NADA É POR ACASO

SE VOCÊ CHEGOU POR ACASO, OBSERVE SEU MUNDO INTERIOR, ELE QUER CONVERSAR COM VOCÊ.

SE CHEGOU POR CURIOSIDADE, VOCÊ NÃO SERÁ MAIS O MESMO.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

ENTENDENDO A IRA DIVINA.

Diante das adversidades da vida, sempre procuramos uma explicação, uma razão, para fatos e acontecimentos, principalmente os indesejados, os imprevistos. Isto faz parte da mente racional humana. A explicação, a lógica, para estas adversidades, mesmo sendo sem sentido para alguns, fazem total sentido para aquele que as fomentas e sustenta.
Cada ser pensante, cada consciência, cria para si um mundo, com suas lógicas e suas verdades. É como se fosse uma redoma, invisível, ilusória, limitada pelo alcance da sua consciência. A vida em si, as coisas, os fatos, os acontecimentos, fluem e só fazem sentido, se combinarem com os elementos por nós conhecidos dentro deste pequeno, ou amplo mundo, que criamos e conhecemos.
Com estes elementos, geralmente limitados, que  temos, nós aceitamos, refutamos e julgamos o nosso mundo, as pessoas que se encontram nele e os acontecimentos, sejam bons ou maus, desejados ou indesejados, felizes ou catastróficos.
Neste mundo limitado que vivemos, que é o mundo de cada um, entrelaçado com o mundo dos outros como as argolas das olimpíadas, nós filosofamos a vida, vivemos o deleite do amor, discutimos futebol, política, religião e também o Deus de cada um.
Cada um dentro do seu mundo, cria a sua lógica, a sua verdade e elas se confrontam com as verdades e as lógicas alheias, dos outros mundos, criados por cada ser, pessoa, consciência. Assim nascemos, vivemos e "morremos". .. sempre pensando de que nossas verdades, nossas lógicas e nossas filosofias sejam as mais corretas, as superiores e mais abrangentes.
No decorrer da nossa vida, ampliamos nosso mundo, nossa consciência, através do estudo, leitura, experiências, observações e tantos outros elementos com que cruzamos no nosso dia a dia. Cada novo elemento, cada nova variável inserida no "nosso mundo", nos dá condições de redefinir e ampliar, conclusões, decisões e julgamentos. Isto quer dizer que, as conclusões a que chegamos ou julgamentos que fazemos hoje, podem não ser os mesmos amanhã, visto que a cada dia, mais variáveis, mais conhecimentos são inseridos no nosso mundo. Isto lembra uma frase: "Não julgais!"
Quanto maior "nosso mundo", mais se compreende, mais se releva, mais se perdoa, menos importância se dá a fatos irrelevantes. Compreendemos situações, relevamos fatos, acontecimentos e perdoamos atos. Isto é "luz", esclarecimento! É sair da escuridão! É consciência espiritual! É perdoar, por que ... "eles não sabem o que fazem"! É como ver mais virgulas numa frase, conhecer mais palavras de um dicionário. É ver além da curva! É ver através dos montes! É ver "os mundos" de cima.
Se nós, com nossos parcos conhecimentos, pequenez espiritual e estreita visão de mundo, do universo, julgamos grandes as nossas razões, as nossas verdades, os nossos mundos, imagine as razões, as verdades, o "mundo" da Fonte, daquilo que chamamos Deus.
Assim como um filho não compreende as repreensões de um pai; assim como não compreendemos atitudes alheias, as diretrizes de um governo, particularidades de uma seita religiosa, de um grupo político, o sofrimento de alguém que está ao nosso lado, simplesmente por desconhecer as variáveis contidas em seus mundos, assim também desconhecemos e muitas vezes não compreendemos a "crueldade" e a "compaixão" Divina.
Acontecimentos indesejados, desastres e catástrofes que se misturam com momentos de alegria e milagres diários, são muitas vezes incompreensíveis para nossa mente humana limitada. As lógicas que criamos para explicar e aceitar a ira e benevolência "Divina" , amparadas e reforçadas pela teorias religiosas, chegam aos limites do absurdo. Estas nossas lógicas só se sustentam por nos recusarmos a ultrapassar os limites ilusórios e acomodados, criados pela nossa mente.
Diante de adversidades deste mundo material, principalmente com as que virão e se ampliarão com as mudanças de um ciclo, com "o fim do mundo atual", no nosso planeta, surge uma boa oportunidade para ampliarmos nossos mundos individuais. Por fim aos nossos mundos limitados, geralmente governados pelo ego e sustentados pela ignorância e preguiça mental, pode amenizar sofrimentos. Analisar, compreender fatos dentro de um contexto maior, sempre nos dá uma visão diferente de qualquer situação. Isto não quer dizer que as consequências daquele ato ou fato deixem de existir, mas possibilita uma melhor compreensão dos seus motivos e consequentemente uma melhor aceitação.
Quando adultos, ou, quando "nossos mundos" se igualam aos dos nossos pais, compreendemos muitas coisas que não aceitávamos, ou não entendíamos na adolescência. Isto também acontece ao ampliarmos nossa consciência espiritual. Para isto, não é necessário andarmos com o evangelho debaixo do braço ou nos enfurnarmos num templo. Para isto, basta agirmos como agimos quando procuramos nossa independência e auto desenvolvimento na adolescência, procurar nós mesmos, principalmente no nosso interior, respostas novas e diferentes para nossa origem, situação e destino como consciências cósmicas.
Conhecer as verdades e o "mundo do Nosso Pai", como disse, não evita acontecimentos indesejados, mas possibilita uma melhor compreensão da vida, do universo, evitando lamúrias desnecessárias e que não levam a nada.
Assim como descobrimos que Papai Noel não existe, é preciso "descobrir" que não estamos sozinhos no universo, que é, aliás, uma pretensão que resulta dos limites da nossa mente. Dar o primeiro passo, ou se pré-dispor à abertura mental, junto com atitudes sustentadas pelo amor, indica à hierarquia Divina que estamos prontos e aptos para receber o que, como nossos pais, "Deus" sempre está disposto a nos dar.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

RELIGIÃO, UM MAL NECESSÁRIO.

