uma instrução, que o pai dá para um filho inocente .
Há muitas perguntas a serem feitas, ou esperando por respostas. Se ficarmos olhando, vendo, vivendo nosso mundo de maneira limitada, se ficarmos vendo o mundo como uma bola, ou, se ao olharmos para o céu só enxergarmos estrelas, ficaremos limitados consciencialmente e espiritualmente. Nós não somos só isto. É preciso ver nosso planeta como parte integrante  de um todo, como parte de um universo. Há certas verdades de hoje, que já são insustentáveis. Se não quisermos acreditar em discos voadores, em extra-terrestres, em outras formas de vida, vejamos de outro modo, vejamos como irmãos cósmicos. 
Não enxergar  além do céu, é um grande entrave para nosso desenvolvimento espiritual. Como encontrar o "reino de Deus" se nos recusamos a aceitar coisas novas, diferentes? Já ficamos por mais de dois mil anos tentando do jeito atual, procurando aqui na terra e não achamos nada!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

BARRABÁS, O ESCOLHIDO!

Dando continuidade à transcrição do livro de Trigueirinho, O mistério da Cruz na atual transição planetária, hoje transcrevo a segunda etapa, que fala da escolha que foi feita pelos Homens no tempo de Jesus e como esta escolha ainda persiste, na atualidade.
Sempre em qualquer momento das nossas vidas temos a possibilidade de escolher entre o certo e o errado, entre o justo e o injusto. Esta escolha pende sempre para o lado negativo, devido a atuação das forças contrárias, que atuam nos níveis da nossa personalidade, não nos deixando sentir, perceber a nossa essência Divina.
O texto abaixo é meio difícil de entender, mas isto é mais um exemplo, que dependendo do conhecimento, da visão que se tem de um fato, de uma história, podemos deparar com uma interpretação muito diferente do que estamos acostumados. Mas a essência, o principal, é que temos que ter em mente aquilo que venho tentando mostrar nos meus textos. Se quisermos, nos elevar espiritualmente, precisamos sair do marasmo, da mesmice. Um texto, uma mensagem com inspiração espiritual elevada tem um sentido totalmente diferente do que a nossa mente racional, concreta pode interpretar. Fazendo uma analogia, é igual  um pai ou uma mãe tentando explicar algo para uma criança, é preciso achar palavras certas para se fazer entender. Se Jesus fosse viver entre nós hoje, ele continuaria falando por parábolas. Já se passaram dois mil anos e continuamos analfabetos espiritualmente. Nossa consciência espiritual é como a consciência de uma criança, continua imatura. Não conseguimos entender o real significado das nossas vidas.
Se olharmos por exemplo, a opçã entre soltar Jesus ou Barrabás, ficamos admirados pela escolha feita pelo povo na época. Se olharmos pela ótica do que cada um representava, hoje continuamos a optar por Barrabás. Continuamos a escolher o errado.
Já disse uma vez, que não é preciso virar santo. Mesmo querendo, nós não conseguiremos mudar da noite para o dia. Isto é um serviço incansável, persistente. Mesmo falhando, precisamos tentar acertar na próxima. De tanto tentar, uma hora nós acertaremos. Assim é em tudo. Espiritualmente não é diferente!

O julgamento: a escolha dos homens.

Jesus é conduzido ao tribunal, e colocado diante de Pilatos e dos sacerdotes judeus. É acusado injustamente; porém nada responde.

Por incontáveis períodos o Logos da Terra vem concedendo aos seres as condições propícias possíveis ao seu desenvolvimento. Ofertou-lhes as reservas do planeta, abriu-lhes suas vertentes, dando-lhes tudo o que necessitavam; porém, como resposta a tantas dádivas, a humanidade enveredou-se pelo caminho da espoliação e do usufruto, e entregou-o às forças que tentam destruí-lo. Mesmo assim, a vida planetária prossegue em continua doação.
O Logos da Terra guarda uma intima relação com a energia crística; assim, aquilo que ocorre no corpo planetário é, num sentido oculto, impresso no veio crístico que rege a existência da Terra e do sistema solar. Como disse Cristo: “Eu sou a Luz do Mundo”. 
- Sempre tivemos entre nós, seres evoluídos, que vieram aqui para nos ensinar, se doar. No caso de Jesus, mesmo acusado injustamente, Ele se calou. Continuou se oferecendo em sacro-ofício, para nosso bem, para nos servir de exemplo de conduta. Ele poderia ter se rebelado mas não o fez. Ele no caso, por ser representante Divino, representava no momento a contínua e incansável vontade de Hierarquia Divina, que sempre nos oferece meios, condições para crescermos, evoluirmos. Hoje a situação continua a mesma. Continuamos não entendendo o verdadeiro significado desta nossa vida material. Usamos e exploramos com fins escusos e negativos os recursos materiais que nos são disponibilizados. Agindo desta maneira, energizamos, vitalizamos, reforçamos as forças negativas com as coisas Divinas. A vida planetária, tudo que existe neste planeta, representa a fonte e continua em plena doação assim como Jesus se doou, pois Deus é tudo, está em tudo. A vida planetária não se rebela, mesmo sendo explorada para fins negativos. Ela sempre está esperando ser compreendida como sendo doação Divina, como parte da Luz e não das trevas.

Por três vezes Pedro, discípulo de Jesus, nega conhecê-lo.

(...) O intenso grau de ilusão e envolvimento com as forças involutivas, forças ainda presentes nos três níveis de consciência materiais, impede aquele cujo conhecimento se restringe à vida expressa nesses níveis de contatar sua origem interna. Leva-o a recusar a possibilidade de ser por ela tocado, e a abjurar sua própria filiação divina.
Mesmo os que puderam reconhecer em seu interior a imanência da energia crística, que se privaram da sua presença, estão sujeito a negar, nos três níveis da personalidade, os princípios mais internos da sua própria consciência. Nesses tempos de transição, em que as forças dissuasivas acossam intensamente os seres resgatáveis, há de se estar vigilante e caminhar fielmente em direção à Luz.
- Pedro negou Jesus três vezes. Podia ser uma, duas, mas foi três. As três vezes simbolizam os três níveis da personalidade, o ego, o mental e o astral(emocional). É nestes níveis que as forças negativas atuam em nós e não nos deixam contactar a nossa essência, nossa origem Divina. Pedro negou e nós continuamos a negar. Negamos sendo mesquinhos, egoístas, acumulando bens sem fins sociais. Mesmo os que podem estar no caminho certo ainda não estão livres das forças involutivas. É preciso estar atento sempre. É preciso "vigiar" sempre.

Á turba é perguntado se queria a libertação de Jesus ou de Barrabás, um afamado malfeitor; a turba opta por Barrabás.

Continuamente a humanidade esteve diante da opção de se integrar à Luz e à Verdade. Insistentemente foi chamada a unir-se Àquele que lhe concede a existência; porém, envolvida com rumores de vozes que lhe prometem prazeres e deleites, não escutou o Chamado.
Principalmente nesta época de transição, a grande maioria deixa-se seduzir pelo já corrompido mundo material e obstinadamente resiste à penetração da energia do Espírito, cada vez mais abrindo campo para o domínio das trevas.
-A multidão escolheu Barrabás e não Jesus. Tiveram a opção, assim como nós temos hoje, de escolher entre a luz, o certo e a escuridão, o errado. Não escutamos o chamado insistente de Deus para nos unirmos a Ele. Nos deixamos envolver pelos prazeres da vida material. Continuamos a preferir, a escolher aquilo que representa o errado, a escuridão, a ignorância.

Pilatos “lava as mãos”.

