NADA É POR ACASO

SE VOCÊ CHEGOU POR ACASO, OBSERVE SEU MUNDO INTERIOR, ELE QUER CONVERSAR COM VOCÊ.

SE CHEGOU POR CURIOSIDADE, VOCÊ NÃO SERÁ MAIS O MESMO.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TUDO CONTINUA COMO ANTES ...

Venho tentando mostrar uma maneira diferente de ver a vida, de enxergar o mundo, principalmente no que diz respeito a espiritualidade. Uma delas é a forma de interpretar passagens bíblicas. Podemos ter a Bíblia como apoio e tentar trazer para os dias atuais, suas citações, sua palavra, sua mensagem e principalmente a passagem de Jesus aqui no nosso planeta.
Jesus não deve ser visto como o "Filho enviado por Deus" que veio aqui para nos salvar. Nós não somos tão importantes assim para termos esta exclusividade. Jesus é um ser, uma consciência evoluída, que optou por encarnar aqui, viver na forma humana, para nos deixar um exemplo de vida. Exemplo de como devemos proceder nesta vida, neste mundo, diante das forças involutivas que tentam eternizar seu reinado. Também deixou claro o que todos nós podemos ser, ter, se resolvermos "deixar tudo" e segui-lo.
Tudo serviu para nos ajudar e também serviu para sua própria evolução, como consciência que é e como todos nos somos. Ele e nós, somos parte da Creação Divina. Lógico que Ele teve apoio de seres superiores, a Hierarquia Divina, que está e sempre esteve pronta a nos apoiar, basta haver sincera intenção. A maneira, a forma que sua passagem por aqui, nos é mostrada, e de certa forma imposta, é, como já disse em outras postagens, fruto de obra humana, intencional ou não, consequente do estado evolutivo da época. Isto sempre devemos ter em mente. A forma que interpretamos qualquer ato, ou fato, sempre dependerá do nosso estado evolutivo, da nossa consciência e em termos espirituais não é diferente.
Como nada é por acaso, deparei-me com parte transcrita de um livro, que mostra de uma maneira muito melhor que a minha, o significado da passagem deste ser por aqui. E também, como nos dias atuais continuamos a proceder da mesma maneira que a dois mil anos atrás. A diferença, é que a maioria de nós sucumbe às tentações que Jesus resistiu.
Com a ajuda da atual tecnologia, com um simples Control C e Control V, compartilho esta interpretação e faço algumas observações. O texto é parte do livro de Trigueirinho "O MISTÉRIO DA CRUZ NA ATUAL TRANSIÇÃO PLANETÁRIA".
Esta transcrição se divide em 7 partes e por ser um trecho longo, farei isto com tempo, sendo a de hoje a lª etapa, que fala da prisão de Jesus.



1ª etapa

A prisão: A traição da humanidade.


Jesus vai com seus discípulos até um horto. 
Há dois mil anos, em Jesus, a energia crística esteve presente em meio à humanidade, expressando-se da maneira mais plena que então era possível por intermédio de um ser encarnado no nível físico da superfície da Terra; a maioria dos homens, porém, não quis acolhê-la
- Jesus é um ser, uma consciência. A energia de Cristo, que é outra entidade, outra consciência, se fez presente aqui, através de Jesus. Nem na época de Jesus, nem hoje, a maioria de nós não aceita esta energia. Na verdade nós a queremos, mas sem esforço. Não queremos deixar para trás nosso velho modo de viver, as regalias e os benefícios ilusórios das coisas materiais.
Na época atual processo semelhante ocorre, e de toda a humanidade da superfície apenas dez por cento responde positivamente ao chamado crístico que, ecoando desde milênios, nesta transição da Terra reapresenta-se de modo peculiar.
- É o que já comentei em data anterior, são os dez porcento, o trigo separado do joio, que serão os escolhidos a permanecer neste planeta, após a transição, do "fim do mundo". Estes são os que hoje "aceitam" esta energia . Hoje esta energia se faz presente de uma maneira mais forte, o que facilita ao ser se entregar a ela.
Os que respondem são os discípulos da Luz, aqueles que reconhecem a Luz do Amor e da Sabedoria. Sua coligação com essa Luz independe de crenças, dogmas ou religiões organizadas. Está embasada na unificação do ser à essência crística, que é cósmica. Esses seres que respondem reúnem-se nos níveis supra físicos em torno dessa sublime energia, regente de todos grupos internos.