Assim como é bom e necessário um sopro de vento para acender ou manter acesa uma chama, assim são as   religiões na vida de um ser. A religião é um mal necessário, no tempo certo e na medida certa. Se não respeitado este tempo e esta medida, o sopro que aviva a chama, não surte efeito ou impede a progressão ao objetivo.
Enquanto a consciência humana não conseguir romper as fronteiras da ignorância e se tornar apta e digna de conhecer a verdade, a religião, seja qual for, é necessária para manter viva a chispa divina que há em cada ser. Ela é o combustível primário, que impulsiona o ser rumo a jornada cósmica. Jornada que tem como final e verdadeiro destino, ser literalmente uma estrela.
É preciso persistência e coragem, para se atrever ultrapassar o primário espiritual, imposto pelas doutrinas teológicas que estão cristalizadas na mente humana. A ignorância também pode ter este mesmo efeito. Quando se desconhece ou se desacredita nas consequências de um ato, pode-se ultrapassar os limites que pseudo-sabedoria acredita existir.
O pior estágio em que podemos nos encontrar no campo espiritual, é o estágio do meio. É o estágio em que "achamos ser", "achamos ter". Este estágio é alimentado pelo ego, que nos idolatra para manter seu espaço e sua importância.
Grandes acontecimentos, grandes conquistas, grandes "milagres" geralmente acontecem nos extremos. Ou são resultados da ignorância, ou resultam da busca, da procura, por merecimento.
A evidência ou demagogia cristã, que para alguns é motivo de orgulho e de realização egocêntrica, pode ser o principal empecilho ao crescimento espiritual, que é nato, próprio e objeto de cada ser.
Digo isto sem críticas e sem julgamentos, pois no contexto da verdade, não há espaço para tais pretensões. Se o fizesse, estaria ignorando o próprio passado.  
A Fonte, o Deus de cada um, exorta cada ser a buscar, a procurar algo mais, a ir além da normalidade.
É preciso ser um pouco copérnico e desafiar. Ousar quebrar paradigmas cristãos. Ousar e usar da interrogação, quanto a nossa origem, ao que somos e ao nosso destino.
Cada passo dado neste sentido é uma vitória e pode significar muito mais, ser mais importante, do que ficar horas balbuciando palavras e frases ao vento, sem uma verdadeira conexão com o interno.
O Deus do trono e do cajado não existe. O que há, é sua própria consciência, influenciada e amparada pela hierarquia divina, te julgando ou te dando glória.
Ultrapassado o estágio do meio, sua consciência fará parte da consciência universal. Então serás tudo, sem ser nada e não terás nada, tendo tudo. Esta é nossa verdadeira finalidade de vida, da vida cósmica.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

SE FOSSE POSSÍVEL ENTRAR NO REINO DE DEUS!

Se fosse possível a entrada no Reino de Deus por uma simples decisão, como deseja a maioria dos mortais, 99% dos que o fizessem por opção, desistiriam no dia seguinte. A mente humana, racional e emocional, não consegue conceber, não consegue imaginar e não conseguiria aceitar o estado de ser, necessário para permanecer no "reino de Deus".
Entrar no "reino de Deus", só é possível, quando a mente humana ultrapassa o nível da mente racional e entra no nível abstrato. A partir daí, começa-se a vislumbrar o verdadeiro sentido, daquilo que nós chamamos de Deus, de sermos "filhos do Deus", feitos à sua imagem e semelhança, de sermos unos com Ele e com tudo que vem D'ele.
A mente racional, é a fronteira que precisa ser ultrapassada e o ego precisa ser domado, para que se possa chegar à compreensão e ao "estado de espírito" necessário. Um estado de espírito, que permita que "seja feito a vontade D'ele não a nossa". Bem aventurados são, "os fracos de espírito".
É preciso um longo período de aprendizado, onde o verdadeiro sentido, das palavras "luz e trevas", "céu e inferno", nos é ensinado. Pequenos pensamentos, imagens, desejos materiais, tentam em  vão se formar e permanecer, mas com o tempo, vão sendo vencidos. São os pequenos espasmos humanos que ainda restam e que ainda nos ligam ao mundo material.
Vagarosamente, nesse novo estado de ser, a força do espírito domina a mente. E em determinado tempo, tempo que não é o nosso, só resta um último desejo, que é permanecer abraçado ao próprio corpo, como símbolo da expressão de amor e de gratidão. Embora possa parecer um ato narciso, é ato de entrega e aceitação, pois se sente que lá dentro, no fundo, no interno do nosso ser, está a fonte de tudo.
Desaparecem o medo e a negação. Se experimenta o êxtase do puro e verdadeiro amor e se depara com o "céu" imaterial, que não pode ser visto, descrito, nem comparado com nada que seja humano.
Para entrar no reino de Deus, é preciso "nascer de novo". Quando morre o ego, nasce um novo ser, liberto  de tudo que a mente humana, emocional e racional acredita ser necessário e essencial. É como ser "levado por uma nuvem".
Então, nada mais interessa, nada mais importa, nada mais é importante. Nada mais faz sentido, pois "não se é" mais deste mundo. Mas como, e, se ainda estamos neste mundo, a mesma força que nos levou "para cima", nos puxa de volta para baixo. Nos faz despertar para a real-idade das trevas, da escuridão, em que nos encontrávamos. É o término da viagem com o Capitão Nemo.
É preciso aprender tudo de novo. É preciso voltar a ser, não sendo. É preciso voltar a ter, não tendo. É preciso voltar a viver, não vivendo. É como se fosse o último karma a ser pago, resultado de tantos desejos e ambições humanas.
No reino de Deus, o passado é fragmentado. O futuro não existe. Vive-se o presente, a espera de um novo sentido para a vida e a espera das "demais coisas" que nos foram prometidas.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

...E SE TEU DEUS NÃO EXISTESSE?