(...) Principalmente neste século, a Hierarquia planetária procurou aproximar-se dos principais governantes das nações do mundo, enviando-lhes mensageiros. Além disso, no período em que ainda havia possibilidade de esta civilização retroceder no seu acelerado processo de degradação, a Hierarquia também procurou, sempre que as condições cármicas permitiam, impulsionar alguns indivíduos a ela coligados a assumirem posições chaves nas estruturas governamentais da superfície do planeta. Contudo, mesmo com todos esses esforços, as garras da vaidade e da ambição, o mau uso do poder e a ilusão dos bens materiais haviam se impregnado muito fortemente no coração dos homens, e os governos das nações, que deveriam espelhar a Regência interna do planeta, cederam à pressão das forças do caos.
- Os governantes de hoje, assim como Pilatos, simplesmente lavam as mãos. Deixam acontecer, deixam passar, é o simbolo do capitalismo. Deixar as forças do mercado livres para atuarem, sem intervenção do Estado, que deveria manter o equilíbrio e a paz social. Os governantes deveriam ser a extensão da hierarquia Divina e deveriam saber intervir, impor o correto, mas não o fazem. Deveriam ser responsáveis por manter equilibrado o uso dos recursos disponíveis. A ambição e o mau uso do poder reforçam a situação atual, onde poucos tem muito e muitos tem pouco ou quase nada. Quando algum governante se dispões a usar algumas políticas mais sociais, acaba sendo criticado. Se Jesus estivesse hoje entre nós, querendo implantar sua filosofia de vida, como será que os governantes reagiriam? Será que nós deixaríamos? Vejam alguns países da Africa, onde a fome é crônica. Será que mudaria alguma coisa? Não precisamos ir tão longe assim, temos exemplos à nossa porta.
Os soldados arrancam as vestes de Jesus e cobrem-no com um manto vermelho, armam uma coroa de espinhos e colocam-na sobre sua cabeça; zombam dele, cospem-lhe no rosto e batem-lhe com varas.
(...) Á medida que a vida externa foi ingressando em uma fase de maior densidade, e que os homens foram cedendo ao assedio das forças involutivas, a possibilidade de relacionamento da humanidade com a Hierarquia foi sendo restringida. Com o descompasso entre as metas dos governantes dos povos de superfície e o propósito da Regência interna do planeta, muitos seres humanos tornaram-se dóceis instrumentos das forças do mal.
A destruição traçada por essas forças involutivas ganhou espaço no viver dos homens. O fogo dos incêndios criminosos enrubesceu o céu do planeta, a extração sem critérios dos recursos naturais feriu suas camadas externas, o contínuo despejo de resíduos e dejetos no solo e nas águas contaminou seus mananciais, as guerras e as experiências com armamentos destruíram tanto a vida material quanto a sutil de muitos setores do planeta.
- A terra, o planeta, com todos seus recursos naturais, pode representar para nós o que Jesus representava na época. Jesus era o símbolo, a extensão da fonte, da verdade, do correto, a face física de Deus. Nós hoje, praticamente zombamos do poder, da representatividade Divina aqui na terra, assim como os soldados fizeram despindo Jesus. Não estou falando de hierarquias ou representantes das religiões. Estou falando da pureza, do amor, de tudo que é correto. Tirando as vestes de Jesus, tiraram aquilo que ele representava como símbolo da Fonte, do correto, símbolo Divino. Nós hoje usufruímos das coisas Divinas, dos recursos naturais, sem nos importar com aquilo que elas representam para nós de verdade. Temos relações sociais que representam hiprocrisia pura. O manto vermelho pode significar a destruição do nosso planeta, dos recursos naturais que nos são ofertados. Pode representar também, nossas relações sociais. Cobrir Jesus com o manto vermelho pode ser o mesmo que cobrimos o planeta com o vermelho da destruição, ou o próprio sangue da humanidade que é derramado todos os dias. A coroa de espinhos pode simbolizar a coroação das forças negativas. Invertemos os valores. O que era para nos servir para o bem, hoje é usado para servir o mal. Coroamos o mal, damos poder ao mal.
A intenção das forças negativas é implantar o caos, a desordem, a má utilização das coisas Divinas ou o que elas representam, a destruição do próprio Homem em sí. É isto que acontece hoje, a má utilização e distribuição dos recursos que nos são oferecidos, doados. Jesus não foi compreendido pelo que na verdade Ele representava. Nós não compreendemos a vida e tudo que nos é oferecido pelo que na verdade ela representa.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PRECISAMOS CARREGAR A CRUZ!

Toda vez que acontece um fato, sejamos simples espectadores ou personagens, podemos encará-lo como mais um acontecimento, mais uma história a ser contada. Mas também podemos ir além, podemos tentar entender o motivo deste acontecimento e o significado que ele tem. Aliás, é isto que deveria ser feito, com cada ponto, cada vírgula que acontece conosco, ou ao mundo a que pertencemos, seja na vida particular, familiar, na sociedade, no planeta. Nada é por acaso!
A história da humanidade, a criação deste mundo, a vida de Jesus, fatos narrados na Bíblia, assim como fatos que acontecem diariamente na nossa vida, na vida em sociedade, acontecem e não podem ser negados. O que é preciso saber e é muito importante que tenhamos isto sempre em conta, é que uma história pode ser presenciada, analisada, contada de diversas maneiras. Isto depende do "ponto de vista" de cada pessoa envolvida, depende dos pormenores, dos detalhes do fato que são conhecidos e principalmente, do estado de consciência, da visão holística que temos, de tudo que está envolvido neste fato. Quantas vezes já não aconteceu de sermos mal interpretados, mal compreendidos ao expressarmos nossa opinião sobre um assunto qualquer. Isto acontece por causa das diferenças, intelectual, mental, emocional ou espiritual, das partes envolvidas.
Num momento de dificuldade, acabei desabafando com um desconhecido que apareceu "por acaso" em minha vida. Como eu tinha uma visão ultrapassada da vida, principalmente no que se tratava à espiritualidade, comentei que achava que a causa de tudo poderia ser a minha vivência "em pecado" com minha companheira. Segundo a Bíblia, um homem e uma mulher só podem viver uma vida conjugal sendo casados na Igreja, perante Deus. Este homem, tinha uma visão diferente da minha e me fez ver que este poderia ser o último dos motivos destas dificuldades. O que poderia influenciar, seria mais o meu sentimento de culpa, a minha compreensão errada de "pecado", do que o fato em si. Tudo é uma questão de visão, de interpretação. Uma interpretação errada, ou um fato divulgado sob um ponto de vista errado, pode causar mais mal do que o significado real ou simbólico que ele pode ter. Por isso, cuidado com os comentários da vida alheia!
Mas o que eu quero tentar mostrar, é como uma interpretação pode mudar o sentido das nossas imaginárias dificuldades, ou do sofrimento que pensamos ter em nossas vidas.
A vida de Jesus pode ser vista como uma história sofrida, emocionante, heróica, sacrificante, ou tantos outros objetivos que queremos adicionar. Pode também ser interpretada como uma mensagem simbólica, uma história a ser pensada, analisada, atualizada. Todos seus passos, sua morte na cruz, a ressurreição, tudo pode ser simbólico. Há quem diga que o ser chamado Jesus, morreu de morte natural, aos 64 anos. Há quem diga também, que o tempo ideal de convivência entre homem e mulher, é o tempo suficiente para que ambos possam aprender o que cada um tem a ensinar e para isto não são necessárias as formalizações. Estas são verdades conscienciais, isto é, dependem do estado de consciência de cada pessoa. Quando será que poderemos aceitar estas verdades? Quando será que poderemos dizer que sabemos da verdade? Há tantas  verdades, quanto estágios evolutivos. Dificilmente, hoje aceitamos certas verdades que nossos pais contavam quando éramos crianças. E assim sempre será. Amanhã provavelmente você não mais aceitará como verdade, o que acha ser certo hoje.
Um dos motivos do nosso atraso espiritual, é um erro de interpretação. Quantas vezes ouvimos falar de pessoas, que dizem ter conseguido determinada coisa, um bem material, uma situação de conforto material, ou um sonho alcançado, com muito sacrifício! Sacrifício no sentido de renuncia, de sofrimento. Renunciou a quê? Sacrificou o quê? O correto seria falar, com muito sacro-ofício, no sentido de ofício santo, sacro. Um trabalho de elevação, de crescimento, de evolução. Se nós fizermos um sacro-ofício, nós receberemos uma compensação, teremos uma graça alcançada, conseguiremos como recompensa a situação, o bem almejado, mas também teremos nos elevado espiritualmente.
Este é o desafio da vida. Fazer de nossa vida, em todos os momentos, um momento sacro, santo, de elevação, de crescimento. Podemos continuar fazendo tudo igual como antes, mas com outro sentido, sempre pensando no crescimento, na elevação espiritual e não na compensação material. Precisamos saber que qualquer situação que estamos passando, todo sofrimento ou dor que estivermos sentindo, tem um motivo, tem uma razão de ser. Se passarmos o tempo desta situação, deste sofrimento, desta dor, pensando que ele é um período de sacro-ofício, de elevação e como consequência elevarmos nosso pensamento à fonte suprema, tudo será mais fácil. Então, "o jugo lhe será leve".
Jesus, no caso, encarou aquele período como um período de sacro-ofício e não como um sacrifício. Ele fez, pensando em elevar, em santificar. Ele fez pensando no Pai. Ele não fez uma renúncia. Ele iria renunciar a quê? A esta vida material, que Ele sabia que é pura ilusão, que não é a verdadeira vida?
Nós sempre encaramos a vida, como sendo uma vida de muito sacrifício, de muita luta, de muita dor, por isso nós sofremos. Devido a este sofrimento, a esta dor que sentimos, tendemos a ficar parados, não nos esforçamos. Seguir adiante dói, machuca, cansa. Se não nos esforçamos, se ficamos parados, não temos recompensa, não alcançamos a graça. Se formos obrigados a seguir e seguirmos sem dedicar esta luta, esta dor, este sofrimento à fonte, ao Pai, estaremos sofrendo à toa. Estaremos perdendo tempo, pois a compensação material que talvez se consiga,  não vale nada perante Deus.
A maioria de nós, não consegue proceder da mesma forma que Jesus. Diante de qualquer dificuldade, desistimos, reclamamos da sorte, nos sentimos injustiçados. Mal sabemos nós, que estes momentos, são oportunidades que nos são dadas, para provarmos o nosso amor ao Pai. Até pequenas coisas não conseguimos fazer. Reclamamos por andar a pé, por tomar banho frio, por não termos a roupa da moda...
O que Jesus fez, não irá nos salvar. Nós ainda não estamos salvos! Ele só nos mostrou o que precisamos fazer. Ficamos glorificando, exaltando Jesus, pensando que tudo está feito e esquecemos de fazer a nossa parte! Não é por acaso que somente dez porcento da humanidade está apta para viver o novo mundo. Temos que carregar nossa cruz, oferecendo-a como sacro-ofício! Ninguém irá fazer por nós, o que precisa ser feito. Jesus, fez a parte D'ele e como recompensa, "subiu ao céu". Nós, queremos o céu sem esforço.  

