NADA É POR ACASO

SE VOCÊ CHEGOU POR ACASO, OBSERVE SEU MUNDO INTERIOR, ELE QUER CONVERSAR COM VOCÊ.

SE CHEGOU POR CURIOSIDADE, VOCÊ NÃO SERÁ MAIS O MESMO.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

É HORA DE UM ALENTO!

As reações das pessoas diante de um fato é muito diversa. Pode ser marcante para alguns, singular e até passar despercebido para outros. Mesmo no caso do Apocalipse bíblico, do fim do mundo tão comentado e esperado e no caso uma data tão próxima como 2012. Afinal, quem garante que alguma coisa extraordinária realmente vá acontecer! O meu conselho, para quem se sentir "tocado" pelo assunto, é que perca um tempo e medite. Veja o rumo que as coisas estão tomando, no campo das relações humanas individuais, coletivas até entre nações. O rumo da economia. Tudo está muito vulnerável! No caso de um novo colapso económico, qual será a reação de países mais poderosos, qual as consequências destas reações? Quanto às mudanças climáticas no planeta, o degelo polar, camada de ozónio, as tragédias ambientais, terremotos, furacões. Onde isto tudo vai parar? Há nuvens cinzas no horizonte e o prognóstico não é nada bom.
Vemos atitudes isoladas, bem intencionadas, protocolos de intenções sendo assinados, mas nada de prático acontecendo, mesmo sabendo que as consequências são iminentes. Não há atitudes. Estamos cientes, das causas, dos riscos, das consequências, mas estamos inertes, e pior, continuamos agindo da mesma forma, sempre com as mesmas desculpas. Aliás, repetimos coletivamente, atitudes individuais. Diante de certas situações em que sabemos o que é errado, continuamos a repetir o erro, sempre com alguma justificativa, que para nós é válida. Mesmo "sem dar bola" às previsões catastróficas dos "fim do mundistas", como a passagem de um cometa ou da previsão Maia, parece que o mundo está "derretendo". Talvez, realmente não há nada a ser feito, a não ser ficar impassível, assistindo a tudo e esperar, centrado na fé, na esperança e até na descrença.
"O mundo está certo, quando você está certo". Há uma verdade muito importante nesta frase. Se você está convicto, se está certo do que sente, do que acredita, do que entende, do que vê, tudo está certo. Esta é a maneira que você esta "preparado" para qualquer fato em questão. Não importa o que vá acontecer. Lá no fundo, há alguma coisa que lhe diz para ser assim, para agir assim. E este será o modo correto, seu, particular, para agir.
O "objetivo" do ser Jesus, não teria se consumado, se alguns dos carrascos tivessem agido de modo diferente. Podemos julgar Judas? E se ele, Judas, tivesse agido diferente? O fim poderia não ser aquele, o objetivo poderia não ser atingido. Lembre-se, Jesus falou que tudo estava escrito. E assim estamos nós, pensando sempre que somos senhores do nosso destino, que temos o livre arbítrio, mas no fundo somos iguais a marionetes, sendo "manejados" por algo maior, para que "se cumpra", um carma, uma graça, sendo alvos ou instrumentos destes. A única coisa plausível e necessária a ser feita, é tentar compreender. Por incrível que pareça, o necessário é simplesmente querer. Se eu quero saber, se quero compreender, se quero respostas, com toda sinceridade, elas virão.
Quando você tem alguma atitude, e, dela surge consequências danosas, não importa. Se a sua intenção no momento era acertar, fazer, agir de forma correta no seu entendimento, não há o que temer. Você estava certo. O erro, o mal acontece, quando você sabe que está do errado, sabe das consequências, sabe que vai prejudicar e mesmo assim faz. Quanto mais nós sabemos, maior a nossa responsabilidade.