À medida que vamos evoluindo, ampliando nossa capacidade mental, nos inteiramos da complexidade da vida e da vida em sociedade. Deixamos de ser meros espectadores, figurantes, peças de um jogo social, para sermos coadjuvantes, atores e elementos fundamentais na sociedade humana.
Para deixarmos de ser capachos, vítimas e bonecos de ventríloquo, é preciso estudar. Precisamos nos esforçar, para nos inteirarmos do funcionamento e até nos inserir na camada da sociedade pensante, de comando, da qual vem as regras, as normas e as leis. A partir do momento que nos inteiramos do " funcionamento" da sociedade em si, conhecemos também suas regras e normas. Mas também conhecemos as manobras, os jeitinhos, os meios usados para burlarmos estas mesmas regras, normas e leis, em benefício próprio ou de terceiros. Geralmente este conhecimento, poder, ou simples ascensão social, é visto como recompensa, fruto de esforço humano ou profissional. Serve também para nos distinguir de outras camadas sociais, além de enaltecer nosso ego. Abraham Lincoln, disse uma vez: "Se você quiser conhecer uma pessoa, dê-lhe poder ou dinheiro". Quanto mais sabemos, quanto maior o nosso "poder social", maior também nossa responsabilidade.
Se olharmos tudo isto com uma visão holística, se anularmos o Homem, a humanidade, como sendo parte de algo maior, ou a uma etapa da jornada cósmica, podemos perceber que tudo faz parte de um processo espiritual. Este "poder" ilusório nada mais é que uma prova, uma chance, que nos é dada, para mostrarmos nossa firmeza de caráter, nossa grandeza espiritual. Se formos pequenos espiritualmente, seremos grandes em mediocridade e usaremos este poder em benefício próprio, ou com interesses escusos.
Em todo planeta, não há quem não creia em um Deus, ou algo maior, que reja sua vida, o meio em que vive e até o espaço cósmico. Cada um forma para si uma imagem deste Deus e também sua forma de agir, seu modo de proteção. O "poder" deste Deus individual e a sua amplitude são limitados pela abertura espiritual de cada um.
Assim como na sociedade, quanto mais conhecemos, quanto mais nos esforçamos em seguir os propósitos divinos, mais nos é permitido penetrar nos mistérios superiores e mais nos é permitido conhecer a verdade. Junto com as verdades vem a liberdade e também o poder. Enquanto estamos ligados às coisas materiais e centrados no ego, aspiramos por esta liberdade e por este poder, imaginando poder usá-los na nossa vida material. Mas ao contrários da normas e regras sociais, as leis superiores são incorruptíveis, imburláveis e à prova de "jeitinhos". Não nos é dado o direito de conhecer, de compreender, de aceitar, de manipular, sem estarmos preparados para agir conforme.
Ao conhecermos e aceitarmos os "mistérios" e segredos  superiores, a crença de sermos únicos e a imagem de um Deus rígido, controlador, vai dando lugar a novas imagens, novas concepções, outras compreensões. Quanto mais adentramos na fronteira do desconhecido, mais liberdade e mais poder nos é dado, mas menos se tem vontade e o direito de exercê-los. Nos libertamos das amarras, da prisão da ignorância, mas ficamos presos à responsabilidade do mais correto, do ético e do bom senso.
A realidade é simples e assustadora. O bem e o mal, são formas de interpretação e somos nós que os creamos. Os limites e a liberdade, somos nós que nos impomos. As graças e as desgraças, somos nós que causamos. Tudo é creado por nós, com nossas crenças, nossos medos, nossos limites, nossas vontades. Somos o reflexo, somos o resultado da nossa mente. Não há ação, nem reação Divina. A única coisa que Deus nos disponibiliza e da qual usufruímos, é sua energia, que pode ser usada tanto para o bem, como para o mal. O uso desta energia, neste planeta, é regulada pela lei do carma.
Como humanos, temos a ilusão de sermos senhores do nosso destino, vírgula, dentro de um espaço limitado da nossa eternidade cósmica. O Deus por nós imaginado não existe e o Deus real está a uma distância racionalmente inconcebível. Mas como nós somos parte d'Ele e Ele está dentro de nós, nós e nossos atos, refletimos proporcionalmente a parcela Divina por nós aceita e incorporada. Esta dualidade é difícil de compreender e de aceitar, tudo isto fica além do racional.
Estas verdades não podem ser impostas, somente expostas, como sementes, como pontos de luz. Até porque, quando o silêncio toma conta da nossa mente, ele também se reflete na nossa expressão, nas  nossas atitudes. De um lado, contemplativos, diante da grandeza Divina e por outro, abismados, com a pequenez humana.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A ESCOLHA POR AMOR.

