NADA É POR ACASO

SE VOCÊ CHEGOU POR ACASO, OBSERVE SEU MUNDO INTERIOR, ELE QUER CONVERSAR COM VOCÊ.

SE CHEGOU POR CURIOSIDADE, VOCÊ NÃO SERÁ MAIS O MESMO.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

ENTÃO É NATAL!

Quem quando criança não esperava com ansiedade a chegada do Natal? Numa infância pobre e humilde, este é o dia marcado para se receber presentes, brinquedos, chocolates, uma roupa nova, um sapato novo. Isso, quando os pais ainda tem condições de fazê-lo. Lembro como esperava por este dia, a hora de procurar pela casa, a caixinha do Papai Noel. Com esta caixinha, um carrinho ou uma bola de plástico... Às vezes, um sapato novo, que usava dias dentro de casa, acostumando o pé pra não fazer bolha na missa de Natal.
O tempo passa, a gente cresce, a inocência de criança se vai, mas a ansiedade do Natal continua. Agora, gente grande, o Natal é outro tipo de ilusão. Agora, é festa, folga, férias, descanso, 13º salário. Motivo pra ir no shopping, gastar dinheiro, comprar presentes. Fazer dívidas! Afinal, é pra isso que serve o Natal, um motivo para se gastar, numa semana, todo dinheiro ganho com o 13º.
Chegado o dia, Feliz Natal prá cá, Feliz Natal prá lá! Todos felizes, comendo e orando, digo comemorando. Todos são amigos, esquecem-se as divergências. No dia seguinte, resta limpar a sujeira, ressaca, dor de cabeça, um pouco de depressão. Hora de ver o extrato bancário, fazer contas pra ver o rombo e a sobra pra festa de final de ano. Isto dá um novo ânimo! Se não há dinheiro, lembramos do cheque especial, cartão de crédito. 
Depois de repetir tudo, não tem mais jeito!  Não dá mais pra fugir, não dá mais pra se iludir. A festa terminou, a vida boa, a magia se foi. O mundo de ilusão ruiu. É hora de recomeçar, a realidade está aí. O espírito de Natal sumiu! Só resta olhar o calendário, programar o próximo Natal e torcer para não cair num final de semana. 
Apesar do Natal ser simbólico e a data fictícia, o espírito de Natal realmente mexe com as pessoas. Ficamos mais bonzinhos, mais filantrópicos, mesmo que seja com um pouco hipocrisia. O que interessa é que funciona! 
Por quê não conseguimos levar adiante, prolongar este período, esta trégua? Durante o ano todo, deixamos aflorar nosso instinto de sobrevivência. Depois, durante um período marcado, deixamos de lado nosso lado animal e nos tornamos mais humanos. O que nos faz tão diferentes? É como se tivéssemos dupla personalidade. O que nós somos afinal, ainda animais, ou quase humanos? É como se baixássemos a guarda. Parece que nestes dias não ficamos na defensiva. Não precisamos nos defender de algo. Relaxamos e deixamos o que vem do nosso íntimo aflorar. O que vem de dentro de nós, é limpo, é puro e esperamos que todos sintam o mesmo. Nossa caminhada ainda é longa! Para agirmos com espírito sempre, falta muito. Pensemos nisto neste Natal!
Para não parecer demagogo, aos meus seguidores e eventuais leitores, um breve Feliz Natal! E um próspero Ano Novo! Vem aí um 2012 que promete! Uma nova era nos espera!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

OS MANDAMENTOS SÃO PARA INOCENTES!