Tudo tem a hora certa para acontecer, tanto um fato como um conhecimento, um entendimento, uma compreensão. O meu "despertar" começou na adolescência, quando me fiz algumas perguntas às quais não haviam respostas. Percebia que havia algo mais, por trás de certas lógicas. As respostas me foram dadas devagarzinho, conforme eu poderia compreender. "O professor certo só vem, quando o aluno está pronto". Passo a passo fui sendo introduzido dentro de uma linha de pensamento, baseado na fé, pensamento positivo, mudanças de comportamento, auto afirmação. Eu sempre estava certo!
Precisamos prestar atenção quando surgem tragédias, crises. Elas significam que alguma coisa vai mudar. Quando surgem precisamos fazer algo, tomar atitudes. Há 10 anos, entrei em nova crise e novamente fui em busca de uma solução. Fui procurar respostas. O caminho foi o mesmo. Entrei numa biblioteca a procura de um livro, que me desse um alento, que me mostrasse o caminho. Entre tantos, um livro, capa preta, nome estranho: "ERKS". Falava de coisas novas, diferentes. Me senti como se alguém me pegasse pela mão e falasse: "Venha, é este o caminho". Muita coisa aconteceu desde então. Muita coisa aprendi e compreendi. Muitos livros, de vários autores, sempre nesta mesma linha. Outros mundos, outras vidas, outros planos, período de transição da terra. Mas em nenhum momento, me foi falado, me foi lembrado de 2012. Só recentemente, isto surgiu diante de mim. É que eu não estava pronto! Não era o momento! Se acontecesse antes poderia compreender errado, poderia ser "influenciado".
Num primeiro momento achei muito estranho tudo isso. Nossa! Já! Agora! Tão próximo! E eu não sabia de nada! Mas foi começar a ler sobre o assunto e as coisas se encaixaram. Foi como se tudo que tivesse visto até o momento, fossem pontos de uma terminação nervosa, que de repente, automaticamente, se interligaram. Então compreendi tudo. E o que é importante, é uma compreensão minha, particular. Aquela que para mim é a certa. Da qual eu estou certo. Não há nada que faça mudá-la. Pode ser aprimorada, mas é a minha verdade. É baseado nela, na minha certeza, que vou agir.
Quando se procura por respostas, a resposta vem. A vida, o universo, tem um modo peculiar de agir, de nos mostrar. Precisamos sempre ficar atentos, "ficar soltos", livres, como uma pena a sabor do vento. "Que seja feita a tua vontade..." É preciso cuidado para não interferir com o livre arbítrio. Quando "interferimos", as coisas não acontecem, não dá certo. Tenta-se uma vez. Não deu? Pare! Pouca fé? Tente novamente. Se insistir muito, vai perder um tempo danado, um ciclo, para voltar novamente àquele ponto onde parou.
Vejam o caso pitoresco que aconteceu comigo. Quando dei de cara com 2012, fiquei ansioso, em busca de mais informações e entre algumas, deparei com "Pai Joaquim". São muitos vídeos de pequena duração, que estão disponíveis no youtube. Comecei a assistir e havia coerência. Mas o computador começou a pifar e de repente o monitor não ligava mais. Levei ao conserto, quase uma semana depois e lá vou eu, direto procurar por Pai Joaquim. E a placa de vídeo não funcionava. Retorna ao conserto e uma semana depois, lá fui eu novamente... Por incrível que pareça, os vídeos do Pai Joaquim estavam indisponíveis. Nunca mais procurei, nunca mais assisti. Hoje, ao escrever isto no meu blog, voltei ao google e os vídeos estão lá, disponíveis. Agora não preciso mais. Agora já estou certo! Não era pra eu ver mais. Não o Pai Joaquim.
Por isso, hoje quero dar uma palavra de alento. Se você é do bem, se tem caráter e suas atitudes são sempre para acertar, mas não acredita nestas "besteiras", não se preocupe muito com isto. Talvez, você não esteja pronto. Talvez não seja o momento. Talvez o seu papel seja outro. Há tanta coisa a ser feita. Haverão pessoas que precisarão de ajuda e talvez você esteja preparado, talvez você seja a pessoa certa. Sempre haverá alguém, alguma coisa, a lhe indicar o caminho, se surgirem momentos de aflição. Cada um tem um papel a cumprir e um objetivo a atingir. Só precisamos saber, que é bom e é preciso saber mais. Há tantas dimensões a galgar! Pode ter certeza, por mais que ache que sabe tudo, você só sabe o necessário. Só o que pode saber!