No nosso período de vida como humanos, diariamente estamos de frente com escolhas. Desde uma simples escolha de vestuário, de um calçado, a coisas mais importantes, das quais dependem nossa vida, nosso futuro, com todas as suas consequências. Destas escolhas também depende a nossa vida cósmica. À medida que vamos evoluindo, ampliando nossa consciência, mais se amplia nosso leque de opções e mais se torna difícil a certeza do caminho, da opção escolhida.
No início, o Homem se guiava pelo instinto, não havia a emoção, nem a razão, para interferir, para dificultar suas escolhas. Hoje, a maioria das decisões são tomadas na base da razão, da lógica. Houve uma época em que ainda não havia a parte mental no Homem e um mundo se criou, se "viveu" e se exterminou, tendo como força propulsora e creadora, a energia da emoção. Com a energia astral, formas foram creadas e também exterminadas. O mundo de Atlântida é seu principal exemplo.
Muitas pessoas ainda hoje são mais emotivas do que racionais e tomam suas decisões, ancoradas nesta energia, que é muito facilmente confundida com o amor. A emoção dificulta o discernimento entre o certo e o errado, ou melhor, do mais correto e do menos correto.
Estamos vivendo hoje o ápice do mundo mental concreto, racional, mas dentro de cada um de nós, ainda há resquícios instintivos e emocionais, em maior ou menor grau, variando de pessoa para pessoa. Futuramente o campo astral e mental irão se fundir num só.
Com esta mistura de energias dentro de nós, impulsionando nossa vontade, nosso querer, temos a frente um caminho a escolher. Um caminho que será sempre ascendente, evolutivo, rumo à eternidade, à vida cósmica, ou então, que nos levará a uma roda de encarnações e reencarnações, num círculo vicioso. Círculo este, que num tempo qualquer, num mundo qualquer, quando conseguirmos nos livrar das amarras, dos hábitos e crenças cristalizadas, será rompido e seguiremos então nossa jornada rumo às estrelas.
No mundo instintivo, havia somente uma opção de escolha, a escolha pela sobrevivência. No mundo astral a opção já era dupla. Embora muitas vezes a emoção seja subjetiva, pode-se experimentar este tipo de "sentimento" de modo objetivo, como sendo uma experiência. O mundo mental, de uma certa forma, é muito mais volúvel e muito mais perigoso que mundo astral. Ele nos dá mais opções de escolhas. Há muitas variáveis contidas numa sequência de lógica. Incluindo algumas variáveis, podemos fazer com que uma decisão que parecia errada, não tão correta, tão ética, se pareça com uma decisão coerente. Os ladrões, os bandidos, os assassinos, os corruptos e até os hipócritas, se utilizam destas variáveis, dando coerências a seus atos involutivos.
Muito se fala, muito se julga, muito se critica nestes mundos de aprendizado. Enquanto estamos imersos nestes mundos que parecem reais, não nos damos conta que tudo não passa de mundos ilusórios, de realidades ilusórias. E as verdades, das quais nos sentimos donos, com as quais nos sentimos no direto de falar, de criticar e de julgar, nada mais são que pontos, estágios de um aprendizado eterno.
Acima do mental há um outro tipo de experiência, um novo aprendizado. Livre do ego, da emoção, da lógica, do raciocínio, aos poucos toma-se conhecimento de uma nova realidade. René Descartes desconhecia esta realidade. Neste mundo novo, pensar não é prova de existir. Se assim fosse, Deus não existiria. Neste mundo novo, resta apenas a vontade, e o poder, que aos poucos vai se revelando. Livre de tudo que prende, livre das opções do livre-arbítrio, a nova realidade se resume ao eterno presente. Sem ontem, nem amanhã, o futuro é o instante seguinte, que também é desconhecido.
Como seguir, como se orientar, nesta nova realidade, onde o instinto, a emoção e a razão deixaram de existir e não os temos mais como auxílio na escolha? Como tudo neste universo cósmico é perfeito, junto com a vontade, surge mais forte, a única energia que sempre deveria ser a norteadora das nossas escolhas: a energia do Amor.
Esta energia, hoje também é conhecida e está disponível, mas pouco é lembrada, pouco é usada por nós. Nós que pensamos ser tudo, mas na verdade não somos nada. Somos somente pó cósmico aglutinado. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CRESCER, PRATICANDO HUMILDADE.

Salvo alguns espíritos empreendedores, a maioria de nós vive a procura da paz, da harmonia, do sossego, de uma vida sem surpresas. Tentamos organizar nossas vidas numa rotina previsível, onde problemas de qualquer ordem nunca são imaginados, nem pretendidos.
Como proceder, como agir diante de um fato novo, que altera nossa rotina, às vezes trazendo dor e sofrimento?
Há os que reagem por instinto, outros com emoção, outros com a razão, outros que simplesmente não reagem, ficando apáticos, impassíveis, diante de qualquer situação.
Todos os tipos de reações, indicam estados de consciência, estágios evolutivos de um ser, de uma pessoa. Sem a pretensão de rotular, melhor ou pior, evoluído ou primitivo, estes estágios são inerentes a nossa condição humana, fazem parte da nossa evolução. Se alguém ainda reage instintivamente, um dia passará para outro estágio. Já quem é mais racional, ou apático, um dia já foi instintivo, não necessariamente nesta vida.  Não podemos julgar, ou apontar o dedo, devemos sim tentar compreender. Socialmente, a apatia, assim como o autismo, é considerada uma doença, um "deslocamento" social, mas considero ser um estado de espírito, um nível consciencial, ao qual a humanidade um dia deve chegar ou passar. Os especialistas humanos, com nível de compreensão limitado, digamos, à orbe terrestre, costumam classificar, marginalizar, qualquer comportamento humano que seja superior ou diferente ao nível por eles alcançado. São os especialistas baseados nos livros, na ciência humana limitada, sem comparação, sem visão cósmica ou holística. Geralmente, estas diferentes reações, estes diferentes estados, são vistos como estados psicológicos individuais, diríamos "sine qua non" à condição humana, pois analisam a humanidade terrestre como sendo única. Sendo que o correto, seria vermos nossa humanidade, como sendo uma entre as demais.
Em qualquer estágio, ou nível evolutivo que nos encontramos é preciso saber que, estando nós encarnados, vivendo nossa vida física neste planeta, estamos sujeitos às leis que dele fazem parte. Sejam leis superiores, espirituais ou simplesmente leis físicas, leis de sobrevivência.
Nada é por acaso, se passamos por determinadas situações, sejam individuais ou coletivas, é porque são necessárias ao nosso crescimento, seja humano ou espiritual. Às vezes estas situações parecem intermináveis, ou passamos a vida inteira nos sentido sozinhos, diferentes, sofredores, incompreendidos. Em alguns casos, por nos sentirmos diferentes, somos inflados por nosso ego, fazendo nos julgar superiores, que é justamento o contrário do que deveríamos sentir ou ser. A humildade, a aceitação, junto com a abstenção do livre arbítrio, são as condições principais para sairmos, superarmos determinadas situações, sejam indesejáveis ou simplesmente desrotineiras. Podemos até ser superiores em algum aspecto, mas neste momento, neste estágio, a prática da humildade e a aceitação dos fatos, é o conhecimento, o aprendizado, que se faz necessário para nosso desenvolvimento. É a alma fazendo um chamado, se aceitarmos crescemos, se reagirmos, postergamos o crescimento.
Por mais superiores que formos, ou pensamos ser, toda situação indesejada não é por nós compreendida no momento. Se realmente desejarmos compreender, precisamos questionar no silêncio e somente com o passar do tempo, somente quando conseguirmos olhar a situação de maneira retrospectiva é que compreenderemos o motivo, a causa, o aprendizado. Não podemos esquecer que, seja qual for nosso nosso estágio evolutivo, sejamos seres da quarta ou quinta dimensão, sempre seremos inferiores à fonte, ao nosso Deus. Até chegarmos ao ponto de sermos dignos de compartilhar do seu reino, a prática da humildade e da aceitação se faz necessária. Após isto, seremos humildes por natureza e não precisaremos mais aceitar os fatos, nós é que seremos seus desencadeadores.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O HÁBITO DE CRER.