O que faz que sejamos tão errados, tão malvados, tão ruins assim? Por quê este mundo vai acabar e somente 10 porcento da população, das almas que vivem neste planeta, tem condições de viver no novo mundo que está por vir? Poderiam ser enumeradas, dezenas, centenas de maus exemplos, de maus procedimentos, poderíamos falar dos 10 mandamentos ... mas vamos falar de coisas mais importantes.
Gosto de dar exemplos, fazer analogias, para que o raciocínio possa ser acompanhado. Posso me tornar repetitivo, mas até isto tem uma razão. É pela repetição que conseguimos gravar as coisas, lembrem do número 7. Setenta vezes sete, se for preciso.
Nós repetimos aqui, no mundo físico, a organização da Hierarquia Divina. Assim como é em cima é embaixo. Quando trabalhamos numa empresa organizada, geralmente passamos por avaliações. Quando isto acontece, o superior que nos avalia leva em conta aspectos gerais de conduta, de perspectivas, de procedimentos. Ninguém chega até nos com um caderninho na mão, enumerando os dias, os momentos, os fatos que foram levados em consideração. Pode-se dizer que somente a essência é considerada. Assim é no nível espiritual.
Nada em nossas vidas passa despercebido. Não há folha que caia, sem que a fonte tome conhecimento. Mas como estamos sob a lei do carma, esta lei por si só se encarrega de criar situações, condições de equilibrarmos nossa conduta. São os pequenos desprazeres diários que acontecem e nos acompanham nas nossas vidas. Além do mais, posso dizer com toda certeza, para aliviar consciências pesadas, que é praticamente impossível, viver neste planeta denso, sem cometer certos deslizes, sem cometer alguns "pecadinhos". Garanto que até o ser Jesus teve seus momentos. É para isto que serve a compaixão Divina, sempre pronta a nos dar outras oportunidades. Precisamos ter em mente também, que tudo são experiências. Não há como saber o que é certo, sem termos noção do errado. O que não podemos, é repetir, permanecer no erro, após termos consciência do que é errado. Até o momento da ciência, da consciência, somos considerados inocentes. A lei Divina tem amor, compaixão, mas não é complacente, ela não compartilha os nossos erros para nos agradar. Quando fazemos errado, precisamos equilibrar e isto toma tempo. Quanto mais erramos, mais demoramos para nos encontrar com nossa essência, nossa parte Divina.
Um fator muito importante a ser considerado no nosso atraso espiritual, é o desconhecimento, a ignorância, a falta de esclarecimento, de lucidez. O que nos falta é a tal luz que tanto pedimos em nossas orações. Luz em relação ao que somos na verdade. De nada adianta pedir, se não nos mostramos receptivos a isso. Assim como numa empresa, se não conhecermos, se não nos aprofundarmos, se não houver esforço para nos inteirar da empresa da qual participamos, não há promoção, não há retorno, não há recompensa. Geralmente nos preocupamos com um plano de cargos e salários. Espiritualmente também precisamos saber o que somos, onde estamos e para onde vamos.
A vida é feita de mundos, níveis de consciências, nos quais cada um de nós esta inserido. Por mais esclarecidos que formos, ou acharmos que somos, sempre há outros mundos, outros níveis de consciência para alcançarmos. O mundo, a mente, o conhecimento, o nível de consciência do líder no trabalho, é maior que o mundo, o nível de consciência, de um colaborador, consequentemente, suas responsabilidades serão maiores, mas também sua recompensa é maior.