Eu não consigo nem "convencer" pessoas da minha família. Mas achei que precisava criar um blog para expor a minha verdade. Pode parecer idiotice, mas estou certo que era preciso. Afinal, o que faz pessoas do Alasca, dos Estados Unidos, da Itália, da Alemanha, da Indonésia, acessar a minha página? Vejam o que está escrito no cabeçalho do meu blog.
Uma mensagem espiritual, um testemunhouma energia. Para a pessoa certa! Disto estou certo!
Estas pessoas nunca mais serão as mesmas.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

HÁBITOS - CAUSA DE TRAGÉDIAS!

Tudo que fazemos ou somos, são hábitos, costumes, crenças, modo de pensar, de agir, que estão enraizados, cristalizados, no fundo da nossa mente. Quando dizemos, "eu sou assim", o certo deveria ser "eu estou assim". Tudo pode ser mudado. Aliás tudo sempre deve mudar. O que não muda, não evolui, estaciona. Nosso jeito de nos vestirmos, de nos alimentarmos, de nos comunicarmos, nosso modo de "enxergar" as coisas, são exemplos, individuais, regionais e continentais. Geralmente, não "paramos", para pensar nisto, não temos tempo.
Um hábito se forma, quando o repetimos por várias vezes. No mínimo 3, 7, 10, 21, e a partir de 28, está consumado. No momento que cristalizamos este novo hábito, a crença, o pensamento, começamos a manifestá-lo inconscientemente. Como se ligássemos a função no automático. É assim que respiramos, sem precisar nos lembrar disto. O ato de respirar nada mais é que um hábito, necessário para ficar "vivo" no plano físico. Se parar de respirar você não morre, só vai pra outro plano. Mas ninguém quer testar isto, não é?
Podemos viver fases, décadas, uma vida inteira, com este hábito, este jeito de viver, sem perceber "anormalidades". Convivemos com pessoas "diferentes", normalmente. Comparamos, criticamos, julgamos, mas sempre pensamos que nós estamos corretos. Que nosso "hábito" é que está certo. Até isto é feito inconscientemente.
Mudar não é fácil. Vemos isto quando precisamos fazer regime, parar de fumar, gastar menos, mudar pra continuar um namoro, um casamento. Podemos "mudar" naturalmente, através da ampliação da consciência, quando aprendemos coisas novas, culturas diferentes, quando "prestamos atenção" às coisas a nossa volta. Podemos mudar por imposição. As leis, normas, regras de convívio são um exemplo disto. Quando a mulher diz "ou tu muda, ou ...", ou então, "ela muda", também é uma forma de imposição.
Quando não há mudanças, quando não percebemos que somos "vítimas" de um hábito antigo, ultrapassado, que está instalado. Quando este, o velho, está rodeado, circundado por hábitos novos, modernos, mais evoluídos, geralmente o velho, o antigo, é pressionado a se romper repentinamente. Isto causa as "tragédias", mudanças drásticas, que podem ser tanto individuais como coletivas. E dai a gente chora, lamenta, lastima, entra em depressão.
Para haver mudanças, é preciso haver parâmetros, comparações, exemplos. Na nossa vida sempre temos como comparar, situações, modos de agir. Mas às vezes ficamos "parados", isolados, estacionados, por tanto tempo, que o fato, a situação comparativa se perde e nós nos perdemos dos pontos de referência.
Estava colocando isto tudo, de uma maneira individual, cotidiana, para mostrar como somos vítimas influenciáveis, como incorporamos no nosso dia a dia, novas regras, novos costumes, novos hábitos. Precisamos lembrar, que as mudanças também começam no individual. Todos somos responsáveis. Não há desculpas para esperar a mudança do próximo.