Tudo o que fazemos no nosso dia a dia, nada mais são que hábitos. Movimentos, ações, falas, costumes, crenças, repetidos tantas vezes, até se fixarem na nossa mente, fazendo com que sejam  executados inconscientemente. Acreditar, ter fé, também é um hábito. A partir do momento que um hábito é fixado no inconsciente, qualquer coisa que seja contraditória, diferente em algum aspecto, é rejeitado por nós. Este hábito, seja vício ou virtude só será mudado, se tomarmos consciência disto e então fazermos um trabalho de readaptação, substituindo-o por outro diferente. É um trabalho longo e árduo. 
Podemos acreditar em qualquer coisa, somos moldáveis, assim como se molda uma argila. Desde a creação do Homem, da raça, do reino humano isto é assim. O episódio de Adão e Eva com a maçã, pode ser entendida como uma mudança de hábito, um mudança de crença. As coisas eram de certa maneira e a partir de um certo momento o Homem passou a agir, acreditar que poderia ser diferente.
Podemos imaginar como eram os hábitos, as crenças no início da raça humana. Pequenas coisas, objetos, "endeusados", tipo o fogo, a roda. A história recente nos conta sobre crenças e costumes de povos antigos e seus vários deuses. Estes deuses provavelmente também faziam seus "milagres", provocavam mudanças. Mudam os personagens mas a história se repete, não somos mais rústicos, mas uma boa parte da população continua a idolatrar alguns deuses, como a TV por exemplo. O que faz as coisas acontecerem não é a existência de um Deus e sim a crença, o pensamento, a atitude, o ato de crer. Deus é um nome dado a uma energia que paira no "ar".
Hoje, a crença da existência de um Deus único, está praticamente disseminada pelo planeta, salvo alguns rincões ainda isolados. Mas sabemos que não era assim, o Deus único ganhou força com o cristianismo. Mesmo com a crença de um Deus único, a própria filosofia religiosa usa vários instrumentos para fortalecer esta crença. A cruz, a bíblia, os santos, peças sacras, ritos, nada mais são que crenças paralelas, instrumentos endeusados, de certa maneira falsos, mas que são úteis para fortalecer a crença em um Deus. A existência ou não destes instrumentos, não muda a forma, não resulta numa força maior, eles só ancoram, servem de apoio.
E se esse Deus que nós cremos não existisse, o que aconteceria? Não aconteceria nada, as coisa iriam continuar mudando, a evoluir para melhor ou involuir para o caos dependendo do tipo de pensamento emitido por nós humanos, no nosso planeta e por todos os seres, todas as consciência, no caso do universo, do cosmos. Foi o que aconteceu com Atlântida, destruída pela humanidade da época e o que estava acontecendo com a humanidade de agora, antes do ser Jesus. Se não houvesse a intervenção de forças superiores, nosso planeta um dia acabaria implodindo. Uma destruição causada pela força do próprio pensamento humano, que cria formas físicas, materiais, no nosso caso destrutivas.
A ideia de um Deus, baseado no amor ao próximo, onipotente e de certa forma corretivo pra não falar vingativo, com o passar do tempo ganhou presença. Este Deus é comentado, respeitado, temido, vangloriado, de certa forma com hipocrisia, mas ainda não é praticado totalmente. Somente 10% da população, tem o hábito já firmado, de crer, de praticar o sentimento, o pensamento do amor. 
Fixar o ato de crer num Deus único, direciona, objetiva e evita a dispersão da energia. A ideia do bem, do amor, faz conectar com a energia universal, cósmica, que emana do núcleo central e que nós chamamos de Deus. 
Passamos por estágios de fé, de crença, de atitude. Quanto mais se direciona, quanto mais se fixa na direção desta energia única, mais força ela nos proporciona no ato, na intenção, na vontade. Antes de recebermos a doses extras desta força, passamos por processos de purificação, de limpeza, de destruição de formas pensamentos, de hábitos impuros arraigados, cristalizados no nosso subconsciente e até em nossas células. Esta readaptação, esta purificação, é o que causa a dor, o sofrimento.
Fixado o hábito da crença em direção à energia única, depuramos, purificamos o astral, o mental e por último sintonizamos o nosso núcleo físico, nosso coração, nesta energia única. Nosso corpo material é o último estágio a ultrapassar, a ser purificado. É o processo por qual Jesus passou, na sua crucificação. Passado este estágio, somos permeados e passamos a fazer parte integralmente, da energia divina. Então, "Eu e Ele somos um". É a subida ao "céu". Nossos corpos, livres de hábitos, de crenças falsas, de um modo figurativo, passam a "pairar" no ar, totalmente livres e libertos, restando apenas a vontade e o poder. Somos então, energia pura, aquela que chamamos de Deus. Somos então, finalmente deuses.
Esta é a síntese de muitas vidas, mas o que importa isto diante da eternidade?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A VERDADE NO MOMENTO ATUAL.