Nos estamos vivendo num mundo material, físico e tudo que fazemos, pensamos, esperamos, é levando em conta este mundo material. Se esperamos uma recompensa, uma graça, pensamos sempre materialmente, pensamos no retorno financeiro, ou na cura de uma doença física. No mundo espiritual, o maior retorno não é físico, não é material, porque nossa verdadeira vida não é essa. A vida em abundância prometida por Jesus, não é abundância material . Por vivermos neste mundo material e por ser necessário sobreviver nele, obtemos pequenas graças, recompensas materiais, emocionais, que nos dão o incentivo, a energia para continuarmos crescendo.
O mundo físico é limitado, nosso desafio é transcender, ultrapassar a compreensão deste mundo físico. Um grande passo que pode ser dado é tentar ver além deste mundo, ver além desta bola, além do planeta. Ver que fazemos parte de algo maior. Que fazemos parte de um sistema solar. Este, faz parte de uma galáxia, que é uma entre milhares. Diante da imensidão deste universo, será que não daria pra aceitar a possibilidade de vida, ou outras formas de vida? E se lhes dissesse que são 12 os universos, assim como eram 12 os apóstolos, são 12 os raios, os tipos de energia que nos influenciam, foram 12 os trabalhos mitológicos de Hércules... Assim como o número 7, o número 12 também é simbólico.
Nas nossas vidas, estamos inseridos em mundos de relacionamentos, como família, amigos, colegas de serviço. Se não nos abrirmos para outras possibilidades de relacionamentos, podemos ficar presos a estes mundos por tempo ilimitado. Podemos ver por exemplo, a dificuldade com que nos adaptamos com a cultura, o modo de vida de outro país, a um novo emprego, ou quando uma pessoa mais humilde se depara com alguma pessoa que considera mais importante. As dificuldades iniciais vão sendo superadas com o tempo. Tudo não passa de uma forma de compreensão, que temos das coisas, da vida. Assim também devemos agir em relação à forma que encaramos este mundo. Precisamos ficar receptivos, com a mente aberta para aceitar outras formas de ver a vida, outros mundos, outros universos. Aos poucos perceberemos que a forma antiga, era somente mais um, dos modos de ver, de entender a vida e de nos relacionarmos com ela. Nós temos dificuldades para aceitar o novo. Por não aceitarmos o novo, ficamos repetindo por séculos os mesmos erros. A partir do momento que abrimos nossa mente para a possibilidade nova, ela começa a fazer parte da nossa vida. Aos poucos iremos então perceber, que os 10 mandamentos eram para iniciantes. São como uma instrução, que o pai dá para um filho inocente .
Há muitas perguntas a serem feitas, ou esperando por respostas. Se ficarmos olhando, vendo, vivendo nosso mundo de maneira limitada, se ficarmos vendo o mundo como uma bola, ou, se ao olharmos para o céu só enxergarmos estrelas, ficaremos limitados consciencialmente e espiritualmente. Nós não somos só isto. É preciso ver nosso planeta como parte integrante  de um todo, como parte de um universo. Há certas verdades de hoje, que já são insustentáveis. Se não quisermos acreditar em discos voadores, em extra-terrestres, em outras formas de vida, vejamos de outro modo, vejamos como irmãos cósmicos. 
Não enxergar  além do céu, é um grande entrave para nosso desenvolvimento espiritual. Como encontrar o "reino de Deus" se nos recusamos a aceitar coisas novas, diferentes? Já ficamos por mais de dois mil anos tentando do jeito atual, procurando aqui na terra e não achamos nada!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

