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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O "INFERNO" QUE NÓS CRIAMOS.

Não há nada neste mundo atual, que não tenha sido pensado, imaginado, creado,  por algum de nós ou que não seja resultado de pensamentos coletivos. Somos capazes de criar monstros! E não adianta procurar culpados, ou apontar o dedo. Nós somos os primeiros a sermos atingidos pelos nossos pensamentos e somos responsáveis pelo estado atual do planeta. É tipo um bumerangue, o que vai volta. A soma do pensamento coletivo é o resultado que temos hoje coletivamente, como grupo, como nação, como planeta. Olhar para trás e "culpar" os que já se foram, também não é a solução, nós somos eles. Daríamos um grande passo, se pudéssemos nos conscientizar disso.
O que vemos muito, sempre, são os críticos, os acusadores, em todas as áreas. Na vida individual, na política, na economia, no governo, sempre há os "certinhos", apontando o dedo, se manifestando, se horrorizando com a vida alheia, escândalos e corrupção. Não importa o tamanho do rombo, a grandeza do ato, se houver um simples pensamento, um pequeno ato de "esperteza", de privilégio, nos igualamos àqueles que criticamos. Basta uma pequena manifestação, um desejo, um pensamento. Uma vez emitido o pensamento, não há nada mais a fazer, a não ser emitir outro, para equilibrar. Perante a fonte, espiritualmente, todos temos "telhado de vidro". "Não julgai", alguém já disse, pois além de tudo, nós não temos a capacidade de saber o que é o certo ou o errado nisto tudo. Se nos julgarmos "atingidos" por algo, antes de abrir o bico é melhor pensar um pouco, pensar duas vezes, fazer um exame de consciência. Mesmo não encontrando motivos, sempre é bom saber que nossa consciência é limitada, que há verdades maiores que talvez não tenhamos conhecimento, que não podemos alcançar. Além do mais, os "defeitos", os erros que apontamos nos outros, são nossos próprios defeitos, nossos próprios erros. Esta é uma verdade que demorei muito em aceitar. Depois que aceitos, fica mais fácil superá-los.
Qualquer pessoa que esteja ligado a uma religião, vive com o fantasma de dois destinos após a morte física: o céu ou o inferno. Qualquer um deles, se existissem, sempre seria o resultado dos nossos pensamentos, dos  nossos atos, que são pensamentos concretizados, realizados. Não adianta querer culpar outrem, ou Deus, por não ser benevolente, essa é uma verdade que precisa ser encarada. Aceitar isto, é mudar seu destino, seu futuro.
Céu e inferno, não são um mundo físico, nem etérico, são um estado de espírito, que pode ser vivido tanto na vida material, física, ou no mundo etérico, mundo dos "mortos". Na vida material, geralmente são fases da vida em que nada dá certo, vivemos num verdadeiro "inferno astral", ou aquela fase em que sonhos e desejos se realizam, onde tudo parece um mar de rosas. Tem um ditado que diz: "Após a tempestade, vem a bonança" e assim geralmente é. Passamos por um período negro, onde queimamos carma, somos "depurados" ou fazemos um sacro-ofício, para depois podermos curtir o deleite da recompensa, da graça alcançada..
Quando passamos pro outro lado, se não tivermos um pensamento, um estado de espírito ligado na fonte, na alma, em Deus, ficamos num mundo perdido, que é chamado de umbral, zona obscura, entrada. Quanto mais longe o eu, o ego, estiver da fonte, maior o período que passamos perdidos neste umbral. Até que se tome consciência e se emita um "pensamento", um sinal, uma luz, para que a consciência possa ser localizada e então direcionada ao seu local adequado. Os apelos religiosos para que nos arrependamos de nossos "pecados" antes da morte, tem seus motivos por isso, para emitir este pensamento, fazer esta conexão. Este período no umbral também pode ser chamado de inferno e pode durar anos, séculos. O tempo de lá, é diferente do nosso. Existem "n" situações possíveis, assim como são os estados de espíritos, mas em síntese é isso. Os casos extremos são pessoas muito apegadas ao mundo material, que os corpos astral e mental  se recusam a se desligar deste mundo e se tornam espíritos errantes que se manifestam por ai. Por outro lado, há pessoas mais "religiosas", que são direcionadas à lugares com estados de vibração mais elevada. É como as histórias narradas em livros e romances espíritas.