Agora, vamos tentar mostrar isto de uma maneira mais ampla, planetária. Para nós, os menos informados, menos esclarecidos, a civilização humana começou na Europa, na Ásia. Temos "notícias" de civilizações mais antigas, dos gregos, romanos, tempo dos faraós, tempo de Jesus, China antiga, mas de qualquer maneira são consideradas recentes. A teoria da evolução nos diz que o Homem "veio do macaco", mas isto a milhões de anos atrás. Há uma lacuna enorme, neste espaço de tempo. O que aconteceu entre os 10 mil anos atrás, "segundo Raul Seixas" e os outros milhões de anos, sabendo que a terra foi creada a bilhões de anos? O que aconteceu neste espaço de tempo? Nos últimos 500 anos, a civilização deu um salto extraordinário, em termos de evolução, em todos os sentidos. E nós aceitamos, de uma forma extraordinária, que no período restante, anterior, a espécie humana tenha vivido primitivamente.
Quando a América, o Brasil, foram "descobertos", haviam pessoas aqui. Nós os chamamos de índios. Quem são, da onde surgiram estes índios? Só falta dizer que os índios são mais macacos que nós.
Sabemos dos Incas, Maias, Pirâmides do Egito. Recentemente vi em documentários, que foram descobertos indícios de antigas civilizações aqui na America do sul, que datam da mesma época das Pirâmides do Egito. Estas civilizações simplesmente "desapareceram". Eram povos organizados. Os cientistas, antropólogos estão surpresos com o conhecimento e sabedoria destas civilizações. O povo Maia, sabia de coisas, que só recentemente foram confirmadas pela nossa ciência, mesmo com a ajuda da nossa tecnologia. Estes relatos não foram extraídos de livros de auto-ajuda, nem de livros esotéricos. É coisa da ciência. Alguns já falam dos Lemurianos, de raças, sub-raças, outros já confirmam Atlântida. Isso é o que sabemos. E o que nós não sabemos? E a história que está perdida nesta lacuna de tempo?
O que eu quero dizer, por enquanto, é que assim como o "mundo acabou" para os dinossauros, também já acabou outras vezes, para outros povos, outras civilizações. Se houve, um Buda, um Jesus, nas outras vezes, não sabemos e também não importa. Os indícios que ainda encontramos, nos mostram que poderia ter com certeza, vida inteligente, proveniente talvez de outras partes do cosmos, mas isto não nos interessa agora. Ficamos discutindo entre religião e ciência e não nos damos conta da importância deste momento em planos mais elevados, em níveis cósmicos.
Nós só sabemos uma parte da história e apesar de darmos tamanha importância às últimas linhas de um capítulo, mesmo assim nós falhamos. Falhamos porquê ficamos parados, estacionados, com hábitos antigos, errados, que limitam a visão. Não evoluímos espiritualmente. Confundimos espiritualidade com "ser beato", ser rígido nos costumes religiosos. Uma pessoa espirituosa é uma pessoa "descolada", alegre e principalmente livre. Livre de qualquer regra, qualquer costume, qualquer hábito.
Como já disse anteriormente, o "fim deste mundo" já estava previsto a mais de 21.000 anos. E isto até a ciência confirma. O problema é que não correu tudo como deveria. Não aconteceu, o que tanto nos foi implorado. Não estamos preparados.
Temos por hábito pedir diariamente, automaticamente, em qualquer ocasião, às vezes ocasiões idiotas, "venha a nós o vosso reino...". Pedimos por hábito. Se temos ciência, que do jeito que está não é "o reino", precisamos ter ciência que, para que aqui ele se instale, é preciso mudar. Precisamos mudar hábitos, crenças, costumes, modos de agir, de pensar, de ser. Se não mudamos naturalmente, por ampliação da consciência, seremos "mudados" por imposição. E todos sabemos o que acontece nas tragédias. Já vemos pequenos exemplos por ai. Imagine catástrofes, onde os afetados são um bando de loucos. Tudo pode acontecer!