- Isto mostra, que não importa a religião.  Não importa o credo, a fonte é única. O que importa é a busca interior de cada ser, cada pessoa.
Judas, que havia sido discípulo de Jesus, mas que o traiu, aproxima-se dele acompanhado da corte e dos guardas fornecidos pelos pontífices e pelos fariseus. 
- Quantos Judas existem hoje! A cada dia vemos a traição. Pessoas que negam à Deus, entregam sua própria essência espiritual, em troca de promessas materiais.
As trilhas rumo ao Espírito sempre estiveram abertas a todos os homens; entretanto, a maioria preferiu as falsas promessas da vida material e, em nome dessas promessas, traiu aquilo que seria o propósito de sua existência.
- Em nome de promessas materiais, o Homem esqueceu da sua essência divina, esqueceu do real motivo desta vida física, que é o crescimento no espírito.
O despertar da consciência é estimulado pela Hierarquia, que utiliza os mais adequados recursos disponíveis para auxiliar cada ser; também o Espírito usa os meios de maior penetração para alcançar o consciente do homem; muitas vezes, porém, as aspirações da vida interior de um ser não encontram abertura para se manifestar na existência concreta. Como foi dito. “o Espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca”. (Mateus 26,41)
- Além da ajuda da Hierarquia Divina, ajuda externa, lá no nosso interior, nossa alma  também pode estar pronta, para exteriorizar o que vem da fonte, o que vem de Deus, mas nossa mente, racional e emocional, nos impede de deixar fluir o que vem de dentro de nós.
Por terem optado pelo prazer dos sentidos e pelo poder terreno, os seres humanos foram obsediados por forças dissuasivas e, ofuscados assim pelas trevas, perderam a consciência de suas próprias ações. Iludidos, entregaram a vida planetária à destruição; contudo, como disse Cristo: “O Filho do homem vai certamente, como esta escrito dele, mas ai daquele homem por quem será entregue o Filho do Homem ! Melhor fora se não tivesse nascido”. (Mateus 26,24). 
- As pessoas se deixam iludir pelos prazeres terrenos e pelo falso poder que as coisas materiais proporcionam e não percebem que com isto estão repetindo o o que aconteceu dois mil anos atrás. Estão "entregando" a si mesmos e este mundo às forças do mal. Assim como fez Judas, que se deixou iludir e entregou Cristo. Ai de nós que fazemos isto!
Jesus apresenta-se aos soldados por duas vezes, e exorta seus discípulos a não reagirem.
A energia não se oculta aos olhos de ninguém, está presente nos menores fatos da vida dos seres, indicando-lhes o caminho à Unidade, procurando dissolver a separatividade e a disputa, fato bem pouco compreendido mesmo entre os seus pretensos seguidores.
- A energia Divina, que na época era representada por Jesus, está sempre  presente no nosso dia a dia e incentiva a união com a fonte, com Deus e com as demais pessoas. Deus não quer a separação. Ele quer que sejamos um só. 
(...) A vida do Espírito é o portal dessa existência e, por caminhos traçados pelo amor infinito, a ela é conduzido o indivíduo; porém, só aquele que continuamente renuncia à violência própria do ego consegue cruzar esse portal.

- É através do amor que seremos conduzidos à Vida do Espírito, mas só conseguiremos realmente se renunciarmos ao ego, ao amor pelo nosso eu. O ego, o amor a si mesmo, maior que o amor ao próximo, é a causa de toda a violência  neste planeta.
Os discípulos abandonam Jesus e fogem.
No transcurso da evolução terrestre, inúmeras vezes um ser é colocado diante da Verdade, da Luz e da Vida. Em algumas dessas oportunidades que lhe são oferecidas, consegue romper os densos véus de ilusão que lhe obscurecem consciência, evocando do seu mais intimo núcleo interior uma resposta positiva, uma abertura,um passo em direção à vida espiritual. Porém, essa ainda frágil adesão ao chamado interno facilmente é negada quando surgem situações de provas.