Hoje, pela primeira vez, alguém pediu minha opinião sobre um assunto espiritual. Esta pessoa sabe que tenho um blog e que escrevo sobre este assunto, mas sei que nunca leu nenhuma postagem minha. Se lesse, sei que no outro dia ela me olharia de outra maneira. Quem lê o que escrevo, não me reconhece na vida real, quem me conhece na vida real, não me reconhece no que escrevo.
Muito religioso que é, sempre na tentativa de seguir a "sagrada escritura", meu inquisidor está preocupado com o procedimento correto, em relação a ter desejos, vontades, pensamento positivo, livre arbítrio e quis saber minha opinião. Já não basta a vida cotidiana ser cheia de dúvidas em relação ao que é certo ou errado, também na Bíblia há certas situações antagônicas, que deixam dúvidas.
Sempre é bom lembrar, que qualquer coisa que é dito ou escrito por alguém, em qualquer situação, reflete o estado de espírito que esta pessoa está, naquele momento. Sempre passamos por altos e baixos, mas também, se estivermos em constante evolução, não há momento igual. Se alguém alegar que nunca mudou de opinião, está mentindo ou  ficou parado no tempo. A nossa verdade, a interpretação que fazemos do mundo em que estamos incluídos, não pode ser fixa, ela muda a todo momento, devido às variáveis que são incluídas com a ampliação da nossa consciência, do nosso conhecimento, com o que aprendemos no nosso dia a dia. Podemos também ter variações de humor, que alteram nosso estado de espírito e influenciam nossa maneira de enxergar o mundo e nossa maneira de nos expressarmos diante de certas situações.
Como achar o ponto de equilíbrio espiritual, como saber o que é correto, como proceder por exemplo, diante de duas afirmações: "Pedi e recebereis!", ou, "Que seja feita tua vontade e não a minha!" Uma fala que podemos ter vontades, desejos, e a outra, que deixemos nossa vida à mercê da vontade de algo ou alguém superior, que acreditamos existir.
Dentre os inúmeros tipos de caráter e personalidades existentes, existe realmente algumas pessoas que se preocupam em agir de modo correto, em fazer as coisas certas. Influenciadas ou não pelo temor, ou simplesmente pela ideia da existência de um Deus, procuram trilhar o caminho do bem. O caminho que nós trilhamos até aqui, foi longo e não se resume apenas a nossa idade cronológica, medida em anos desta vida terrena. Está encrustado em nós, estão cristalizados em forma de hábitos, caráter, personalidade, ego, centenas de vidas terrenas, vidas em outros planetas, outras galáxias e talvez também em outras dimensões. É praticamente impossível nos tornarmos santos ou deuses de uma hora para outra, nesta vida ou numa vida. Embora a situação planetária deste momento seja propícia para um desenvolvimento espiritual mais acelerado, não adianta esperar por milagres. O aprendizado, as experiências por qual passamos, no fundo fazem parte da nossa evolução e são necessárias. Nossa evolução é lenta, principalmente se a medirmos na forma de anos terrestres.
Qualquer comentário, esclarecimento, exposição ao que nós somos na realidade, seja como ser humanos, consciências, ou como qualquer parte individual que faz parte deste universo e do cosmos, é difícil de ser feito de forma compreensível. Não há parâmetros, não há situações análogas, que possam servir de exemplo, de comparação. No meu caso, uso muito expressões e situações bíblicas, a vida do ser chamado de Jesus, para que possa servir de base para compreensão. Fora do cristianismo, há outras linhas de pensamento, religiões, a sabedoria chinesa, a sabedoria indiana, a filosofia, que também têm sua forma de explicar a vida, o mundo, o universo. Mas a vida, o mundo, o universo não se resumem a estes últimos dois, cinco ou dez mil anos. Milhões, bilhões de anos já se passaram, já vivemos. E antes de Jesus, como era? Em outros planetas, outros mundos como é? Como se entende, como se explica a existência do universo, a participação da vida humana na complexidade cósmica em outros mundos, outros planetas? Como eles encaram isto?
Pra nós, no nosso planeta, entendemos, compreendemos a vida como nos foi e é ensinado nas escolas, nos livros. A teoria de evolução, etc, etc, ou então sendo o mundo criado em 7 dias, como nos ensina a bíblia. Não vou nem falar mais sobre isto, estou cansado de bater na mesma tecla. Diante da imensidão deste universo, do espaço cósmico, o que nós sabemos, o que nós entendemos, o que nós conseguimos compreender, ou o que nos é enfiado mente a dentro, fazendo uma analogia, não passa de matéria de jardim de infância, história pra boi dormir.
Não existe uma verdade única. Existem verdades a serem aplicadas, exercidas, em cada fase da nossa evolução. Até a bíblia contém  um exemplo disto. Antes de Jesus, que veio instituir a lei do amor, prevalecia o velho testamento, que era mais no "olho por olho, dente por dente"! A verdade sobre a criação do mundo, da vida, como nós a conhecemos, seja como teoria da evolução ou na forma bíblica, precisa ser superada. Precisamos sair do jardim de infância e passar para a fase seguinte.
Chegará um período da sua vida, da sua eternidade cósmica, em que "conhecerás a verdade e ela vos libertará" de tudo isto a que está preso neste momento. Este mundo de ilusões, estas crenças, estes medos, esta dificuldade de aceitar coisas novas, como estas que estou dizendo agora, serão superadas. A nossa jornada cósmica, é parecida com nossa caminhada nesta vida, numa encarnação humana. As criancices de criança, as loucuras e a intempestividade da adolescência, a sabedoria da velhice, mostram também como é nosso crescimento espiritual cósmico, sempre crescente, sempre evolutivo.
É praticamente impossível viver em sociedade, como a nossa, levando uma vida muito certinha. Geralmente, quando somos assim, somos um pouco excluídos do mundo considerado "normal" e as consequências disto, podem ser piores do que uma vida regrada. O que falar de algumas religiões, que são contra o controle de natalidade, contra o divórcio? Preferem filhos famintos, com problemas psicológicos devido o ambiente familiar desestruturado, baseados numa verdade questionável! Lógico que o ideal deveria ser diferente! Deveria ser tudo certinho, perfeito, mas não é! Os humanos de agora ainda não estão prontos para isto. Estamos atrasados!
As nossas emoções e a nossa razão, foram creadas por uma vontade superior e precisam ser superadas, assimiladas, vividas, experimentadas, sem isto não há evolução. Aqui neste mundo, se sairmos do caminho correto, existe o carma para voltarmos ao equilíbrio. A vida aqui é pra ser vivida de modo pleno, mas lógico, sem exageros. Longe de mim ser um anti-cristo, ou um falso profeta, dizendo que tudo é permitido. O que importa na realidade é nossa essência, o que somos lá no fundo. Alguns pecadinhos não fazem mal a ninguém. Na dúvida, existe sempre um norte a seguir. No nosso estágio evolutivo, nosso norte é o coração.









quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

DEUS ... DE MODO PRÁTICO.