Nesta hora, precisamos ter como exemplo uma árvore. Elas, do reino vegetal, são mais sábias que nós. Tem uma base firme, sólida e estão voltadas para o alto, para a luz, para a fonte. Enquanto nós estamos perdidos, sem rumo. Como já disse, não sabemos o que somos, de onde viemos e agora, diante "do fim", não sabemos para onde vamos.
Um novo mundo está para se instalar aqui na terra. Quem estiver "apto" para este novo mundo, ficará. Quem estiver preso ao velho, ao antigo, perecerá ou literalmente, mudará.
Perca um tempo e veja a mensagem abaixo. São somente 5 minutos do seu precioso tempo!



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

2012 - O INÍCIO DE UM FIM.

Durante esta semana, tentei dar continuidade, escrevendo sobre assuntos do cotidiano, da vida. Coisas que não vemos e não percebemos. Pequenos detalhes, que muitas vezes nos passam despercebidos. Por duas vezes, tentei assuntos diferentes, mas não obtive "ajuda". Não conseguia dar seguimento, não havia coerência, não conseguia achar as palavras certas, não fluía como das outras vezes. Pensei até que teria que por um fim no meu blog.
Após verificar minha pressão arterial, que chegou ao fantástico recorde de 25/15, sem explicações lógicas...Mesmo tendo uma vida regrada, com alimentação equilibrada e saudável, sem exageros com álcool, sem vícios maléficos, com prática de atividades físicas de 1 hora, ao menos três vezes por semana...Não achei chá milagroso, nem chuchu, nem prescrição médica que desse jeito na pressão deste meu mundo. Segundo um livro que tenho, a solução para pressão arterial elevada, é libertar-se de padrões de pensamentos antigos, é a relutância em abandonar o velho e se abrir para o novo. Sabendo de casos de AVC's e infartos, em situações muito mais amenas do que esta, veio-me à mente a eminência do fim. "Se continuar assim, o fim está próximo", pensei.
Como uma coisa puxa a outra, fiquei a pensar na minha vida. Qual a lógica, qual o fim de tudo isso? O que fiz, deixei de fazer, o que ainda queria fazer, o que deveria fazer. Reli meus escritos anteriores, há uma certa lógica, um começo, meio e fim. Mas percebi que poderia entrar numa mesmice e poderia ser mal compreendido. Embora tenha tudo a ver, meu intuito não é só falar de coisas já tão comentadas. Não quero "ensinar o padre a rezar uma missa". Eu não quero, só repetir com minha opinião, assuntos que podem ser encontrados em outros lugares, em outros livros. Para que perder tempo tentando ensinar, mostrar coisas, por quais alguns dedicaram sua vida e outros até deram a vida. Afinal, não há mais muito tempo. Não há mais tempo para  "levantar os caídos". O "joio já está separado do trigo". Assim como numa plantação, pode até ser feito uma segunda passagem, mas tudo já "está escrito".
Já a alguns anos venho percebendo, que o rumo que minha vida tomou, teria algo a ver com o momento atual  que o planeta vem passando. Então lembrei do fim. Assim como da outra vez, que me deu "um vazio", o fim me foi lembrado. Cheguei à conclusão, que  o meu serviço está mais ligado com o fim. Falar, comentar, para que em momentos oportunos, a mente das pessoas, esteja mais preparada. Mas vou fazer isto paulatinamente, devagarzinho, apesar de 2012 estar batendo à porta. Eu estava postergando este assunto ao máximo, por ser muito delicado. É difícil expressar em palavras humanas, a compreensão complexa, mas  ao mesmo tempo simples, as miríades de possibilidades. Sei que para quem acredita no juízo final, embora espere "avidamente" por este momento ele é assustador. Mas posso adiantar, que de início, tudo será considerado normal, como está sendo, pois as "trombetas já soaram". O fim já teve seu início.