- Isso mostra a insistência da alma, de Deus, para nos mostrar o caminho, a verdade. Mas geralmente, por sermos ainda frágeis espiritualmente, quando estamos diante de uma prova, de uma dificuldade, sempre optamos pelo mais fácil, pelo retorno imediato e negamos a este chamado Divino que vem do interior. Quer dizer, fugimos, abandonamos aquilo que Jesus representa, assim como os discípulos abandonaram Jesus.
(...) As bases dessa nova existência só podem emergir em um coração onde o amor transcendeu as expressões pessoais, em um coração que reconheceu que todo esse amor provém d’Aquele que alenta os universos e a Ele deve ser oferecido. O homem que se integra a esse amor nada teme, no céu ou na terra comunga da união com a Fonte, e fatos temporais não podem usurpar-lhe a eternidade.(...)
- O mundo novo, uma vida nova, plena, só pode surgir para alguém, para nós, quando deixamos para trás as questões pessoais, o ego e quando, nos entregamos ao amor divino, que é a fonte de tudo. Quando nos entregamos e ficamos unidos com Deus, o ser, a pessoa não teme mais nada, porquê ele e Deus são um só. O salmo 90/91 mostra bem como seria ao se chegar neste estágio.
(...) A pretensa evolução desta humanidade leva-a a supor que se encontra em elevados estados de consciência e que realizou grandes feitos, porém quantos conseguem manter-se fiéis à meta interior da sua existência quando acossados pelas forças materiais?
- Somos pretensiosos e dizemos que somos evoluídos, que amamos a Deus, que cremos n'Ele, que O temos como guia. Quantos de nós realmente conseguem ser fiéis, conseguem manter a palavra, quando são oferecido vantagens materiais? Jesus fez isto! E nós? Quem vive nesta sociedade atual, quem esta envolvido no "sistema" sabe da dificuldade que é, se manter íntegro.
Jesus é levado à presença do sacerdote oficial.
Há um arquétipo que define os padrões das estruturas que permitem o desenvolvimento de uma civilização. Quando criadas com base nesse arquétipo, elas refletem uma ordem cósmica; entretanto, devem ser continuamente reajustadas à Ideia superior da qual emanam, pois caso contrário cristalizam-se e transformam-se em instrumentos de forças involutivas.
- Há formas, moldes, exemplos, que definem o modo, a maneira de desenvolvimento espiritual de um povo. Quando este molde estiver baseado nos exemplos superiores, ele reflete a Ordem Divina, mas mesmo assim deve ser reajustado, reciclado, senão ele se fixa na nossa mente e é usado pelas forças involutivas. Estes moldes podem ser as religiões de hoje, mas também elas devem se reciclar, se renovar. É o que disse na postagem anterior:  É preciso mudar o jeito de interpretar, o jeito de pensar. Do jeito que está, não está mais fazendo efeito, não dá mais resultado. Nos acostumamos a agir de um jeito e achamos que isto basta e assim ficamos repetindo por séculos, os mesmos erros.
As estruturas mantidas pelos seres humanos na vida da superfície da Terra quase sem exceção tenderam ao distanciamento da Ideia que as inspirou e, além disso, a grande maioria delas, desde a sua origem, vinculou-se a propósitos negativos. Portanto, não só a vida comum dos indivíduos, mas também as religiões organizadas e as instituições oficiais tornaram-se focos de atuação de forças dissuasivas. O poder que devia ser, nos níveis concretos, depositário e núcleo irradiador da Luz turvou-se pela fumaça de chamas materiais.
- As pessoas, as organizações da sociedade, governos, se distanciaram da ideia Divina e até se juntaram as forças negativas, principalmente os governos e a Igreja, que "dirigem" a sociedade e que deveriam ser o exemplo. Todos sabem da podridão que existe nos governos e também nas bases das religiões, não importa qual, afinal elas são compostas por pessoas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

NO TEMPO DO MEU PAI ...

Se dependesse do meu pai, hoje talvez eu seria um semi-analfabeto. Meu pai não era muito a favor dos estudos. Quando era moleque, lembro que uma vez ele me pediu pra calcular a metragem cúbica de uma torra de madeira. Quando falei que não sabia, que ainda não tinha aprendido, ele me respondeu:
- Não sei pra que vai na escola!