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TUDO CONTINUA COMO ANTES ...

Venho tentando mostrar uma maneira diferente de ver a vida, de enxergar o mundo, principalmente no que diz respeito a espiritualidade. Uma delas é a forma de interpretar passagens bíblicas. Podemos ter a Bíblia como apoio e tentar trazer para os dias atuais, suas citações, sua palavra, sua mensagem e principalmente a passagem de Jesus aqui no nosso planeta.
Jesus não deve ser visto como o "Filho enviado por Deus" que veio aqui para nos salvar. Nós não somos tão importantes assim para termos esta exclusividade. Jesus é um ser, uma consciência evoluída, que optou por encarnar aqui, viver na forma humana, para nos deixar um exemplo de vida. Exemplo de como devemos proceder nesta vida, neste mundo, diante das forças involutivas que tentam eternizar seu reinado. Também deixou claro o que todos nós podemos ser, ter, se resolvermos "deixar tudo" e segui-lo.
Tudo serviu para nos ajudar e também serviu para sua própria evolução, como consciência que é e como todos nos somos. Ele e nós, somos parte da Creação Divina. Lógico que Ele teve apoio de seres superiores, a Hierarquia Divina, que está e sempre esteve pronta a nos apoiar, basta haver sincera intenção. A maneira, a forma que sua passagem por aqui, nos é mostrada, e de certa forma imposta, é, como já disse em outras postagens, fruto de obra humana, intencional ou não, consequente do estado evolutivo da época. Isto sempre devemos ter em mente. A forma que interpretamos qualquer ato, ou fato, sempre dependerá do nosso estado evolutivo, da nossa consciência e em termos espirituais não é diferente.
Como nada é por acaso, deparei-me com parte transcrita de um livro, que mostra de uma maneira muito melhor que a minha, o significado da passagem deste ser por aqui. E também, como nos dias atuais continuamos a proceder da mesma maneira que a dois mil anos atrás. A diferença, é que a maioria de nós sucumbe às tentações que Jesus resistiu.
Com a ajuda da atual tecnologia, com um simples Control C e Control V, compartilho esta interpretação e faço algumas observações. O texto é parte do livro de Trigueirinho "O MISTÉRIO DA CRUZ NA ATUAL TRANSIÇÃO PLANETÁRIA".
Esta transcrição se divide em 7 partes e por ser um trecho longo, farei isto com tempo, sendo a de hoje a lª etapa, que fala da prisão de Jesus.



1ª etapa

A prisão: A traição da humanidade.


Jesus vai com seus discípulos até um horto. 
Há dois mil anos, em Jesus, a energia crística esteve presente em meio à humanidade, expressando-se da maneira mais plena que então era possível por intermédio de um ser encarnado no nível físico da superfície da Terra; a maioria dos homens, porém, não quis acolhê-la
- Jesus é um ser, uma consciência. A energia de Cristo, que é outra entidade, outra consciência, se fez presente aqui, através de Jesus. Nem na época de Jesus, nem hoje, a maioria de nós não aceita esta energia. Na verdade nós a queremos, mas sem esforço. Não queremos deixar para trás nosso velho modo de viver, as regalias e os benefícios ilusórios das coisas materiais.
Na época atual processo semelhante ocorre, e de toda a humanidade da superfície apenas dez por cento responde positivamente ao chamado crístico que, ecoando desde milênios, nesta transição da Terra reapresenta-se de modo peculiar.
- É o que já comentei em data anterior, são os dez porcento, o trigo separado do joio, que serão os escolhidos a permanecer neste planeta, após a transição, do "fim do mundo". Estes são os que hoje "aceitam" esta energia . Hoje esta energia se faz presente de uma maneira mais forte, o que facilita ao ser se entregar a ela.
Os que respondem são os discípulos da Luz, aqueles que reconhecem a Luz do Amor e da Sabedoria. Sua coligação com essa Luz independe de crenças, dogmas ou religiões organizadas. Está embasada na unificação do ser à essência crística, que é cósmica. Esses seres que respondem reúnem-se nos níveis supra físicos em torno dessa sublime energia, regente de todos grupos internos.
- Isto mostra, que não importa a religião.  Não importa o credo, a fonte é única. O que importa é a busca interior de cada ser, cada pessoa.
Judas, que havia sido discípulo de Jesus, mas que o traiu, aproxima-se dele acompanhado da corte e dos guardas fornecidos pelos pontífices e pelos fariseus. 
- Quantos Judas existem hoje! A cada dia vemos a traição. Pessoas que negam à Deus, entregam sua própria essência espiritual, em troca de promessas materiais.
As trilhas rumo ao Espírito sempre estiveram abertas a todos os homens; entretanto, a maioria preferiu as falsas promessas da vida material e, em nome dessas promessas, traiu aquilo que seria o propósito de sua existência.
- Em nome de promessas materiais, o Homem esqueceu da sua essência divina, esqueceu do real motivo desta vida física, que é o crescimento no espírito.
O despertar da consciência é estimulado pela Hierarquia, que utiliza os mais adequados recursos disponíveis para auxiliar cada ser; também o Espírito usa os meios de maior penetração para alcançar o consciente do homem; muitas vezes, porém, as aspirações da vida interior de um ser não encontram abertura para se manifestar na existência concreta. Como foi dito. “o Espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca”. (Mateus 26,41)
- Além da ajuda da Hierarquia Divina, ajuda externa, lá no nosso interior, nossa alma  também pode estar pronta, para exteriorizar o que vem da fonte, o que vem de Deus, mas nossa mente, racional e emocional, nos impede de deixar fluir o que vem de dentro de nós.
Por terem optado pelo prazer dos sentidos e pelo poder terreno, os seres humanos foram obsediados por forças dissuasivas e, ofuscados assim pelas trevas, perderam a consciência de suas próprias ações. Iludidos, entregaram a vida planetária à destruição; contudo, como disse Cristo: “O Filho do homem vai certamente, como esta escrito dele, mas ai daquele homem por quem será entregue o Filho do Homem ! Melhor fora se não tivesse nascido”. (Mateus 26,24). 
- As pessoas se deixam iludir pelos prazeres terrenos e pelo falso poder que as coisas materiais proporcionam e não percebem que com isto estão repetindo o o que aconteceu dois mil anos atrás. Estão "entregando" a si mesmos e este mundo às forças do mal. Assim como fez Judas, que se deixou iludir e entregou Cristo. Ai de nós que fazemos isto!
Jesus apresenta-se aos soldados por duas vezes, e exorta seus discípulos a não reagirem.
A energia não se oculta aos olhos de ninguém, está presente nos menores fatos da vida dos seres, indicando-lhes o caminho à Unidade, procurando dissolver a separatividade e a disputa, fato bem pouco compreendido mesmo entre os seus pretensos seguidores.
- A energia Divina, que na época era representada por Jesus, está sempre  presente no nosso dia a dia e incentiva a união com a fonte, com Deus e com as demais pessoas. Deus não quer a separação. Ele quer que sejamos um só. 
(...) A vida do Espírito é o portal dessa existência e, por caminhos traçados pelo amor infinito, a ela é conduzido o indivíduo; porém, só aquele que continuamente renuncia à violência própria do ego consegue cruzar esse portal.