Quando se está prestes a fazer um teste, ou a por em prática alguma coisa que aprendeu, sempre resta alguma dúvida, medo de errar, de não estar fazendo o certo. No meu caso ainda estou assim. Não sei ainda se sou obra do acaso, ou se o acaso quer fazer através de mim uma obra.
Por tudo que aprendi, compreendi também, que em certos momentos, não devemos fazer nada. "Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas, mas só uma coisa é necessária..." Tenho dúvidas se devo ficar quieto e deixar as forças do universo fazerem o seu serviço, ou expor uma compreensão individual. Do mesmo modo que o que eu escrevo, pode ser compreendido de várias formas, dependendo da consciência individual, a minha compreensão pode ser falha. Estou propenso a arriscar, para ver o que vai dar. Se for meu ego que tá falando mais alto, ele logo será calado.
Desde pequeno, ouço falar do fim do mundo. Já passamos algumas datas "certas" para acontecer. Sempre tive um certo medo deste acontecimento. Já pensou em "acabar tudo"? Todas as coisas fúteis que imaginamos essenciais para nossa vida? Aquilo que dedicamos nossa vida inteira! Aquele capital, o nível social, aquela prepotência, nada disto adiantar num certo momento? No fim, haverá muito neguinho fazendo promessa e rezando o terço.
Eu evitava pensar nisto. Ficava imaginando o depois. Como ficariam as coisas depois do "fim do mundo"? Quando eu era criança, um amigo meu, aquele do rádio, me falou que uma estrela era tão grande, que se um dia uma delas caísse, esmagaria  toda a terra. Imagine o medo que sentia, quando via meteoros caindo, pensando que fosse uma estrela. O fim sempre me assustou. Se tudo acabasse, nunca mais, nunca mais, aconteceria nada, ficaria um silêncio total, um deserto total, pra sempre. Tenho até uma imagem mental criada, desde a infância. Lá perto de casa, havia uma bifurcação de estradas, tipo um V. Entre este V, haviam dois pinheiros. Esta imagem sempre me vinha à mente. Ficava imaginando, o silêncio, o deserto, nunca mais, eu, ou alguém passaria por este local. Nunca mais eu veria os dois pinheiros!
Fui crescendo, sugado pela vida, me preocupando em "sobreviver", me aprofundando no "sistema", achando tudo normal. Até ser "cuspido", jogado pra fora e sem querer, me vi "preso" a um processo que nunca imaginei. Por mais que tentasse "voltar", por mais que "esperneasse", fui impedido, por forças involuntárias, a regressar ao "mundo" anterior. Só me foi dado a possibilidade de manutenção da vida física, em condições possíveis de sobrevivência, onde "só o necessário me foi dado". Foi quando aprendi, que 1 real, se faz juntando 100 centavos. Vida física, que por muitas vezes, pensei em dispensar. Na verdade, percebo que para mim este foi o fim de um mundo.
O resultado disto tudo, é que me foi "mostrado", de modo fragmentado, dando ênfase nos detalhes, como nós somos condicionados a uma vida ilusória. Cheia de "valores humanos", baseados num instinto "racional" de sobrevivência animal, onde em momentos críticos, para sobreviver podemos chegar ao ponto de devorar a nós mesmos. É isto que deve dar medo. Num momento de caos geral, qual será a reação? Foi nesta condição que aprendi a dar valor a muitas coisas que geralmente passam despercebidas. Compreendi atos e consequências, individuais, coletiva e globais.
Assim como dizem, que no momento da morte, passa por nossa mente tudo que fazemos e deixamos de fazer na nossa vida, durante estes anos, me foi dado a graça da compreensão, de mistérios deste mundo e do outro mundo. Poderia dizer que agora, eu não sou mais deste mundo, eu só estou neste mundo. Agora, "eu e Ele somos um, só que Ele é maior que eu". 