Uma das principais questões da humanidade, seja religiosa, mística, espírita ou profana, é a definição do que é Deus. Afinal, o que ou quem é isto ou este, que ocupa tanto espaço nas nossas vidas? Seja qual for a forma que o imaginamos, a melhor definição, a mais correta, para que se possa defini-lo e compreendê-lo humanamente, é considerá-lo como uma energia.
Deus, uma energia em corrente contínua, que cura, transforma, transmuta e crea.
Corrente contínua, porque é ininterrupta, onipresente. Ela está em todo lugar, em todos os momentos, em tudo que existe, físico ou não. Esta energia simplesmente é, da mesma maneira que dizemos que nós somos algo ou alguma coisa. Como Deus não é alguma coisa ou coisa alguma, Ele é indefinível. Ele é. Somente verbo e ponto final. Você só compreenderá isto, no verdadeiro sentido, quando você for ... um Deus! 
Energia que cura, porque cura espiritualmente, no sentido de melhorar, aprimorar. Mudar do errado para certo, do mal para o bem. Não tem nada a ver com cura de doenças físicas, mentais, emocionais. Estas doenças, diminuem, acabam gradativamente, a partir do momento que vamos nos curando espiritualmente, quando vamos nos tornando mais puros, mais "bonzinhos".
Energia que transforma, porque converte, muda de forma, torna diferente, muda de estado, de aspecto. Qualquer coisa, ou pessoa que se converta, mude de forma, se torne diferente, mude seu estado, seu aspecto, sofre ou sofreu influência da Energia Divina. Pode até ser para o lado negativo. Às vezes é preciso conhecer o lado ruim, o mal, o sofrimento, para haver uma especie de depuração, de purificação.
Energia que transmuta, no sentido de metamorfose, de mutação, de transformação de um elemento químico em outro. A Energia Divina tem este poder. Jesus a usou quando transformou água em vinho.
Energia que crea, porque faz surgir do nada, gera, traz à existência, forma, molda, aglutina elementos.
- Por que então Deus não nos cura, não nos transforma, não nos transmuta, não crea para nós uma vida nova, um mundo novo?
Resposta: - Porque não somos bons condutores desta energia! 
A partir do momento em que a Energia Divina puder passar por nós, sem resistência, tudo pode acontecer. Podemos ser curados, transformados, transmutados e poderemos viver uma vida nova, um mundo novo.
Isto poderia ser matéria de uma aula qualquer, da escola da vida! Uma matéria simples, numa exposição simples, com uma pergunta simples e uma resposta simples. Porque tudo é simples! Porque Deus é simples! Ele não é nada. Ele somente é. 
A única coisa complicada nisto tudo, somos nós, os condutores de energia! Nós é que nos achamos, queremos ser ...algo, queremos ter, queremos aparecer. Duas letras definem a dificuldade, o empecilho para a passagem desta energia por nós: EU, o nosso ego. Nosso ego é como uma ferrugem, uma oxidação que impede a Energia Divina de permear nossos corpos, físicos, emocionais e mentais.
Como a Energia divina está continuamente presente a nossa volta, ela sempre tenta nos curar, nos transformar, nos transmutar, crear algo novo, uma vida nova, um mundo novo para nós. Nosso ego reage, dificulta, impede. Isto cria um estado reativo, uma energia reativa. Quem trabalha com energia, sabe o que é e como se cria uma energia reativa. De uma maneira simplificada, a energia reativa é uma energia que está disponível, mas que não é usada e acaba se perdendo. Uma concessionária de energia mede e cobra esta energia. Nós também somos medidos e pagamos um preço alto por  esta perda, por este mau uso. Pagamos com dor, sofrimento, dificuldades, doenças.
Não é a toa que grandes seres são chamados de iluminados. Eles usam toda a energia que está disponível. Eles deixam a Energia Divina permeá-los e se tornam curadores, transformadores, transmutadores e literalmente creadores. Eles se tornam Deuses! Será que é por isso que a igreja católica usa a imagem dos santos com um halo na cabeça?
Podemos também ser comparados a um transformador de energia. Ao recebermos a Energia Divina em nossos corpos,  transformamos, produzimos outro tipo de energia. Esta energia se diferencia, dependendo do nosso estado evolutivo, nosso nível espiritual. 
Alguns produzem a energia de atrito. É uma energia mais rudimentar. São pessoas que só sabem resolver seus problemas, suas dificuldades, com violência. Às vezes com contatos físicos, brigas discussões, bate bocas.
Outros produzem a energia elétrica. É produzida por pessoas mais civilizadas, que usam e se beneficiam do meio social em que vivem e procuram usar a conversa, o diálogo para resolver suas questões.
Há também a energia cósmica. Produzida por pessoas que encaram seus problemas, suas dificuldades, com naturalidade e em último caso, como inexistentes. Estes já não são afetados por nada deste mundo físico. Não é que os problemas não existam, mas são considerados sem importância, diante da grandeza cósmica que já lhes descortina pela frente. Seus problemas, suas dificuldades, somem da mesma forma que aparecem. A energia que produzem, praticamente se iguala à energia Divina.
Num reino de Deuses, todos os habitantes deste reino são transformadores, condutores de energia cósmica, a Energia Divina. Compreendem então, quanto falta para nós vivermos num reino de Deus?

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

DISPOSTO A CARREGAR CRUZ ALHEIA?

Dando continuidade à interpretação do Livro de Trigueirinho  "O Mistério da Cruz na Atual Transição Planetária", transcrevemos abaixo a terceira etapa do caminho de Jesus. 
Tudo tem seu significado. Num texto com inspiração espiritual, não tem uma letra, vírgula, um ponto, que não tenha seu significado. A essência da Bíblia é espiritual. Atualmente algumas partes são compreendidas de maneira um pouco distorcidas, devido a interpretação ser feita na forma de compreensão humana, por pessoas não verdadeiramente espiritualizadas. 
Perante o sofrimento, a dor, geralmente nos lamentamos, nos sentimos injustiçados. Alguns "entendidos" dizem: "Deus não quer nosso sofrimento". Realmente, Ele não quer, mas também não pode nos livrar daquilo, que nós mesmos criamos, reproduzimos. 
Vivemos num mundo onde tudo é considerado normal. As injustiças, as mesquinharias, o culto ao ego, tudo para nós parece ser parte deste mundo, parece normal, aceitável, mas na realidade não é. Não temos noção do lodo, da sujeira em que nos encontramos por estarmos inseridos nele. Se subirmos num edifício mais alto, temos uma visão mais panorâmica, uma visão do todo. Assim é com uma pessoa mais espiritualizada, mais elevada. A verdade sempre é maior, a cada degrau que subirmos. Se subirmos, veremos a sujeira na qual nos encontrávamos. Veremos o que fazíamos de errado. 
Não há subida sem esforço. Não há elevação sem sofrimento! 