- É através do amor que seremos conduzidos à Vida do Espírito, mas só conseguiremos realmente se renunciarmos ao ego, ao amor pelo nosso eu. O ego, o amor a si mesmo, maior que o amor ao próximo, é a causa de toda a violência  neste planeta.
Os discípulos abandonam Jesus e fogem.
No transcurso da evolução terrestre, inúmeras vezes um ser é colocado diante da Verdade, da Luz e da Vida. Em algumas dessas oportunidades que lhe são oferecidas, consegue romper os densos véus de ilusão que lhe obscurecem consciência, evocando do seu mais intimo núcleo interior uma resposta positiva, uma abertura,um passo em direção à vida espiritual. Porém, essa ainda frágil adesão ao chamado interno facilmente é negada quando surgem situações de provas.
- Isso mostra a insistência da alma, de Deus, para nos mostrar o caminho, a verdade. Mas geralmente, por sermos ainda frágeis espiritualmente, quando estamos diante de uma prova, de uma dificuldade, sempre optamos pelo mais fácil, pelo retorno imediato e negamos a este chamado Divino que vem do interior. Quer dizer, fugimos, abandonamos aquilo que Jesus representa, assim como os discípulos abandonaram Jesus.
(...) As bases dessa nova existência só podem emergir em um coração onde o amor transcendeu as expressões pessoais, em um coração que reconheceu que todo esse amor provém d’Aquele que alenta os universos e a Ele deve ser oferecido. O homem que se integra a esse amor nada teme, no céu ou na terra comunga da união com a Fonte, e fatos temporais não podem usurpar-lhe a eternidade.(...)
- O mundo novo, uma vida nova, plena, só pode surgir para alguém, para nós, quando deixamos para trás as questões pessoais, o ego e quando, nos entregamos ao amor divino, que é a fonte de tudo. Quando nos entregamos e ficamos unidos com Deus, o ser, a pessoa não teme mais nada, porquê ele e Deus são um só. O salmo 90/91 mostra bem como seria ao se chegar neste estágio.
(...) A pretensa evolução desta humanidade leva-a a supor que se encontra em elevados estados de consciência e que realizou grandes feitos, porém quantos conseguem manter-se fiéis à meta interior da sua existência quando acossados pelas forças materiais?
- Somos pretensiosos e dizemos que somos evoluídos, que amamos a Deus, que cremos n'Ele, que O temos como guia. Quantos de nós realmente conseguem ser fiéis, conseguem manter a palavra, quando são oferecido vantagens materiais? Jesus fez isto! E nós? Quem vive nesta sociedade atual, quem esta envolvido no "sistema" sabe da dificuldade que é, se manter íntegro.
Jesus é levado à presença do sacerdote oficial.
Há um arquétipo que define os padrões das estruturas que permitem o desenvolvimento de uma civilização. Quando criadas com base nesse arquétipo, elas refletem uma ordem cósmica; entretanto, devem ser continuamente reajustadas à Ideia superior da qual emanam, pois caso contrário cristalizam-se e transformam-se em instrumentos de forças involutivas.
- Há formas, moldes, exemplos, que definem o modo, a maneira de desenvolvimento espiritual de um povo. Quando este molde estiver baseado nos exemplos superiores, ele reflete a Ordem Divina, mas mesmo assim deve ser reajustado, reciclado, senão ele se fixa na nossa mente e é usado pelas forças involutivas. Estes moldes podem ser as religiões de hoje, mas também elas devem se reciclar, se renovar. É o que disse na postagem anterior:  É preciso mudar o jeito de interpretar, o jeito de pensar. Do jeito que está, não está mais fazendo efeito, não dá mais resultado. Nos acostumamos a agir de um jeito e achamos que isto basta e assim ficamos repetindo por séculos, os mesmos erros.
As estruturas mantidas pelos seres humanos na vida da superfície da Terra quase sem exceção tenderam ao distanciamento da Ideia que as inspirou e, além disso, a grande maioria delas, desde a sua origem, vinculou-se a propósitos negativos. Portanto, não só a vida comum dos indivíduos, mas também as religiões organizadas e as instituições oficiais tornaram-se focos de atuação de forças dissuasivas. O poder que devia ser, nos níveis concretos, depositário e núcleo irradiador da Luz turvou-se pela fumaça de chamas materiais.
- As pessoas, as organizações da sociedade, governos, se distanciaram da ideia Divina e até se juntaram as forças negativas, principalmente os governos e a Igreja, que "dirigem" a sociedade e que deveriam ser o exemplo. Todos sabem da podridão que existe nos governos e também nas bases das religiões, não importa qual, afinal elas são compostas por pessoas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

NO TEMPO DO MEU PAI ...

Se dependesse do meu pai, hoje talvez eu seria um semi-analfabeto. Meu pai não era muito a favor dos estudos. Quando era moleque, lembro que uma vez ele me pediu pra calcular a metragem cúbica de uma torra de madeira. Quando falei que não sabia, que ainda não tinha aprendido, ele me respondeu:
- Não sei pra que vai na escola!
No tempo do meu pai, alfabetização, estudo, se resumia em aprender à escrever o nome e somar, diminuir, calcular as coisas necessárias no uso diário de um trabalhador do campo. Mas ele sabia calcular quantos metros cúbicos tinha uma torra de madeira, eu não! Na minha época, a necessidade já era outra, era preciso ter o 2º grau e saber datilografia. Não sei se meus filhos sabem calcular o que meu pai sabia. Sei que eles não fizeram datilografia, o tempo deles já é de curso superior e informática. Sei que eles não têm a dificuldade que tenho, com essa tecnologia da informação. Queria ver meu pai, agora!
O mundo muda, as coisas mudam, as necessidades mudam e as responsabilidades também. Quanto mais você sabe, mais responsável fica. Cada um na sua área, no seu tempo. Cada macaco no seu galho!
O mundo do meu pai, era do tamanho da sua consciência. Sua consciência se resumia àquilo que ele sabia. O que sabia, era só o necessário para sobreviver. Talvez por isso, hoje, a necessidade de sobreviver neste mundo, faça com que o ser humano não estacione, se atualize. É uma forma de forçar o estudo, procurar o conhecimento, ampliar a consciência..
Estar neste mundo, é como estar numa estação de trem. Se você não embarca no trem, se não acompanha, fica parado, não segue adiante, não evolui. Se você perde o trem e fica parado no trilho olhando o trem partir, vem outro trem e te atropela e como num acidente real, vira dependente dos outros, do sistema. Então não resta outra coisa, a não ser apelar para a previdência social, ou providência divina.
Viver neste mundo cansa! Não dá pra relaxar. Não dá pra parar e dizer: Eu sei! Teve uma fase da minha vida, que ao passar diante da casa de pessoas mais humildes, eu sentia inveja. Sentia inveja do mundo em que viviam. Saudades do tempo do meu pai. Via aquelas pessoas felizes à sua maneira, sem os problemas, sem os fantasmas que nós criamos, vivendo neste mundo louco, acelerado. Este mundo de ilusões que o Homem moderno criou, não tem como seguir adiante por muito tempo, o colapso é iminente. Já há muitas pessoas paradas no trilho do trem. A previdência social deste mundo está entrando em colapso, literalmente. E a providência divina está se anunciando. As trombetas já soaram!
Pra sobreviver neste mundo é preciso estudar, se atualizar, se responsabilizar. Em se tratando da vida espiritual, não é diferente. O objetivo da vida no mundo material, espiritualmente falando, não é o Homem, como ser humano, mas sim o ser humano como espírito. Lógico que tudo são experiências, tanto os maus objetivos e as mal sucedidas, como os bons objetivo e as bem sucedidas. Mas como disse meu pai, será que sabemos porquê estamos neste mundo?
Espiritualmente, o Homem também está parado no trilho. Hoje considera-se espiritual, alguém que frequenta a igreja, sabe rezar o Pai Nosso e lê a Bíblia. Fazem dois mil anos que só fazemos isto! É preciso mais, o tempo do meu pai já passou! De que adianta eu saber calcular os metros cúbicos de um pedaço de madeira, se não me serve pra nada? De que adianta eu saber rezar, frequentar a Igreja, ler a Bíblia, se isto não traz resultados? O mundo tá um caos! Afinal qual o objetivo desta escola da vida? Como ser humano, nossa vida só tem sentido, só vale a pena, se temos um objetivo, se sabemos onde queremos chegar, se temos um caminho a seguir. E o que podemos dizer espiritualmente? Estamos ainda no tempo de acreditar em historinhas de Papai do Céu! Nós somos mais do que isto! ..."Vós sois Deuses"!
Numa visão holística, a vida do Homem neste mundo teima em se manter num círculo vicioso. Vai-se à escola, o professor ensina o novo e ao sair continuamos presos ao velho. Entra-se na Igreja, escutamos o sermão e ao sair, a ambição e a cegueira continuam. Vive-se neste mundo, levamos nossos tombos e ao nos levantarmos, continuamos no mesmo caminho. É preciso prestar atenção na escola da vida! Se alguma coisa deu errado, não é a toa! Se o time está perdendo, mexe-se no time! Se a vida tá uma m..., não é coincidência!
Para se sair de um vício, pra mudar um hábito, é preciso muito esforço. Assim é também nossa vida, é preciso muito esforço para se manter íntegro. É preciso muita consciência para usarmos a empatia. Quantas vezes já o capeta nos levou no cume da colina, nos mostrou o mundo como recompensa e nós aceitamos! E no tempo de deserto, da miséria, das dificuldades, como reagimos? Isto não aconteceu só com "Jesus". Isto acontece todo dia, em todos os lugares, com todos nós. Quantas tentações temos no nosso dia a dia! Quem é bom o bastante para recusar as ofertas? Qual a sabedoria, o conhecimento que temos, para enfrentarmos isto? Andar por aí com a  Bíblia na mão? Jesus não nos salvou, Ele só abriu o caminho para que pudéssemos fazer o mesmo. Ele deu o exemplo. No tempo D'ele, não havia Bíblia. Ele fez o que achava certo, o que vinha do seu interior, escutava a voz que não fala, a voz da alma, a voz de Deus. De nada adianta frequentar a escola, se não aprendemos. De nada adianta ler o evangelho, a Bíblia, o Alcorão, se não praticamos. De nada adianta viver neste mundo se não crescemos, se não evoluímos.
É preciso começar a ver as coisas de outro jeito. Espiritualmente também é preciso ser audacioso. É preciso encontrar o caminho certo, o tempo de escola tá passando. O tempo já não urge, ele ruge. Jogue fora o velho, se atualize, preste atenção nos sinais a sua volta, nos ensinamentos da vida. Seja verdadeiro consigo mesmo e não se mostre "certinho" para os outros. O que era futuro está virando presente. Não aja como avestruz! Um mundo novo, uma nova era está chegando! 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O "INFERNO" QUE NÓS CRIAMOS.