Na eminência de um caos geral, na vida, na sociedade, no planeta, hoje compreendo, o olhar e estado de compaixão, de muitos mestres. Mestres que passaram por este mundo, enquanto viam a humanidade, a qual tentavam persuadir, seguir por um caminho, que levaria a um fim trágico que já estava previsto a mais de 21.000 anos atrás.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

PAI, ... ROUBARAM MINHA BICICLETA!

Agora que estou falando de consciência, me lembrei de uma história que aconteceu comigo, quando estava terminando o ensino médio. Uma noite ao sair do colégio, fui buscar minha bicicleta que sempre deixava num boteco em frente. Era o quintal do boteco que servia como estacionamento de bicicletas. Muitos alunos as deixavam lá. Fui direto pro local, mas chegando lá, cadê minha bicicleta! Já comecei a ficar desesperado, pede aqui, pede ali. Ninguém viu. Meu Deus! Roubaram minha bicicleta!
Um pequeno drama já começou a se instalar na minha cabeça. Como é que vou chegar em casa, sem minha bicicleta? Como é que vou explicar pro meu pai, que sumiram com minha bicicleta? Era uma bicicleta de 10 marchas, da Monark. Era a única coisa que eu tinha. Fora comprada a muito custo por meu pai. Não sei o que me abalava mais, se era ficar sem minha bicicleta, ou o medo de encarar o meu pai.
Ai começaram a chegar "meus amigos".
- Nossa! Roubaram tua bicicleta! E agora, o que vai fazer?
E eu que já tava em pânico, fui piorando cada vez mais. Começaram a surgir os conselhos e as soluções. Entre muitas, uma se destacou, parecia que tinha entrado direto no meu cérebro e se encaixara direitinho.
- "Se fosse eu, roubava outra".
No desespero que me encontrava, aquilo pra mim foi a solução. Começamos a procurar uma bicicleta, que estaria "dando sopa", e encontramos. Era parecida com a minha, mas de outra marca, pneu um pouco mais fino. E lá fui eu! Montei na bicicleta, incentivado e acobertado pelos meus muito amigos (da onça).
Quando estava saindo da cidade, o pneu de trás furou. Faltavam ainda 3 km, para chegar em casa. Rua escura, com cascalho, parecia que nem a lua tinha coragem de encarar o feito do chico. E lá vou eu, empurrando a minha bicicletinha roubada, com pneu furado, noite a dentro. E a consciência começou a pesar. Quanto mais perto de casa eu chegava mais o remorso aumentava.
Finalmente cheguei, subi na área da casa, encostei a bicicleta na parede, abri a porta, que tava encostada com uma cadeira. Meus pais, já estavam dormindo, mas minha mãe acordou com o barulho.
- É você chico? Pediu minha mãe, lá do quarto.
- Sim mãe, sou eu.
Um silêncio e depois, já meio chorando.
- Mãe, aconteceu uma coisa comigo. Roubaram minha bicicleta.
- Quê?
- É mãe, roubaram minha bicicleta.
Minha mãe cutucou meu pai.
- Acorda Ermin, roubaram a bicicleta do chico.
- Quê? Roubaram a bicicleta do chico? Resmungou meu pai , meio sonolento. 
- É pai, roubaram a minha bicicleta e eu roubei outra!
Nisso,  escutei as gargalhadas do meu irmão, lá do outro quarto. Eu não sabia que ele estava em casa. Veio naquela noite, de visita. Aquela risada ecoava na casa. Mas ele nem levantou, ficou lá, rindo e só escutando a história.
Meu pai e minha mãe levantaram e eu contei todo o ocorrido. Saímos até a área, pra ver o produto do furto. Até hoje, estranho a reação do meu pai. Não bateu, não xingou, acho que viu que eu tava desesperado. Recomeçaram os conselhos. Me fizeram entender que eu não podia ficar com a bicicleta roubada. As pessoas iriam ver que não era minha e  iriam me questionar. Que não era correto. Que meus próprios amigos poderiam me delatar.
De repente escutamos a voz do meu irmão.
- Fala pra ele levá de volta!
Meus pais concordaram e me fizeram ver que era a melhor solução.