No tempo do meu pai, alfabetização, estudo, se resumia em aprender à escrever o nome e somar, diminuir, calcular as coisas necessárias no uso diário de um trabalhador do campo. Mas ele sabia calcular quantos metros cúbicos tinha uma torra de madeira, eu não! Na minha época, a necessidade já era outra, era preciso ter o 2º grau e saber datilografia. Não sei se meus filhos sabem calcular o que meu pai sabia. Sei que eles não fizeram datilografia, o tempo deles já é de curso superior e informática. Sei que eles não têm a dificuldade que tenho, com essa tecnologia da informação. Queria ver meu pai, agora!
O mundo muda, as coisas mudam, as necessidades mudam e as responsabilidades também. Quanto mais você sabe, mais responsável fica. Cada um na sua área, no seu tempo. Cada macaco no seu galho!
O mundo do meu pai, era do tamanho da sua consciência. Sua consciência se resumia àquilo que ele sabia. O que sabia, era só o necessário para sobreviver. Talvez por isso, hoje, a necessidade de sobreviver neste mundo, faça com que o ser humano não estacione, se atualize. É uma forma de forçar o estudo, procurar o conhecimento, ampliar a consciência..
Estar neste mundo, é como estar numa estação de trem. Se você não embarca no trem, se não acompanha, fica parado, não segue adiante, não evolui. Se você perde o trem e fica parado no trilho olhando o trem partir, vem outro trem e te atropela e como num acidente real, vira dependente dos outros, do sistema. Então não resta outra coisa, a não ser apelar para a previdência social, ou providência divina.
Viver neste mundo cansa! Não dá pra relaxar. Não dá pra parar e dizer: Eu sei! Teve uma fase da minha vida, que ao passar diante da casa de pessoas mais humildes, eu sentia inveja. Sentia inveja do mundo em que viviam. Saudades do tempo do meu pai. Via aquelas pessoas felizes à sua maneira, sem os problemas, sem os fantasmas que nós criamos, vivendo neste mundo louco, acelerado. Este mundo de ilusões que o Homem moderno criou, não tem como seguir adiante por muito tempo, o colapso é iminente. Já há muitas pessoas paradas no trilho do trem. A previdência social deste mundo está entrando em colapso, literalmente. E a providência divina está se anunciando. As trombetas já soaram!
Pra sobreviver neste mundo é preciso estudar, se atualizar, se responsabilizar. Em se tratando da vida espiritual, não é diferente. O objetivo da vida no mundo material, espiritualmente falando, não é o Homem, como ser humano, mas sim o ser humano como espírito. Lógico que tudo são experiências, tanto os maus objetivos e as mal sucedidas, como os bons objetivo e as bem sucedidas. Mas como disse meu pai, será que sabemos porquê estamos neste mundo?
Espiritualmente, o Homem também está parado no trilho. Hoje considera-se espiritual, alguém que frequenta a igreja, sabe rezar o Pai Nosso e lê a Bíblia. Fazem dois mil anos que só fazemos isto! É preciso mais, o tempo do meu pai já passou! De que adianta eu saber calcular os metros cúbicos de um pedaço de madeira, se não me serve pra nada? De que adianta eu saber rezar, frequentar a Igreja, ler a Bíblia, se isto não traz resultados? O mundo tá um caos! Afinal qual o objetivo desta escola da vida? Como ser humano, nossa vida só tem sentido, só vale a pena, se temos um objetivo, se sabemos onde queremos chegar, se temos um caminho a seguir. E o que podemos dizer espiritualmente? Estamos ainda no tempo de acreditar em historinhas de Papai do Céu! Nós somos mais do que isto! ..."Vós sois Deuses"!
Numa visão holística, a vida do Homem neste mundo teima em se manter num círculo vicioso. Vai-se à escola, o professor ensina o novo e ao sair continuamos presos ao velho. Entra-se na Igreja, escutamos o sermão e ao sair, a ambição e a cegueira continuam. Vive-se neste mundo, levamos nossos tombos e ao nos levantarmos, continuamos no mesmo caminho. É preciso prestar atenção na escola da vida! Se alguma coisa deu errado, não é a toa! Se o time está perdendo, mexe-se no time! Se a vida tá uma m..., não é coincidência!