Não há nada neste mundo atual, que não tenha sido pensado, imaginado, creado,  por algum de nós ou que não seja resultado de pensamentos coletivos. Somos capazes de criar monstros! E não adianta procurar culpados, ou apontar o dedo. Nós somos os primeiros a sermos atingidos pelos nossos pensamentos e somos responsáveis pelo estado atual do planeta. É tipo um bumerangue, o que vai volta. A soma do pensamento coletivo é o resultado que temos hoje coletivamente, como grupo, como nação, como planeta. Olhar para trás e "culpar" os que já se foram, também não é a solução, nós somos eles. Daríamos um grande passo, se pudéssemos nos conscientizar disso.
O que vemos muito, sempre, são os críticos, os acusadores, em todas as áreas. Na vida individual, na política, na economia, no governo, sempre há os "certinhos", apontando o dedo, se manifestando, se horrorizando com a vida alheia, escândalos e corrupção. Não importa o tamanho do rombo, a grandeza do ato, se houver um simples pensamento, um pequeno ato de "esperteza", de privilégio, nos igualamos àqueles que criticamos. Basta uma pequena manifestação, um desejo, um pensamento. Uma vez emitido o pensamento, não há nada mais a fazer, a não ser emitir outro, para equilibrar. Perante a fonte, espiritualmente, todos temos "telhado de vidro". "Não julgai", alguém já disse, pois além de tudo, nós não temos a capacidade de saber o que é o certo ou o errado nisto tudo. Se nos julgarmos "atingidos" por algo, antes de abrir o bico é melhor pensar um pouco, pensar duas vezes, fazer um exame de consciência. Mesmo não encontrando motivos, sempre é bom saber que nossa consciência é limitada, que há verdades maiores que talvez não tenhamos conhecimento, que não podemos alcançar. Além do mais, os "defeitos", os erros que apontamos nos outros, são nossos próprios defeitos, nossos próprios erros. Esta é uma verdade que demorei muito em aceitar. Depois que aceitos, fica mais fácil superá-los.
Qualquer pessoa que esteja ligado a uma religião, vive com o fantasma de dois destinos após a morte física: o céu ou o inferno. Qualquer um deles, se existissem, sempre seria o resultado dos nossos pensamentos, dos  nossos atos, que são pensamentos concretizados, realizados. Não adianta querer culpar outrem, ou Deus, por não ser benevolente, essa é uma verdade que precisa ser encarada. Aceitar isto, é mudar seu destino, seu futuro.
Céu e inferno, não são um mundo físico, nem etérico, são um estado de espírito, que pode ser vivido tanto na vida material, física, ou no mundo etérico, mundo dos "mortos". Na vida material, geralmente são fases da vida em que nada dá certo, vivemos num verdadeiro "inferno astral", ou aquela fase em que sonhos e desejos se realizam, onde tudo parece um mar de rosas. Tem um ditado que diz: "Após a tempestade, vem a bonança" e assim geralmente é. Passamos por um período negro, onde queimamos carma, somos "depurados" ou fazemos um sacro-ofício, para depois podermos curtir o deleite da recompensa, da graça alcançada..
Quando passamos pro outro lado, se não tivermos um pensamento, um estado de espírito ligado na fonte, na alma, em Deus, ficamos num mundo perdido, que é chamado de umbral, zona obscura, entrada. Quanto mais longe o eu, o ego, estiver da fonte, maior o período que passamos perdidos neste umbral. Até que se tome consciência e se emita um "pensamento", um sinal, uma luz, para que a consciência possa ser localizada e então direcionada ao seu local adequado. Os apelos religiosos para que nos arrependamos de nossos "pecados" antes da morte, tem seus motivos por isso, para emitir este pensamento, fazer esta conexão. Este período no umbral também pode ser chamado de inferno e pode durar anos, séculos. O tempo de lá, é diferente do nosso. Existem "n" situações possíveis, assim como são os estados de espíritos, mas em síntese é isso. Os casos extremos são pessoas muito apegadas ao mundo material, que os corpos astral e mental  se recusam a se desligar deste mundo e se tornam espíritos errantes que se manifestam por ai. Por outro lado, há pessoas mais "religiosas", que são direcionadas à lugares com estados de vibração mais elevada. É como as histórias narradas em livros e romances espíritas.
Há ainda um outro inferno a passar. O verdadeiro inferno por qual passa a consciência de um ser, antes da entrada no "céu", ou o que a bíblia chama de reino de Deus. É após esta passagem que nos tornamos conscientes da vida cósmica, que nos é revelado a verdade, a verdade que liberta.  É o inferno por qual Jesus passou, antes de subir  ao "céu". Este depura, este limpa, elimina, os resquícios de impureza, de "maldade" ainda existentes.  Este é um período relativamente longo, de várias fases, sendo o sofrimento maior, em torno de três anos e meio (meio ciclo de sete anos)
Já comentei anteriormente, que tudo na bíblia é simbólico. O período que Jesus passou, sendo acusado, julgado, carregando a cruz, sendo morto, ressuscitado, subindo ao céu e enfim sentar à direita de Deus é passado por nós, aqui, em vida física, material. Esta morte, na verdade é a morte do ego. Isto pode ser vivido de uma maneira mais suave ou mais sofrida, dependendo do estado da consciência, dos "pecados" que se tiver, quando alcançado esta graça. Esta parte detalharei em outro momento. Misticamente este processo é chamado de terceira iniciação, que marca o início do retorno da consciência à vida cósmica. Antes de passar pela terceira o ser já passou pela primeira e pela segunda iniciação, que também são marcadas por um processo mais ou menos idêntico, sem a morte do ego e menos duro, sofrido.
Enfim, precisamos nos conscientizar, que nosso sofrimento, nosso inferno, é causado por nós mesmos. Nesta ou em outras vidas que vivemos. Não há como sabermos plenamente, quais são os erros por nós cometidos, nem o que precisa ser feito para nos livrarmos de todo mal. Há muita coisa que consideramos certo, normal, mas que está em desacordo com leis superiores. Toda vez que pensamos estar fazendo o bem, como um ato de nossa vontade, podemos estar agindo errado. Como diz um velho ditado: "De boas intenções o inferno está cheio". O ideal, seria fazer um esforço para deixar "a vida nos levar" ou poder dizer "Que seja feito a tua vontade".
O inferno previsto após o "juízo final" também é simbólico. Não haverá reunião dos vivos e dos mortos. Na verdade o juízo final já está praticamente concluído, é o joio que foi separado do trigo. O "trigo", são os seres, as consciência, que atingiram uma certa evolução e emitem determinada vibração, que estão "marcados" por esta vibração e que continuarão a viver neste planeta após este período de transição, do "fim do mundo", do Apocalipse. Provavelmente, estes serão os que já passaram pela primeira e segunda iniciação. Os demais, o "joio", serão encaminhados a outros mundos, outros planetas, em outros sistemas, com leis próprias. Não será o inferno, simplesmente terão que recomeçar sua jornada num mundo, com energia e vibrações equivalentes.
Olhando com nossos olhos e ponto de vista humano, do jeito que vivemos hoje, praticamente não há um "grande castigo", um grande "inferno". Podemos "pintar o sete", mas continuaremos a "viver", de certo modo. Graças a compaixão Divina, somente casos irrecuperáveis serão exterminados. Mas do ponto de vista cósmico, olhando com os olhos de Deus, "viver" deste jeito, é um lastimável tempo perdido, pois a verdadeira vida não é esta. De nada adianta postergarmos, retardarmos nossa evolução. Cedo ou tarde passaremos pelo "inferno" e o sofrimento será cada vez maior. Se pudéssemos nos lembrar disto neste dia, provavelmente iríamos nos arrepender de não ter feito alguma coisa hoje.
Lembre-se, o que é teu tá guardado.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

OS MORTOS VIVEM! PONTO FINAL.