E lá fui eu, empurrando minha bicicletinha roubada, de volta pra cidade por mais 4 km. E depois ainda precisava voltar à pé. Sozinho no escuro, era eu, meus pensamentos e meu remorso, minha culpa e minha consciência. Passava por guardas noturnos e ficava imaginando o que se passava pela cabeça deles. Torcia para que ninguém me parasse e questionasse. Estava com medo que alguém já tivesse me denunciado. Finalmente cheguei novamente em frente ao colégio e "depositei" o produto do furto no quintal da casa, por cima de uma cerca. Naquela noite fui dormir eram 3 horas da madrugada. Dormir não, né. Afinal foram tantas emoções ...
Outro dia tudo estava normal. No colégio, alguns comentários dos roubos que haviam acontecido na noite anterior, e, que uma das bicicletas havia reaparecido milagrosamente. Até escutei o dono "da minha", cometar: "Acho que o cara se arrependeu". Mas ninguém ficou sabendo, que eu era um dos larápios, nem meus amigos comentaram nada.
Meu pai, outro dia foi no boteco,  explicou ao dono do bar o acontecido. Como era conhecido nosso, também não comentou nada com ninguém. E tudo ficou assim, normal. Menos eu,  que não podia mais encarar o dono do bar, de vergonha.
E a minha bicicleta? Meu pai, que era um gaúcho prevenido, tinha anotado em casa, o número de série. Ficou por dias,  vagando na cidade, erguendo todas as bicicletas parecidas com a minha, até encontrá-la. Imagina o furdúncio que deu. Mandou chamar a polícia, que levou a bicicleta pra delegacia. Outro dia, era só levar a nota fiscal e retirar.
O outro ladrãozinho, "safado, vagabundo, sem vergonha", era filho de um empresário, na época vereador da cidade , amigo e vizinho do delegado de polícia. Por incrível que pareça, alegou a mesma história que a minha. Que haviam furtado sua bicicleta e para não ficar sem, com medo da reação dos pais, havia furtado outra. E como tinha "as costas quentes" ficou tudo por isso mesmo. Queria ver se era eu, um pobre coitado...
Tentei apagar este fato da minha memória, nunca comentei com ninguém esta parte "negra" do meu passado. Nem minha família comentava. Não sei se era por dó, ou também queriam esquecer.
Agora, como já conheço parte da "verdade", e me sinto mais "livre", achei que poderia usar isto como exemplo. Às vezes, certas coisas acontecem na vida da gente e acabam sendo consideradas apenas um fato, como tantos outros, aos quais não damos importância. Afinal, não prestamos atenção à escola da vida. Não temos consciência que nada é por acaso. Que tudo é prova, carma, graça, ou  somos usados como "instrumentos", para que se realizem. Hoje percebo a importância do acontecido. Foram duas histórias, com enredo, com script "idênticos", mas com atores diferentes. Famílias diferentes, valores diferentes e finais diferentes.
Se minha família, não tivesse consciência do certo e errado, do justo, do correto, a minha história poderia ter tido um final diferente. Em consequência, a minha vida, o meu caminho, hoje poderia ser diferente. Do outro menino, nada sei. Nunca mais ouvi falar. Espero que tenham tido outras oportunidades, para acertar.
Está é nossa responsabilidade, como pessoas, como pais, como seres humanos. A vida nos dá certas provas, certas "tentações". Cabe a nós, escolhermos o caminho correto. E também, mostrar, conduzir, induzir, aqueles por quais somos responsáveis, que nos escolheram para isto.
Quando escolhi meus pais para nascer, eu escolhi certo e eles não decepcionaram. Não acharam que era normal, coisa de adolescente. Não estavam contaminados pelo "sistema". Não "passaram a mão" sobre minha cabeça. Eles foram responsáveis.
Teria sido mais perfeito se eu tivesse assumido meu ato, perante os outros, pedindo desculpas para o dono da "minha bicicleta". Mas não precisou, acho que foi como recompensa. Recompensa pela consciência dos meus pais.