BARRABÁS, O ESCOLHIDO!

Dando continuidade à transcrição do livro de Trigueirinho, O mistério da Cruz na atual transição planetária, hoje transcrevo a segunda etapa, que fala da escolha que foi feita pelos Homens no tempo de Jesus e como esta escolha ainda persiste, na atualidade.
Sempre em qualquer momento das nossas vidas temos a possibilidade de escolher entre o certo e o errado, entre o justo e o injusto. Esta escolha pende sempre para o lado negativo, devido a atuação das forças contrárias, que atuam nos níveis da nossa personalidade, não nos deixando sentir, perceber a nossa essência Divina.
O texto abaixo é meio difícil de entender, mas isto é mais um exemplo, que dependendo do conhecimento, da visão que se tem de um fato, de uma história, podemos deparar com uma interpretação muito diferente do que estamos acostumados. Mas a essência, o principal, é que temos que ter em mente aquilo que venho tentando mostrar nos meus textos. Se quisermos, nos elevar espiritualmente, precisamos sair do marasmo, da mesmice. Um texto, uma mensagem com inspiração espiritual elevada tem um sentido totalmente diferente do que a nossa mente racional, concreta pode interpretar. Fazendo uma analogia, é igual  um pai ou uma mãe tentando explicar algo para uma criança, é preciso achar palavras certas para se fazer entender. Se Jesus fosse viver entre nós hoje, ele continuaria falando por parábolas. Já se passaram dois mil anos e continuamos analfabetos espiritualmente. Nossa consciência espiritual é como a consciência de uma criança, continua imatura. Não conseguimos entender o real significado das nossas vidas.
Se olharmos por exemplo, a opçã entre soltar Jesus ou Barrabás, ficamos admirados pela escolha feita pelo povo na época. Se olharmos pela ótica do que cada um representava, hoje continuamos a optar por Barrabás. Continuamos a escolher o errado.
Já disse uma vez, que não é preciso virar santo. Mesmo querendo, nós não conseguiremos mudar da noite para o dia. Isto é um serviço incansável, persistente. Mesmo falhando, precisamos tentar acertar na próxima. De tanto tentar, uma hora nós acertaremos. Assim é em tudo. Espiritualmente não é diferente!