A única coisa que precisamos saber sobre espiritismo, é saber que existe este mundo "dos mortos", ponto final. Se fosse o contrário, nós nos lembraríamos do tempo que passamos por lá, ou saberíamos naturalmente, como sabemos de qualquer outra coisa. Lembre-se tudo é simples. Não devemos procurar a verdade em coisas complicadas. A verdadeira vida é simples por isso, para ser acessível a todos.
Um dos segredos que aprendi  foi, que só devemos nos "preocupar" com a essência. Digo preocupar, no sentido de dar importância. Preocupar-se com detalhes, formas, maneiras, é interferir no processo natural das coisas, da vida, é usar o livre arbítrio. Usando o livre arbítrio, estamos em desacordo com o caminho, com o que foi escolhido, traçado.
Se causarmos um mal, um sofrimento, uma dor a alguém, usando o livre arbítrio, estaremos "pecando". Se isto acontecer, sem intenção nossa, alheio a nossa vontade, estaremos servindo de "instrumento" para que algo maior se cumpra, se desenvolva, se realize. Seremos inocentes, embora possamos ser julgados pelos Homens. Neste caso, estaremos "pagando" por algo que fizemos em outro momento ou estaremos aprendendo "por experiência".
Em algum texto anterior, já escrevi sobre realização de desejos, do poder do "querer". Até nestes casos, só devemos nos preocupar em sentir a essência da realização. Imaginar, sentir, proceder como se o que queremos já tivesse acontecido.  Tentar imaginar o meio, o modo, a forma como o desejo deve se realizar é uma interferência "no sistema", é querer usar o livre arbítrio. Dificilmente as coisas se realizam como imaginamos, mas se porventura acontecer, se não era pra ser assim, teremos criado um carma e iremos "pagar" por isso. Cada ato nosso tem uma consequência. Precisamos deixar nossos atos serem dirigidos por "algo superior", algo ou alguém que "saibas das coisas", então nosso mundo individual e coletivo entrará "nos eixos".
O momento para se conhecer o assunto, espiritismo, é o momento de cada um. Há pessoas que não aceitam nada neste sentido, porquê ainda não estão prontas para isso. A curiosidade é natural no ser humano. O questionamento em todos os sentidos é parte, é inerente à espiritualidade. Não basta alguém escrever, dizer não faça isto, não entre nessa, deixe os "mortos" descansarem. O verdadeiro aprendizado vem com a experiência. Quando chegar o momento certo, quando você estiver "pronto" para passar por isto, para conhecer o que deve ser conhecido, acontecerá o que deve acontecer. Pode ser uma simples leitura de "livros espíritas" ou até um contato mais "direto" com pessoas envolvidas.
Não podemos esquecer que nossa "alma", nossa parte superior ao ego, já sabe de tudo. Ela já "morreu" outras vezes a morte física. Esta experiência, este aprendizado que irá acontecer, é só para nos lembrarmos nesta vida, ou em outra se for o caso. Esta "lembrança", nos deixará "prontos", para dar um passo a mais. A consciência se ampliará e teremos conhecido mais uma parte do "processo", do caminho, da vida cósmica. Depois que o ser passa por este aprendizado, está próximo de conhecer "a verdade", próximo da "fronteira" da vida cósmica. Depois da fronteira, ele não será mais deste mundo, só estará neste mundo.
O erro geralmente acontece neste momento. Quando acontece a experiência, o aprendizado, a pessoa se prolonga nisto, "experimenta" mais vezes, se aprofunda, procura saber mais e até faz disso uma religião, com o intuito às vezes, de pular estágios,  ter benefícios ou com a intenção de "ajudar" os outros.
Na vida espiritual também não há uma regra fixa, sempre há variáveis, exceções. Não há dois seres em momentos iguais, espiritualmente. Pessoas como Allan Kardec, Chico Xavier, tiveram a doutrina como missão, para que ela se tornasse mais conhecida, mais divulgada. O intuito, a razão principal, é para nos acostumarmos com a ideia de vida após a morte física, a vida do espírito, da consciência, da existência de outros "mundos", embora, em vida aqui, talvez eles não tivessem plena consciência desta finalidade.
Não é preciso ser "espírita", para ser passagem de energia de cura. Qualquer pessoa mais "pura", mais evoluída, faz este serviço, geralmente sem ter a consciência disto. E é melhor que seja assim, para não interferir com sua vontade, com seu livre arbítrio no "destino" desta energia. É preciso somente ser o meio, o veículo. A forma, o modo, a intensidade, deve estar a cargo de algo "superior", que sabe exatamente o que outra pessoa precisa. Além do mais, a cura espiritual, não tem nada a ver com a forma que entendemos a "cura".
Geralmente procuramos estes meios para nos curar de um mal físico, uma doença, uma interferência. A verdadeira cura, é a cura do espírito, da alma, a cura dos corpos interiores, o corpo astral, o mental. Curando o interior, não há mal físico que se manifeste. Nunca se perguntaste o motivo de pessoas viverem doentes, com males físicos intermináveis? Enquanto há pessoas que nunca ficam doentes, para estas, quando um mal se vai outro parece. Estas pessoas "doentes", estão doentes interiormente, doentes psíquicos. É preciso curar o seu interior, sem isto, não há médico, nem remédio que os cure realmente. O "milagre" de uma cura física, só acontece nos extremos. No extremo da ignorância, quando o ser simplesmente tem a fé, sem dúvidas, sem questionamentos, ou no extremo da consciência, quando o ser tem plena ciência de quem ele é, como extensão de Deus e do seu poder de curar, ou de ser curado.
O contato com "espíritos", seus conselhos, sua ajuda, sua interferência, não deveria acontecer, por vários motivos. Quando acontece a morte física, o destino do "espírito" é um mundo paralelo, onde possa ser curado, orientado, relembrado. É preciso seu "desligamento", sua perda de contato com "nosso" mundo, o mundo material. Qualquer interferência neste sentido, é interferir no "sistema". É certo que há vários "estágios" a passar, dependendo da evolução do ser que desencarna. Ainda há os casos em que os corpos astral e mental não se desapegam do corpo físico, ficando o espírito desorientado, num mundo "virtual" próprio, com a impressão de ainda estar "participando" do mundo físico. Nosso "contato" nestes casos aumentaria mais ainda esta sua ilusão.
Não se entra no "Reino de Deus", nem no "inferno" ao "morrer". Nem se evolui milagrosamente, sabendo de coisas que não se sabia no mundo físico. Por exemplo, não se fica sabendo da existência de outros "mundos", outras dimensões, de vida extra terrestre, de planos "superiores", de "verdades" antes desconhecidas. Este "mundo" dos espíritos faz parte da "bola", do mundo do planeta terra. As mesmas leis espirituais que regem o nosso mundo material, regem este plano paralelo. Assim como é aqui, é lá. A única coisa, é que o ser vai se tornando ciente, paulatinamente, da existência, que está em outro plano, o plano etérico. A mesma ignorância daqui, se "leva" prá lá. Com o tempo, se for o caso, dependendo da sua permanência neste plano, há uma evolução, e certas "verdades" podem lhe ser reveladas, mas só o que pode e precisa saber. Como aqui, mas sem as interferências, sem as dificuldades, as complicações do plano material.
Por este motivo, os conselhos, as ajudas, as interferências destes espíritos é duvidosa ou inconsequente. A sabedoria de um espírito, que fuma charuto, toma um gole de cachaça, é a mesma sabedoria de um ancião, uma pessoa mais velha, com mais experiência de vida, que ainda vive entre nós. Se ele fosse "mais" sábio, não fumaria, nem beberia cachaça, isto só para dar um exemplo. Sempre há "espíritos", seres de luz, que procuram "ajudar", mas se este contato é feito à revelia, sem "autorização" ou orientação de seres superiores, ele pode estar interferindo no "sistema". O ego, não "desaparece" no mundo etérico. O mesmo ego que temos aqui, que nos faz tanto mal, levamos junto para o "outro lado". Neste caso, pode se a força do ego se manifestando, induzindo a manifestação do espírito. Como aqui, talvez eu não deveria estar fazendo, dizendo, escrevendo, com o intuito de ajudar, esclarecer. Se não for da vontade da fonte, estou fazendo algo errado, estou "pecando", interferindo no "sistema". A verdadeira ajuda vem do silêncio. Da voz que não fala.
Portanto, fica um alerta, aos espíritas, aos macumbeiros, aos donos de terreiro, aos pais de santo e outros "eiros" e "antos". Nem sempre, querendo ajudar, estamos ajudando. Nem sempre, quando pensamos acertar, estamos acertando. A comunicação, a compreensão de uma mensagem, de uma verdade superior, nem sempre pode ser compreendida exatamente, pela nossa mente humana limitada. Assim como é em cima, é embaixo, tome como exemplo a nossa famosa "rádio peão". Cada um entende e transmite uma mensagem como a entendeu, conforme sua capacidade de compreensão.
Certos "poderes", certos dons, que são "dados" para algumas pessoas, geralmente são provas. Na verdade são como "amostras" do que poderíamos fazer ou ser. Quando o ser estiver totalmente evoluído, estes dons lhe serão totalmente naturais, normais. O bom censo quando ao uso, à aplicação nesta vida, é que define se o ser está pronto para dar mais um passo no caminho espiritual. Num certo momento haverá necessidade de prestar contas. O meu conselho, por experiência, é que fiquemos cada um no seu mundo. Este é o motivo da separação. Por isso não nos lembramos de nada do outro lado da vida..