Para se sair de um vício, pra mudar um hábito, é preciso muito esforço. Assim é também nossa vida, é preciso muito esforço para se manter íntegro. É preciso muita consciência para usarmos a empatia. Quantas vezes já o capeta nos levou no cume da colina, nos mostrou o mundo como recompensa e nós aceitamos! E no tempo de deserto, da miséria, das dificuldades, como reagimos? Isto não aconteceu só com "Jesus". Isto acontece todo dia, em todos os lugares, com todos nós. Quantas tentações temos no nosso dia a dia! Quem é bom o bastante para recusar as ofertas? Qual a sabedoria, o conhecimento que temos, para enfrentarmos isto? Andar por aí com a  Bíblia na mão? Jesus não nos salvou, Ele só abriu o caminho para que pudéssemos fazer o mesmo. Ele deu o exemplo. No tempo D'ele, não havia Bíblia. Ele fez o que achava certo, o que vinha do seu interior, escutava a voz que não fala, a voz da alma, a voz de Deus. De nada adianta frequentar a escola, se não aprendemos. De nada adianta ler o evangelho, a Bíblia, o Alcorão, se não praticamos. De nada adianta viver neste mundo se não crescemos, se não evoluímos.
É preciso começar a ver as coisas de outro jeito. Espiritualmente também é preciso ser audacioso. É preciso encontrar o caminho certo, o tempo de escola tá passando. O tempo já não urge, ele ruge. Jogue fora o velho, se atualize, preste atenção nos sinais a sua volta, nos ensinamentos da vida. Seja verdadeiro consigo mesmo e não se mostre "certinho" para os outros. O que era futuro está virando presente. Não aja como avestruz! Um mundo novo, uma nova era está chegando! 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O "INFERNO" QUE NÓS CRIAMOS.

Não há nada neste mundo atual, que não tenha sido pensado, imaginado, creado,  por algum de nós ou que não seja resultado de pensamentos coletivos. Somos capazes de criar monstros! E não adianta procurar culpados, ou apontar o dedo. Nós somos os primeiros a sermos atingidos pelos nossos pensamentos e somos responsáveis pelo estado atual do planeta. É tipo um bumerangue, o que vai volta. A soma do pensamento coletivo é o resultado que temos hoje coletivamente, como grupo, como nação, como planeta. Olhar para trás e "culpar" os que já se foram, também não é a solução, nós somos eles. Daríamos um grande passo, se pudéssemos nos conscientizar disso.
O que vemos muito, sempre, são os críticos, os acusadores, em todas as áreas. Na vida individual, na política, na economia, no governo, sempre há os "certinhos", apontando o dedo, se manifestando, se horrorizando com a vida alheia, escândalos e corrupção. Não importa o tamanho do rombo, a grandeza do ato, se houver um simples pensamento, um pequeno ato de "esperteza", de privilégio, nos igualamos àqueles que criticamos. Basta uma pequena manifestação, um desejo, um pensamento. Uma vez emitido o pensamento, não há nada mais a fazer, a não ser emitir outro, para equilibrar. Perante a fonte, espiritualmente, todos temos "telhado de vidro". "Não julgai", alguém já disse, pois além de tudo, nós não temos a capacidade de saber o que é o certo ou o errado nisto tudo. Se nos julgarmos "atingidos" por algo, antes de abrir o bico é melhor pensar um pouco, pensar duas vezes, fazer um exame de consciência. Mesmo não encontrando motivos, sempre é bom saber que nossa consciência é limitada, que há verdades maiores que talvez não tenhamos conhecimento, que não podemos alcançar. Além do mais, os "defeitos", os erros que apontamos nos outros, são nossos próprios defeitos, nossos próprios erros. Esta é uma verdade que demorei muito em aceitar. Depois que aceitos, fica mais fácil superá-los.
Qualquer pessoa que esteja ligado a uma religião, vive com o fantasma de dois destinos após a morte física: o céu ou o inferno. Qualquer um deles, se existissem, sempre seria o resultado dos nossos pensamentos, dos  nossos atos, que são pensamentos concretizados, realizados. Não adianta querer culpar outrem, ou Deus, por não ser benevolente, essa é uma verdade que precisa ser encarada. Aceitar isto, é mudar seu destino, seu futuro.
Céu e inferno, não são um mundo físico, nem etérico, são um estado de espírito, que pode ser vivido tanto na vida material, física, ou no mundo etérico, mundo dos "mortos". Na vida material, geralmente são fases da vida em que nada dá certo, vivemos num verdadeiro "inferno astral", ou aquela fase em que sonhos e desejos se realizam, onde tudo parece um mar de rosas. Tem um ditado que diz: "Após a tempestade, vem a bonança" e assim geralmente é. Passamos por um período negro, onde queimamos carma, somos "depurados" ou fazemos um sacro-ofício, para depois podermos curtir o deleite da recompensa, da graça alcançada..