Há ainda um outro inferno a passar. O verdadeiro inferno por qual passa a consciência de um ser, antes da entrada no "céu", ou o que a bíblia chama de reino de Deus. É após esta passagem que nos tornamos conscientes da vida cósmica, que nos é revelado a verdade, a verdade que liberta.  É o inferno por qual Jesus passou, antes de subir  ao "céu". Este depura, este limpa, elimina, os resquícios de impureza, de "maldade" ainda existentes.  Este é um período relativamente longo, de várias fases, sendo o sofrimento maior, em torno de três anos e meio (meio ciclo de sete anos)
Já comentei anteriormente, que tudo na bíblia é simbólico. O período que Jesus passou, sendo acusado, julgado, carregando a cruz, sendo morto, ressuscitado, subindo ao céu e enfim sentar à direita de Deus é passado por nós, aqui, em vida física, material. Esta morte, na verdade é a morte do ego. Isto pode ser vivido de uma maneira mais suave ou mais sofrida, dependendo do estado da consciência, dos "pecados" que se tiver, quando alcançado esta graça. Esta parte detalharei em outro momento. Misticamente este processo é chamado de terceira iniciação, que marca o início do retorno da consciência à vida cósmica. Antes de passar pela terceira o ser já passou pela primeira e pela segunda iniciação, que também são marcadas por um processo mais ou menos idêntico, sem a morte do ego e menos duro, sofrido.
Enfim, precisamos nos conscientizar, que nosso sofrimento, nosso inferno, é causado por nós mesmos. Nesta ou em outras vidas que vivemos. Não há como sabermos plenamente, quais são os erros por nós cometidos, nem o que precisa ser feito para nos livrarmos de todo mal. Há muita coisa que consideramos certo, normal, mas que está em desacordo com leis superiores. Toda vez que pensamos estar fazendo o bem, como um ato de nossa vontade, podemos estar agindo errado. Como diz um velho ditado: "De boas intenções o inferno está cheio". O ideal, seria fazer um esforço para deixar "a vida nos levar" ou poder dizer "Que seja feito a tua vontade".
O inferno previsto após o "juízo final" também é simbólico. Não haverá reunião dos vivos e dos mortos. Na verdade o juízo final já está praticamente concluído, é o joio que foi separado do trigo. O "trigo", são os seres, as consciência, que atingiram uma certa evolução e emitem determinada vibração, que estão "marcados" por esta vibração e que continuarão a viver neste planeta após este período de transição, do "fim do mundo", do Apocalipse. Provavelmente, estes serão os que já passaram pela primeira e segunda iniciação. Os demais, o "joio", serão encaminhados a outros mundos, outros planetas, em outros sistemas, com leis próprias. Não será o inferno, simplesmente terão que recomeçar sua jornada num mundo, com energia e vibrações equivalentes.
Olhando com nossos olhos e ponto de vista humano, do jeito que vivemos hoje, praticamente não há um "grande castigo", um grande "inferno". Podemos "pintar o sete", mas continuaremos a "viver", de certo modo. Graças a compaixão Divina, somente casos irrecuperáveis serão exterminados. Mas do ponto de vista cósmico, olhando com os olhos de Deus, "viver" deste jeito, é um lastimável tempo perdido, pois a verdadeira vida não é esta. De nada adianta postergarmos, retardarmos nossa evolução. Cedo ou tarde passaremos pelo "inferno" e o sofrimento será cada vez maior. Se pudéssemos nos lembrar disto neste dia, provavelmente iríamos nos arrepender de não ter feito alguma coisa hoje.
Lembre-se, o que é teu tá guardado.

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