O julgamento: a escolha dos homens.

Jesus é conduzido ao tribunal, e colocado diante de Pilatos e dos sacerdotes judeus. É acusado injustamente; porém nada responde.

Por incontáveis períodos o Logos da Terra vem concedendo aos seres as condições propícias possíveis ao seu desenvolvimento. Ofertou-lhes as reservas do planeta, abriu-lhes suas vertentes, dando-lhes tudo o que necessitavam; porém, como resposta a tantas dádivas, a humanidade enveredou-se pelo caminho da espoliação e do usufruto, e entregou-o às forças que tentam destruí-lo. Mesmo assim, a vida planetária prossegue em continua doação.
O Logos da Terra guarda uma intima relação com a energia crística; assim, aquilo que ocorre no corpo planetário é, num sentido oculto, impresso no veio crístico que rege a existência da Terra e do sistema solar. Como disse Cristo: “Eu sou a Luz do Mundo”. 
- Sempre tivemos entre nós, seres evoluídos, que vieram aqui para nos ensinar, se doar. No caso de Jesus, mesmo acusado injustamente, Ele se calou. Continuou se oferecendo em sacro-ofício, para nosso bem, para nos servir de exemplo de conduta. Ele poderia ter se rebelado mas não o fez. Ele no caso, por ser representante Divino, representava no momento a contínua e incansável vontade de Hierarquia Divina, que sempre nos oferece meios, condições para crescermos, evoluirmos. Hoje a situação continua a mesma. Continuamos não entendendo o verdadeiro significado desta nossa vida material. Usamos e exploramos com fins escusos e negativos os recursos materiais que nos são disponibilizados. Agindo desta maneira, energizamos, vitalizamos, reforçamos as forças negativas com as coisas Divinas. A vida planetária, tudo que existe neste planeta, representa a fonte e continua em plena doação assim como Jesus se doou, pois Deus é tudo, está em tudo. A vida planetária não se rebela, mesmo sendo explorada para fins negativos. Ela sempre está esperando ser compreendida como sendo doação Divina, como parte da Luz e não das trevas.

Por três vezes Pedro, discípulo de Jesus, nega conhecê-lo.

(...) O intenso grau de ilusão e envolvimento com as forças involutivas, forças ainda presentes nos três níveis de consciência materiais, impede aquele cujo conhecimento se restringe à vida expressa nesses níveis de contatar sua origem interna. Leva-o a recusar a possibilidade de ser por ela tocado, e a abjurar sua própria filiação divina.
Mesmo os que puderam reconhecer em seu interior a imanência da energia crística, que se privaram da sua presença, estão sujeito a negar, nos três níveis da personalidade, os princípios mais internos da sua própria consciência. Nesses tempos de transição, em que as forças dissuasivas acossam intensamente os seres resgatáveis, há de se estar vigilante e caminhar fielmente em direção à Luz.
- Pedro negou Jesus três vezes. Podia ser uma, duas, mas foi três. As três vezes simbolizam os três níveis da personalidade, o ego, o mental e o astral(emocional). É nestes níveis que as forças negativas atuam em nós e não nos deixam contactar a nossa essência, nossa origem Divina. Pedro negou e nós continuamos a negar. Negamos sendo mesquinhos, egoístas, acumulando bens sem fins sociais. Mesmo os que podem estar no caminho certo ainda não estão livres das forças involutivas. É preciso estar atento sempre. É preciso "vigiar" sempre.

Á turba é perguntado se queria a libertação de Jesus ou de Barrabás, um afamado malfeitor; a turba opta por Barrabás.