Quando passamos pro outro lado, se não tivermos um pensamento, um estado de espírito ligado na fonte, na alma, em Deus, ficamos num mundo perdido, que é chamado de umbral, zona obscura, entrada. Quanto mais longe o eu, o ego, estiver da fonte, maior o período que passamos perdidos neste umbral. Até que se tome consciência e se emita um "pensamento", um sinal, uma luz, para que a consciência possa ser localizada e então direcionada ao seu local adequado. Os apelos religiosos para que nos arrependamos de nossos "pecados" antes da morte, tem seus motivos por isso, para emitir este pensamento, fazer esta conexão. Este período no umbral também pode ser chamado de inferno e pode durar anos, séculos. O tempo de lá, é diferente do nosso. Existem "n" situações possíveis, assim como são os estados de espíritos, mas em síntese é isso. Os casos extremos são pessoas muito apegadas ao mundo material, que os corpos astral e mental  se recusam a se desligar deste mundo e se tornam espíritos errantes que se manifestam por ai. Por outro lado, há pessoas mais "religiosas", que são direcionadas à lugares com estados de vibração mais elevada. É como as histórias narradas em livros e romances espíritas.
Há ainda um outro inferno a passar. O verdadeiro inferno por qual passa a consciência de um ser, antes da entrada no "céu", ou o que a bíblia chama de reino de Deus. É após esta passagem que nos tornamos conscientes da vida cósmica, que nos é revelado a verdade, a verdade que liberta.  É o inferno por qual Jesus passou, antes de subir  ao "céu". Este depura, este limpa, elimina, os resquícios de impureza, de "maldade" ainda existentes.  Este é um período relativamente longo, de várias fases, sendo o sofrimento maior, em torno de três anos e meio (meio ciclo de sete anos)
Já comentei anteriormente, que tudo na bíblia é simbólico. O período que Jesus passou, sendo acusado, julgado, carregando a cruz, sendo morto, ressuscitado, subindo ao céu e enfim sentar à direita de Deus é passado por nós, aqui, em vida física, material. Esta morte, na verdade é a morte do ego. Isto pode ser vivido de uma maneira mais suave ou mais sofrida, dependendo do estado da consciência, dos "pecados" que se tiver, quando alcançado esta graça. Esta parte detalharei em outro momento. Misticamente este processo é chamado de terceira iniciação, que marca o início do retorno da consciência à vida cósmica. Antes de passar pela terceira o ser já passou pela primeira e pela segunda iniciação, que também são marcadas por um processo mais ou menos idêntico, sem a morte do ego e menos duro, sofrido.
Enfim, precisamos nos conscientizar, que nosso sofrimento, nosso inferno, é causado por nós mesmos. Nesta ou em outras vidas que vivemos. Não há como sabermos plenamente, quais são os erros por nós cometidos, nem o que precisa ser feito para nos livrarmos de todo mal. Há muita coisa que consideramos certo, normal, mas que está em desacordo com leis superiores. Toda vez que pensamos estar fazendo o bem, como um ato de nossa vontade, podemos estar agindo errado. Como diz um velho ditado: "De boas intenções o inferno está cheio". O ideal, seria fazer um esforço para deixar "a vida nos levar" ou poder dizer "Que seja feito a tua vontade".
O inferno previsto após o "juízo final" também é simbólico. Não haverá reunião dos vivos e dos mortos. Na verdade o juízo final já está praticamente concluído, é o joio que foi separado do trigo. O "trigo", são os seres, as consciência, que atingiram uma certa evolução e emitem determinada vibração, que estão "marcados" por esta vibração e que continuarão a viver neste planeta após este período de transição, do "fim do mundo", do Apocalipse. Provavelmente, estes serão os que já passaram pela primeira e segunda iniciação. Os demais, o "joio", serão encaminhados a outros mundos, outros planetas, em outros sistemas, com leis próprias. Não será o inferno, simplesmente terão que recomeçar sua jornada num mundo, com energia e vibrações equivalentes.