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

UM CAMINHO SEM VOLTA.

Uma vez li num livro, “o caminho espiritual é um caminho sem volta”. Na época, não compreendi muito o que isto queria dizer, pois pra mim espiritualidade significava ir à igreja, rezar o Pai Nosso, seguir os 7 mandamentos, temer à Deus, etc, etc.  Mesmo não praticando muito o que disse, acho que nunca transgredi muito o que eu compreendia como “ser cristão”, embora me achasse um pouco pecador.  Cá entre nós, se tu for vê, pra gente seguir a bíblia do jeito que a entendemos normalmente e o que falam os padres e pastores, a vida da gente seria um pouco limitada, vocês não acham? O pior, é que tem gente que se mostra  "santo", andando por ai com a bíblia debaixo do sovaco e por detrás dos panos é um verdadeiro safado. O mundo está cheio destes hipócritas.  Se eles soubessem que nada disso é preciso ...
No meu tempo de colégio, tínhamos aula de moral e cívica e o professor dessa disciplina, professor João, que era um cara muito “certinho”, tipo família modelo, falava com orgulho, do tempo em que era militar. Eu ainda não tinha muita noção dessas coisas, mas hoje, vejo que nele ainda haviam resquícios do tempo da ditadura. Mas, tem coisas que não se esquecem e ficam marcadas na  vida da gente. Lembro que um dia ele falou:  “... e cuidado com o que vocês fazem no banheiro!” P_ta me_da  pensei, como é que ele sabe o que a gente faz escondido!  Como ainda tinha a visão limitada, minha consciência era do tipo balão murcho, de primeiro assopro, não compreendi a grandeza daquela frase. Não sei também se ele tinha a noção dessa grandeza, mas ela cabe certinho pros hipócritas  deste mundo.  Não só em termos de espiritualidade ou de religião, mas em todos os sentidos. “Cuidado com o que vocês são na verdade”!
Não dá pra “escapar” desta verdade. Não adianta querer "mostrar" o que não somos. Nos dias de hoje, fala-se, usa-se muito o tal de marketing, para “pintar” uma imagem ideal. Existe até o marketing pessoal! Há até uma frase: “a primeira impressão é a que fica”. Tudo isso mostra a ignorância e hipocrisia do ser humano, sempre com o pensamento de ludibriar, de ser auto-suficiente, poderoso, dono de seu destino. São essas pessoas que vão à igreja e se dizem feitos “à imagem de Deus”. São essas pessoas, “os vencedores” deste mundo, que se proclamam líderes e exemplos a serem seguidos. E muitos, os seguem .
Não há falsidade que dure para sempre, cedo ou tarde a máscara cai e o “monstro”, o “capeta”, ou o idiota se revela. Tem casos em que a pessoa é tão idiota, que faz verdadeiro papel de bobo diante de uma pessoa mais vivida, com um pouco mais de “experiência”. Nestes casos a verdade se revela no primeiro instante. Apesar de, como disse, ter sido uma pessoa mais humilde, daquele tipo que tenta ser certinho, sei que por muitas vezes fiz esse papel de idiota. Encarem isto como um desabafo. A grandeza que estas pessoas tiveram em não me dizer isto “na cara”, nestas situações, procuro ter hoje.
Podem me achar um pouco radical, dizendo todas essa coisas, mas por quê vocês acham que o mundo está assim, praticamente inabitável? O ser humano não tem noção do lodo, do lamaçal em que está afundado. Não achem que quero dar uma de “santinho”, pois ainda me incluo nessa. Mesmo sabendo parte da verdade, sei que ainda tenho certas atitudes que deveriam, poderiam ser melhoradas, uma delas é quanto ao consumo de carnes. Uma coisa é saber, outra é fazer, mudar hábitos. Também, não dá pra ser tão diferente dos demais. Ser "diferente" já marca, imagine ser 100% correto! As coisa devem acontecer, mudar, paulatinamente, pra não causar impacto. Além do mais, vivendo neste mundo, estamos sujeitos às leis e ao carma coletivo deste planeta.
Existem duas situações. Uma, em que se tem plena noção dos atos. Quando se tenta enganar, tirar proveito. Outra, em que por falta de consciência, por falta de visão do todo, por falta de conhecimento, da verdade, por não conhecer o processo no qual está inserido, participando como coadjuvante, temos estas atitudes "erradas" e encaramos isso como sendo normal, do “sistema”, da sociedade, da religião. Estes são os “inocentes”.
Partindo pro lado da espiritualidade, da religião, de Deus, temos a situação que todos os cristãos, os “ratos de igreja”, sabem, dizem, repetem:  “Deus tudo sabe e tudo vê”. O Deus de cada um, nossa alma, sabe tudo e vê tudo. Bobo daquele que pensa que é o esperto, ou os que se intitulam “bom de papo”. Não há nada que não seja sincero, que escape do retorno do carma, cedo ou tarde teremos que acertar as contas. Então vêm as crises, os problemas e vamos “encher o s-co”, de quem não tem nada com isso.
Acredito que meu incurso na vida espiritual, começou quando era moleque. Acho que devia ter entre 13 ou 14 anos. Lembro que estava no meio de uma plantação e comecei a pensar na situação f-d-da em que a gente se encontrava. Nosso pai não era de ter muita ambição, tendo um lugar pra morar, o que comer, estava tudo bem. Eu tinha pena da minha mãe, que via outros vizinhos com casa iluminada, com energia elétrica, geladeira, televisão e nós ainda no tempo do ”liquinho” a gás. Pra nós, já foi uma grande conquista, passar do  lampião de  querosene para gás.
Lembro-me que naquele dia eu olhei pro céu e pedi pra Deus por quê: -Por quê uns tinham muito, ou tudo que precisavam enquanto nós tínhamos pouco, ou quase nada. Se todos éramos filhos de Deus, e se Ele nos amava como filhos, por quê essa distinção? Lógico que não obtive resposta na hora, mas acredito que durante todos estes anos que se passaram após aquele dia, a resposta foi sendo construída. Hoje, 35 anos depois (5x7), posso dizer que a resposta foi dada, está completa.
Muita coisa aconteceu neste período, houve tempo de alegrias, tempo de tristezas, tempo de dúvidas, de esclarecimentos. Mas, sei que durante todo este tempo, a vida foi me direcionando para situações em que por experiência, pudesse compreender o verdadeiro significado da vida.
Há pessoas que falam: “Deus falou comigo”, “tive uma visão”, etc, etc. Nada disto aconteceu comigo. As formas de “contato”, de apoio, de incentivo, geralmente se deram através de livros, sonhos, ou pessoas. Alguns me consideram meio maluco por causa das coisas que escrevo. Há os que acham que estou assim por causa das coisas que li. Muito pelo contrário, os livros que li foram que me impediram de ficar maluco. Eles me fizeram ver que não estava sozinho, que o que pensava, o que sentia, era real. Deram-me o “apoio”, a compreensão que não tive de ninguém, nem do "meu" psiquiatra. Por falar nisso, recebi alta do psiquiatra, como todos, ele não sabe do que estou falando, mas não me considera perigoso.
Por mais que quisesse, nunca “falei” com Deus, ou qualquer santo que aparecesse como imagem, nem com extra terrestres. Nunca vi disco voador, nem ET. Não recebi mensagens cósmicas de extra terrestres, nem fui visitado por um espírito. Meu contato sempre foi com meu interior e as respostas sempre me foram dadas por este caminho. Não é preciso ver, falar, para ter certeza. A convicção se forma, devagarzinho e hoje ela é forte, inabalável como uma rocha. Ou como li uma vez num livro, “firme como aço”.
Hoje, falar de vida cósmica, de vida em outros planetas, em outras dimensões. Interpretar a bíblia de maneira diferente. Encarar a vida de maneira diferente, com outro sentido. Ter outra visão de Deus, do mundo, do universo é para mim perfeitamente normal, assim como qualquer pessoa fala do seu assunto preferido. Anormais, eu poderia considerar os outros, mas prefiro crer que, tirando os espertos, os safados, os hipócritas, os demais, somos todos inocentes.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

OUTUBRO NEGRO.