Continuamente a humanidade esteve diante da opção de se integrar à Luz e à Verdade. Insistentemente foi chamada a unir-se Àquele que lhe concede a existência; porém, envolvida com rumores de vozes que lhe prometem prazeres e deleites, não escutou o Chamado.
Principalmente nesta época de transição, a grande maioria deixa-se seduzir pelo já corrompido mundo material e obstinadamente resiste à penetração da energia do Espírito, cada vez mais abrindo campo para o domínio das trevas.
-A multidão escolheu Barrabás e não Jesus. Tiveram a opção, assim como nós temos hoje, de escolher entre a luz, o certo e a escuridão, o errado. Não escutamos o chamado insistente de Deus para nos unirmos a Ele. Nos deixamos envolver pelos prazeres da vida material. Continuamos a preferir, a escolher aquilo que representa o errado, a escuridão, a ignorância.

Pilatos “lava as mãos”.

(...) Principalmente neste século, a Hierarquia planetária procurou aproximar-se dos principais governantes das nações do mundo, enviando-lhes mensageiros. Além disso, no período em que ainda havia possibilidade de esta civilização retroceder no seu acelerado processo de degradação, a Hierarquia também procurou, sempre que as condições cármicas permitiam, impulsionar alguns indivíduos a ela coligados a assumirem posições chaves nas estruturas governamentais da superfície do planeta. Contudo, mesmo com todos esses esforços, as garras da vaidade e da ambição, o mau uso do poder e a ilusão dos bens materiais haviam se impregnado muito fortemente no coração dos homens, e os governos das nações, que deveriam espelhar a Regência interna do planeta, cederam à pressão das forças do caos.
- Os governantes de hoje, assim como Pilatos, simplesmente lavam as mãos. Deixam acontecer, deixam passar, é o simbolo do capitalismo. Deixar as forças do mercado livres para atuarem, sem intervenção do Estado, que deveria manter o equilíbrio e a paz social. Os governantes deveriam ser a extensão da hierarquia Divina e deveriam saber intervir, impor o correto, mas não o fazem. Deveriam ser responsáveis por manter equilibrado o uso dos recursos disponíveis. A ambição e o mau uso do poder reforçam a situação atual, onde poucos tem muito e muitos tem pouco ou quase nada. Quando algum governante se dispões a usar algumas políticas mais sociais, acaba sendo criticado. Se Jesus estivesse hoje entre nós, querendo implantar sua filosofia de vida, como será que os governantes reagiriam? Será que nós deixaríamos? Vejam alguns países da Africa, onde a fome é crônica. Será que mudaria alguma coisa? Não precisamos ir tão longe assim, temos exemplos à nossa porta.
Os soldados arrancam as vestes de Jesus e cobrem-no com um manto vermelho, armam uma coroa de espinhos e colocam-na sobre sua cabeça; zombam dele, cospem-lhe no rosto e batem-lhe com varas.
(...) Á medida que a vida externa foi ingressando em uma fase de maior densidade, e que os homens foram cedendo ao assedio das forças involutivas, a possibilidade de relacionamento da humanidade com a Hierarquia foi sendo restringida. Com o descompasso entre as metas dos governantes dos povos de superfície e o propósito da Regência interna do planeta, muitos seres humanos tornaram-se dóceis instrumentos das forças do mal.
A destruição traçada por essas forças involutivas ganhou espaço no viver dos homens. O fogo dos incêndios criminosos enrubesceu o céu do planeta, a extração sem critérios dos recursos naturais feriu suas camadas externas, o contínuo despejo de resíduos e dejetos no solo e nas águas contaminou seus mananciais, as guerras e as experiências com armamentos destruíram tanto a vida material quanto a sutil de muitos setores do planeta.
- A terra, o planeta, com todos seus recursos naturais, pode representar para nós o que Jesus representava na época. Jesus era o símbolo, a extensão da fonte, da verdade, do correto, a face física de Deus. Nós hoje, praticamente zombamos do poder, da representatividade Divina aqui na terra, assim como os soldados fizeram despindo Jesus. Não estou falando de hierarquias ou representantes das religiões. Estou falando da pureza, do amor, de tudo que é correto. Tirando as vestes de Jesus, tiraram aquilo que ele representava como símbolo da Fonte, do correto, símbolo Divino. Nós hoje usufruímos das coisas Divinas, dos recursos naturais, sem nos importar com aquilo que elas representam para nós de verdade. Temos relações sociais que representam hiprocrisia pura. O manto vermelho pode significar a destruição do nosso planeta, dos recursos naturais que nos são ofertados. Pode representar também, nossas relações sociais. Cobrir Jesus com o manto vermelho pode ser o mesmo que cobrimos o planeta com o vermelho da destruição, ou o próprio sangue da humanidade que é derramado todos os dias. A coroa de espinhos pode simbolizar a coroação das forças negativas. Invertemos os valores. O que era para nos servir para o bem, hoje é usado para servir o mal. Coroamos o mal, damos poder ao mal.
A intenção das forças negativas é implantar o caos, a desordem, a má utilização das coisas Divinas ou o que elas representam, a destruição do próprio Homem em sí. É isto que acontece hoje, a má utilização e distribuição dos recursos que nos são oferecidos, doados. Jesus não foi compreendido pelo que na verdade Ele representava. Nós não compreendemos a vida e tudo que nos é oferecido pelo que na verdade ela representa.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PRECISAMOS CARREGAR A CRUZ!