Olhando com nossos olhos e ponto de vista humano, do jeito que vivemos hoje, praticamente não há um "grande castigo", um grande "inferno". Podemos "pintar o sete", mas continuaremos a "viver", de certo modo. Graças a compaixão Divina, somente casos irrecuperáveis serão exterminados. Mas do ponto de vista cósmico, olhando com os olhos de Deus, "viver" deste jeito, é um lastimável tempo perdido, pois a verdadeira vida não é esta. De nada adianta postergarmos, retardarmos nossa evolução. Cedo ou tarde passaremos pelo "inferno" e o sofrimento será cada vez maior. Se pudéssemos nos lembrar disto neste dia, provavelmente iríamos nos arrepender de não ter feito alguma coisa hoje.
Lembre-se, o que é teu tá guardado.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

OS MORTOS VIVEM! PONTO FINAL.

A única coisa que precisamos saber sobre espiritismo, é saber que existe este mundo "dos mortos", ponto final. Se fosse o contrário, nós nos lembraríamos do tempo que passamos por lá, ou saberíamos naturalmente, como sabemos de qualquer outra coisa. Lembre-se tudo é simples. Não devemos procurar a verdade em coisas complicadas. A verdadeira vida é simples por isso, para ser acessível a todos.
Um dos segredos que aprendi  foi, que só devemos nos "preocupar" com a essência. Digo preocupar, no sentido de dar importância. Preocupar-se com detalhes, formas, maneiras, é interferir no processo natural das coisas, da vida, é usar o livre arbítrio. Usando o livre arbítrio, estamos em desacordo com o caminho, com o que foi escolhido, traçado.
Se causarmos um mal, um sofrimento, uma dor a alguém, usando o livre arbítrio, estaremos "pecando". Se isto acontecer, sem intenção nossa, alheio a nossa vontade, estaremos servindo de "instrumento" para que algo maior se cumpra, se desenvolva, se realize. Seremos inocentes, embora possamos ser julgados pelos Homens. Neste caso, estaremos "pagando" por algo que fizemos em outro momento ou estaremos aprendendo "por experiência".
Em algum texto anterior, já escrevi sobre realização de desejos, do poder do "querer". Até nestes casos, só devemos nos preocupar em sentir a essência da realização. Imaginar, sentir, proceder como se o que queremos já tivesse acontecido.  Tentar imaginar o meio, o modo, a forma como o desejo deve se realizar é uma interferência "no sistema", é querer usar o livre arbítrio. Dificilmente as coisas se realizam como imaginamos, mas se porventura acontecer, se não era pra ser assim, teremos criado um carma e iremos "pagar" por isso. Cada ato nosso tem uma consequência. Precisamos deixar nossos atos serem dirigidos por "algo superior", algo ou alguém que "saibas das coisas", então nosso mundo individual e coletivo entrará "nos eixos".
O momento para se conhecer o assunto, espiritismo, é o momento de cada um. Há pessoas que não aceitam nada neste sentido, porquê ainda não estão prontas para isso. A curiosidade é natural no ser humano. O questionamento em todos os sentidos é parte, é inerente à espiritualidade. Não basta alguém escrever, dizer não faça isto, não entre nessa, deixe os "mortos" descansarem. O verdadeiro aprendizado vem com a experiência. Quando chegar o momento certo, quando você estiver "pronto" para passar por isto, para conhecer o que deve ser conhecido, acontecerá o que deve acontecer. Pode ser uma simples leitura de "livros espíritas" ou até um contato mais "direto" com pessoas envolvidas.
Não podemos esquecer que nossa "alma", nossa parte superior ao ego, já sabe de tudo. Ela já "morreu" outras vezes a morte física. Esta experiência, este aprendizado que irá acontecer, é só para nos lembrarmos nesta vida, ou em outra se for o caso. Esta "lembrança", nos deixará "prontos", para dar um passo a mais. A consciência se ampliará e teremos conhecido mais uma parte do "processo", do caminho, da vida cósmica. Depois que o ser passa por este aprendizado, está próximo de conhecer "a verdade", próximo da "fronteira" da vida cósmica. Depois da fronteira, ele não será mais deste mundo, só estará neste mundo.
O erro geralmente acontece neste momento. Quando acontece a experiência, o aprendizado, a pessoa se prolonga nisto, "experimenta" mais vezes, se aprofunda, procura saber mais e até faz disso uma religião, com o intuito às vezes, de pular estágios,  ter benefícios ou com a intenção de "ajudar" os outros.