                     A terceira etapa  -  O caminho da cruz, o gradual despertar do ser.

Simão, o Cirineu, leva a cruz de Jesus até o Gólgota.

Com o progressivo agravamento da situação planetária, muitas consciências pertencentes à Irmandade da Luz vieram em auxilio à Terra, da essência dessa Irmandade emana o Amor-Sabedoria, que confere aos que dela são parte a capacidade de irradiar essa energia curadora, onisciente, aos pontos do cosmos onde ela deva chegar. (...)
(...) Sempre que há necessidade, e segundo os desígnios supremos, elevadas consciências filiadas a essa Irmandade são convocadas para operar em diferentes pontos do cosmos. Neste planeta tal colaboração jamais deixou de existir. (...)

Simão foi um estranho, alheio a tudo que estava acontecendo com Jesus, que foi obrigado pelos soldados romanos a carregar a cruz de Jesus até o calvário (Gólgota). Ele, não era romano, não era conhecido. Ele era um estranho, que foi escolhido para aliviar o sofrimento de Jesus. Isto também é simbólico. Conscientemente, como é comum se pensar, poderia ser um estranho e alheio, mas inconscientemente, talvez, sua alma sabia o que estava fazendo. Em vez de estar no lugar errado, na hora errada, ele estava no lugar certo, na hora certa. Quantas pessoas conhecemos, ou ficamos sabendo, que são vítimas de acontecimentos ou passam por situações por qual não esperavam. Pessoas desconhecidas para nós, que assumem para si, inconscientemente,  o peso, o sofrimento, a cruz, que nós geralmente não suportamos ou nos negamos a carregar. Isto não aconteceu somente naquela época. Isto acontece diariamente e não nos damos conta disto. Nesta época de transição planetária, que vai ser de muito sofrimento, há entre nós seres especiais que fazem este papel. Às vezes nós mesmos passamos por situações difíceis, de sofrimento e ficamos nos lamentado. Todo sofrimento, toda dor, toda fase difícil que passamos, é uma cruz que carregamos, para aliviar nossa culpa, ou culpa alheia. Está na hora de parar de lamentar as "injustiças" que nos acontecem e carregar nossa cruz como um sacro-ofício. Nossa alma sabe que está fazendo. Nossa alma é nosso Deus!

No transcurso, Jesus avisa às mulheres que se lamentavam, que não chorassem por ele, mas por elas mesmas e por seus descendentes, “...pois virá o dia em se dirá: - Felizes as estéreis, os ventres que não geraram... Porque, se eles fazem isso ao lenho verde, que acontecerá ao seco?” (Lucas 23,28-31)
(...) Antes que a paz se instale no interior de um ser, ele pouco pode contribuir para a paz no mundo que o cerca. Antes que ele supere o egoísmo, não pode auxiliar na manifestação do amor e da união entre os homens. Antes que possa penetrar os segredos da Criação, o que por ele é criado não reflete fielmente o propósito divino.
A procriação decorrente do prazer ou de uma velada expectativa de auto-realização por meio dos filhos aumenta as dividas cármicas do homem, acrescentando a elas o que vem dos seres que por seu intermédio são trazidos à encarnação.
O vínculo cármico entre pais e filhos refletem-se, pois diretamente no processo evolutivo deles. Uma procriação em condições contrárias às leis espirituais pode, em certos casos, tornar mais lenta a evolução do ser que encarna, e também dos pais, por toda uma encarnação. (...)

Já disse outras vezes, que nossa interpretação sobre qualquer acontecimento, qualquer assunto, depende do nosso estado de consciência, do nosso estágio evolutivo, do nosso nível de discernimento, nosso saber, nossa luz. Está escrito em algum lugar da Bíblia: "Crescei e multiplicai-vos..", o que muitos entendem que é uma mensagem para nos procriamos infinitamente. Devemos sim, crescer, evoluir espiritualmente e nos multiplicarmos, evoluídos, espiritualizados. 
Na verdade, não deveríamos por filhos neste mundo enquanto formos impuros. Uma árvore do mal não pode produzir bons frutos. O bom, gera, dá continuidade ao bem, o mal, dá continuidade ao mal, isto é uma questão de vibração. O ego é o termômetro espiritual. Enquanto formos centrados no ego, na auto realização, não refletimos o amor puro, espiritual. Ter filhos nestas condições, aumenta nosso carma, atrasa nossa evolução e infelizmente reprodizimos isto com nossos filhos. Por mais que  se queira um filho, por mais que os amemos, nosso amor ego-ista, não supera as leis divinas. É comum ouvirmos falar, é um ditado popular: "Por filhos neste mundo só para fazer sofrer!" Agora sabemos porque isto acontece. Eles sofrem, porque nós somos impuros e consequentemente eles também são.
A verdade, às vezes é bem diferente do que pensamos ser. Geralmente fazemos o que as mulheres fizeram enquanto viam o sofrimento de Jesus, nos condoemos com o sofrimento alheio. Na verdade, o que sofre a dor é o ego, nossa parte material, terrena, humana. A alma dessa pessoa que sofre, ao contrário de sofrer, pode estar feliz, em êxtase, por estar aliviando o sofrimento alheio. Isto é digno de um grande ser, de um ser evoluído. Enquanto vivemos aqui, por mais bonzinhos, por  menos egoístas que formos, não nos livramos completamente do ego. Jesus, por já ser puro, por já transparecer o sentimento da alma, já estava ciente do que estava acontecendo. Mesmo assim ele ainda sofria, por não estar totalmente livre do ego. Por isso Ele disse às mulheres para não chorarem por Ele, mas por si mesmas e por seus descendentes. Se o lenho verde, a pessoa pura, já livre da influência do ego sofre, imagine o lenho seco, o egoísta, aquele que não reflete o amor divino, quanto não irá sofrer!
O dia ao qual Jesus se referiu, já está se aproximando, já está acontecendo. Felizes das mulheres estéreis ou daquelas que aceitaram a condição de não poder tê-los, elas não verão o sofrimento dos seus filhos.