Toda vez que acontece um fato, sejamos simples espectadores ou personagens, podemos encará-lo como mais um acontecimento, mais uma história a ser contada. Mas também podemos ir além, podemos tentar entender o motivo deste acontecimento e o significado que ele tem. Aliás, é isto que deveria ser feito, com cada ponto, cada vírgula que acontece conosco, ou ao mundo a que pertencemos, seja na vida particular, familiar, na sociedade, no planeta. Nada é por acaso!
A história da humanidade, a criação deste mundo, a vida de Jesus, fatos narrados na Bíblia, assim como fatos que acontecem diariamente na nossa vida, na vida em sociedade, acontecem e não podem ser negados. O que é preciso saber e é muito importante que tenhamos isto sempre em conta, é que uma história pode ser presenciada, analisada, contada de diversas maneiras. Isto depende do "ponto de vista" de cada pessoa envolvida, depende dos pormenores, dos detalhes do fato que são conhecidos e principalmente, do estado de consciência, da visão holística que temos, de tudo que está envolvido neste fato. Quantas vezes já não aconteceu de sermos mal interpretados, mal compreendidos ao expressarmos nossa opinião sobre um assunto qualquer. Isto acontece por causa das diferenças, intelectual, mental, emocional ou espiritual, das partes envolvidas.
Num momento de dificuldade, acabei desabafando com um desconhecido que apareceu "por acaso" em minha vida. Como eu tinha uma visão ultrapassada da vida, principalmente no que se tratava à espiritualidade, comentei que achava que a causa de tudo poderia ser a minha vivência "em pecado" com minha companheira. Segundo a Bíblia, um homem e uma mulher só podem viver uma vida conjugal sendo casados na Igreja, perante Deus. Este homem, tinha uma visão diferente da minha e me fez ver que este poderia ser o último dos motivos destas dificuldades. O que poderia influenciar, seria mais o meu sentimento de culpa, a minha compreensão errada de "pecado", do que o fato em si. Tudo é uma questão de visão, de interpretação. Uma interpretação errada, ou um fato divulgado sob um ponto de vista errado, pode causar mais mal do que o significado real ou simbólico que ele pode ter. Por isso, cuidado com os comentários da vida alheia!
Mas o que eu quero tentar mostrar, é como uma interpretação pode mudar o sentido das nossas imaginárias dificuldades, ou do sofrimento que pensamos ter em nossas vidas.
A vida de Jesus pode ser vista como uma história sofrida, emocionante, heróica, sacrificante, ou tantos outros objetivos que queremos adicionar. Pode também ser interpretada como uma mensagem simbólica, uma história a ser pensada, analisada, atualizada. Todos seus passos, sua morte na cruz, a ressurreição, tudo pode ser simbólico. Há quem diga que o ser chamado Jesus, morreu de morte natural, aos 64 anos. Há quem diga também, que o tempo ideal de convivência entre homem e mulher, é o tempo suficiente para que ambos possam aprender o que cada um tem a ensinar e para isto não são necessárias as formalizações. Estas são verdades conscienciais, isto é, dependem do estado de consciência de cada pessoa. Quando será que poderemos aceitar estas verdades? Quando será que poderemos dizer que sabemos da verdade? Há tantas  verdades, quanto estágios evolutivos. Dificilmente, hoje aceitamos certas verdades que nossos pais contavam quando éramos crianças. E assim sempre será. Amanhã provavelmente você não mais aceitará como verdade, o que acha ser certo hoje.
Um dos motivos do nosso atraso espiritual, é um erro de interpretação. Quantas vezes ouvimos falar de pessoas, que dizem ter conseguido determinada coisa, um bem material, uma situação de conforto material, ou um sonho alcançado, com muito sacrifício! Sacrifício no sentido de renuncia, de sofrimento. Renunciou a quê? Sacrificou o quê? O correto seria falar, com muito sacro-ofício, no sentido de ofício santo, sacro. Um trabalho de elevação, de crescimento, de evolução. Se nós fizermos um sacro-ofício, nós receberemos uma compensação, teremos uma graça alcançada, conseguiremos como recompensa a situação, o bem almejado, mas também teremos nos elevado espiritualmente.
Este é o desafio da vida. Fazer de nossa vida, em todos os momentos, um momento sacro, santo, de elevação, de crescimento. Podemos continuar fazendo tudo igual como antes, mas com outro sentido, sempre pensando no crescimento, na elevação espiritual e não na compensação material. Precisamos saber que qualquer situação que estamos passando, todo sofrimento ou dor que estivermos sentindo, tem um motivo, tem uma razão de ser. Se passarmos o tempo desta situação, deste sofrimento, desta dor, pensando que ele é um período de sacro-ofício, de elevação e como consequência elevarmos nosso pensamento à fonte suprema, tudo será mais fácil. Então, "o jugo lhe será leve".
Jesus, no caso, encarou aquele período como um período de sacro-ofício e não como um sacrifício. Ele fez, pensando em elevar, em santificar. Ele fez pensando no Pai. Ele não fez uma renúncia. Ele iria renunciar a quê? A esta vida material, que Ele sabia que é pura ilusão, que não é a verdadeira vida?
Nós sempre encaramos a vida, como sendo uma vida de muito sacrifício, de muita luta, de muita dor, por isso nós sofremos. Devido a este sofrimento, a esta dor que sentimos, tendemos a ficar parados, não nos esforçamos. Seguir adiante dói, machuca, cansa. Se não nos esforçamos, se ficamos parados, não temos recompensa, não alcançamos a graça. Se formos obrigados a seguir e seguirmos sem dedicar esta luta, esta dor, este sofrimento à fonte, ao Pai, estaremos sofrendo à toa. Estaremos perdendo tempo, pois a compensação material que talvez se consiga,  não vale nada perante Deus.
A maioria de nós, não consegue proceder da mesma forma que Jesus. Diante de qualquer dificuldade, desistimos, reclamamos da sorte, nos sentimos injustiçados. Mal sabemos nós, que estes momentos, são oportunidades que nos são dadas, para provarmos o nosso amor ao Pai. Até pequenas coisas não conseguimos fazer. Reclamamos por andar a pé, por tomar banho frio, por não termos a roupa da moda...
O que Jesus fez, não irá nos salvar. Nós ainda não estamos salvos! Ele só nos mostrou o que precisamos fazer. Ficamos glorificando, exaltando Jesus, pensando que tudo está feito e esquecemos de fazer a nossa parte! Não é por acaso que somente dez porcento da humanidade está apta para viver o novo mundo. Temos que carregar nossa cruz, oferecendo-a como sacro-ofício! Ninguém irá fazer por nós, o que precisa ser feito. Jesus, fez a parte D'ele e como recompensa, "subiu ao céu". Nós, queremos o céu sem esforço.