Neste momento, estou off-line, "sem conexão". Como sempre brinco com meu filho Alex, estou sem comunicação com "os espíritos". Alex, como muitos, não acredita no que falo, no que escrevo. Acha que é "coisa da minha cabeça". Meu outro filho, Thomas, só esboça um sorriso quando toco no assunto. Minha esposa, Marilei, já se acostumou e acaba escutando minhas "maluquices", acho que, pra não me contrariar.
Dias atrás, conversando com "meu" médico, na busca de uma explicação para minha pressão arterial "incurável", fiz a besteira de me abrir. Falei que estava passando por um processo espiritual, que tinha como consequência uma perda relativa da memória, a perda definitiva do raciocínio, da lógica. Que agora só vivia o momento presente, sem planejamento, sem emoções. Pensei que, como Doutora que é, pudesse me entender. Expliquei tudo certinho, que a mente é dividida em mente concreta e abstrata, e que eu tinha entrado na parte abstrata da mente. Até aí, acho que não é difícil de entender. Qualquer leigo, um pouco instruído, sabe que existe esta divisão mental. Sabe-se que existe, mas não há nada de concreto sobre sua função, sua influência na vida real.
Pedi pra doutora, da possibilidade de me encaminhar a um neurologista. Que talvez houvesse um meio, algum exame que pudesse comprovar a minha "teoria" e enfim, talvez, achar a solução para o meu mal físico, a  danada da minha pressão. A danada da médica me deixou "desabafar", e no fim, a surpresa:
- Acho melhor encaminhar o Sr. a um psiquiatra.
- Mas, eu não sô loco, respondi!
Acho que todo louco diz isso, mas eu realmente não me considero louco. Tenho plena noção do certo e do errado, convivo em sociedade, obedeço leis e regras, não sou violento. Sou adepto do "paz e amor"! A única coisa "errada", talvez, seja ser corinthiano, mas isso não se explica, isto simplesmente é. E também, não concordo com muitas atitudes deste bando de loucos.
Enfim, não houve escapatória, ela me "convenceu" com a "teoria" dela. Tenho consulta marcada com um psiquiatra, ainda no mês de Outubro! Vamos ver no que vai dar. Um dos dois vai ser considerado louco, ou eu, ou ele.
Já devem ter ouvido falar: "Há tempo de plantar e há tempo para colher", e assim é. A sabedoria popular é realmente sábia. Desde 08.08.88, o ano foi "dividido" em quatro trimestres, assim como as estações do ano. A hierarquia divina, responsável pelo acompanhamento da atual transição planetária, assim o fez para melhor  poder acompanhar o desenvolvimento e evolução dos habitantes do planeta terra, bem como os acontecimentos previstos. Toda melhora, é assim melhor apurada e percebida e pode influenciar na mudança, atenuar efeitos dos acontecimentos que estão por vir. Por isso minha insistência, sempre há tempo de fazer alguma coisa. Podemos melhorar o nosso mundo individual para assim em consequência, melhorar o mundo coletivo.
O período entre 08 de Maio a 07 de Agosto é tempo de preparar o solo. Quando se prepara o solo, arranca-se o velho, o que já deu, para que o novo possa ser semeado. E assim acontece, acaba, termina o velho, para dar lugar ao novo. De 08 de Agosto a 07 de Novembro, é tempo de germinar, de brotar, tudo que foi semeado (na sua mente). É um período um pouco tenso, também de ansiedade. Há um certo conflito entre resquícios do "velho" e o novo que está para surgir. De 08 de Novembro a 07 de Fevereiro, o que foi semeado, plantado, começa a florir. Aparecem os primeiros sinais, de como o ciclo vai se fechar. De 08 de Fevereiro a 07 de Maio é tempo de colher o que foi plantado. 
No caminho espiritual, geralmente a colheita não significa, ganhos ou melhora material, pelo menos no início. Mas sim, aprimoramento, fortalecimento da fé , ou condições para que isto aconteça. Se você parar, observar, que alguma coisa neste sentido acontece nitidamente em sua vida, pode se considerar um ser bastante evoluído espiritualmente. Sua evolução já é no sentido espiral ascendente, já passou pela  1ª iniciação espiritual. Isto não quer dizer que não há mais sofrimento, pode ser bem o contrário, começa o "purgatório".
Neste período de agora, principalmente no ultimo mês do ciclo de germinação (08.08 a 07.11), há uma fase de angústia, tensão, indecisão. Isto pode ser observado em dois textos meus que aconteceram neste tempo. Foram as únicas palavras que consegui exprimir, durante um longo período, mas sempre no mês de outubro.
O primeiro texto, reflete a angústia,  a indecisão com o esvaziamento do ego (sem nada). Quando o apego com os bens materiais começam a diminuir e aumentar o sentido espiritual, o verdadeiro sentido da vida (com tudo). Começa-se a se sentir parte do universo, uno com o todo.

VAZIO

Sem nada.
Com tudo. 
Tudo, sem nada.
Nada, com tudo. 
Corpo, no tudo.
Mente, no nada. 
Este é o vazio ...
Sem imagens.
Sem pensamentos.
Ego esvaziado.
Téo preenchido.
É como um balão.
Sem ar.
Com ar.
Sem ar, sem nada.
Com ar, com tudo.
Mas o tudo é nada.
Mas o nada é tudo.
“...e subiu ao céu numa nuvem..”
Nuvem leve como o ar.
No balão, o ar é o vazio, mas é tudo.
O vazio, é o caminho,
Para o tudo.

Texto escrito em 11.10.06

No segundo texto, a mesma situação de conflito, o novo querendo começar a se expor, mas ainda resta o medo, a incerteza. Resquícios do velho, que ainda prendem.
                                          
SER OU NÃO SER

Há muito tempo que eu penso em escrever, escrever um livro, alguma coisa, mas escrever o quê?
Como eu era um cara que se preocupava muito com o que ¨pensavam de mim¨, sempre tive medo de escrever besteira. Aquela mania de ser perfeito!
Quando eu era moleque, escrevia versos, poemas, sei lá o que era. O problema é este! Tudo tem que ser definido, tudo tem que ser correto, dentro de normas, regras.  Acho que é por isto que muita gente não faz nada, não fala, não escreve nada. Às vezes, o cara pode até ter vontade, mas precisa se preocupar muito com as regras, com o português, com a língua correta, que acaba desistindo.
Até falá,  precisa falar corretamente. Se não, te chamam de ignorante, analfabeto.
Você já pensou quanta sabedoria, quanta experiência há em cada pessoa? O quanto que, cada pessoa, principalmente os mais velhos, não poderia contribuir para o mundo, se relatasse suas experiências. Afinal, a melhor escola, é a ¨escola da vida¨.
Eu acho que agora posso falá sem medo. Uma, porquê não me preocupo mais como que os outros pensam. Outra, porquê agora tenho o que escrevê, o que falá.
Talvez tenha sido por isso que nunca tenha escrito nada. Acabaria sendo só mais um, no meio de tantos.
Hoje, apesar de ainda não estar totalmente pronto, posso dizer que sei de tanta coisa, aprendi tanta coisa...
Mas ai, entra outro "poblema", é a dualidade da coisa. O que eu aprendi, o que eu sei, pode se dizer que está acima da compreensão humana. Se eu falá, se eu escrevê, vão me chamar de louco, doido, lelé da cuca, maluco...
Por isso, às vezes, ainda acho que ainda não posso falá, ainda não posso escrevê.
Mas não importa. Em um livro muito conhecido está escrito, e muitos já devem ter ouvido falar. ...¨conhecerás a verdade e ela vos libertará¨.
Eu agora ao menos posso dizê.
Estou livre!
Está escrito.

Texto escrito em 15.10.08

Fui perceber esta situação agora. Notem que há um intervalo de dois anos entre um texto e outro. Somente este ano, em Junho, período de preparação do solo, de arrancar o velho, consegui a "coragem" e as condições suficientes, para começar a me expor, sem medo.
Agora, no mês de outubro, sinto novamente esta "indecisão". Há uma certa "pressão" do velho, querendo abafar, oprimir o novo, tanto na mente, como na vida real.
A força do mundo velho é tanta, que sinto vontade de abandonar tudo e voltar a velha vida mundana, antiga. Mas, mesmo que eu quisesse, isso agora é impossível. Chego a pensar realmente que tudo foi um "sonho", que realmente estou "fora da casinha", como dizem. Mas não posso negar o que passei, o que senti, tanto mentalmente, psicologicamente, quanto fisicamente. Isto eu sei que foi real! Talvez o que sinto agora, sejam as últimas tentações do "capeta", me oferecendo o mundo para desfrutar. Espero que tenha forças suficientes para superar esta fase e seguir meu caminho. Afinal, foram 10 anos profanos, "perdidos", numa busca pelo irreal. Confesso que, quando tudo começou, nem sequer imaginava onde e como tudo iria parar. Uma, porquê como já disse, a mente concreta não consegue "alcançar", compreender. Outra, se soubesse, talvez não teria coragem suficiente para prosseguir. O reto sempre se faz acontecer pelo torto, outra sabedoria popular.