Na vida espiritual também não há uma regra fixa, sempre há variáveis, exceções. Não há dois seres em momentos iguais, espiritualmente. Pessoas como Allan Kardec, Chico Xavier, tiveram a doutrina como missão, para que ela se tornasse mais conhecida, mais divulgada. O intuito, a razão principal, é para nos acostumarmos com a ideia de vida após a morte física, a vida do espírito, da consciência, da existência de outros "mundos", embora, em vida aqui, talvez eles não tivessem plena consciência desta finalidade.
Não é preciso ser "espírita", para ser passagem de energia de cura. Qualquer pessoa mais "pura", mais evoluída, faz este serviço, geralmente sem ter a consciência disto. E é melhor que seja assim, para não interferir com sua vontade, com seu livre arbítrio no "destino" desta energia. É preciso somente ser o meio, o veículo. A forma, o modo, a intensidade, deve estar a cargo de algo "superior", que sabe exatamente o que outra pessoa precisa. Além do mais, a cura espiritual, não tem nada a ver com a forma que entendemos a "cura".
Geralmente procuramos estes meios para nos curar de um mal físico, uma doença, uma interferência. A verdadeira cura, é a cura do espírito, da alma, a cura dos corpos interiores, o corpo astral, o mental. Curando o interior, não há mal físico que se manifeste. Nunca se perguntaste o motivo de pessoas viverem doentes, com males físicos intermináveis? Enquanto há pessoas que nunca ficam doentes, para estas, quando um mal se vai outro parece. Estas pessoas "doentes", estão doentes interiormente, doentes psíquicos. É preciso curar o seu interior, sem isto, não há médico, nem remédio que os cure realmente. O "milagre" de uma cura física, só acontece nos extremos. No extremo da ignorância, quando o ser simplesmente tem a fé, sem dúvidas, sem questionamentos, ou no extremo da consciência, quando o ser tem plena ciência de quem ele é, como extensão de Deus e do seu poder de curar, ou de ser curado.
O contato com "espíritos", seus conselhos, sua ajuda, sua interferência, não deveria acontecer, por vários motivos. Quando acontece a morte física, o destino do "espírito" é um mundo paralelo, onde possa ser curado, orientado, relembrado. É preciso seu "desligamento", sua perda de contato com "nosso" mundo, o mundo material. Qualquer interferência neste sentido, é interferir no "sistema". É certo que há vários "estágios" a passar, dependendo da evolução do ser que desencarna. Ainda há os casos em que os corpos astral e mental não se desapegam do corpo físico, ficando o espírito desorientado, num mundo "virtual" próprio, com a impressão de ainda estar "participando" do mundo físico. Nosso "contato" nestes casos aumentaria mais ainda esta sua ilusão.
Não se entra no "Reino de Deus", nem no "inferno" ao "morrer". Nem se evolui milagrosamente, sabendo de coisas que não se sabia no mundo físico. Por exemplo, não se fica sabendo da existência de outros "mundos", outras dimensões, de vida extra terrestre, de planos "superiores", de "verdades" antes desconhecidas. Este "mundo" dos espíritos faz parte da "bola", do mundo do planeta terra. As mesmas leis espirituais que regem o nosso mundo material, regem este plano paralelo. Assim como é aqui, é lá. A única coisa, é que o ser vai se tornando ciente, paulatinamente, da existência, que está em outro plano, o plano etérico. A mesma ignorância daqui, se "leva" prá lá. Com o tempo, se for o caso, dependendo da sua permanência neste plano, há uma evolução, e certas "verdades" podem lhe ser reveladas, mas só o que pode e precisa saber. Como aqui, mas sem as interferências, sem as dificuldades, as complicações do plano material.
Por este motivo, os conselhos, as ajudas, as interferências destes espíritos é duvidosa ou inconsequente. A sabedoria de um espírito, que fuma charuto, toma um gole de cachaça, é a mesma sabedoria de um ancião, uma pessoa mais velha, com mais experiência de vida, que ainda vive entre nós. Se ele fosse "mais" sábio, não fumaria, nem beberia cachaça, isto só para dar um exemplo. Sempre há "espíritos", seres de luz, que procuram "ajudar", mas se este contato é feito à revelia, sem "autorização" ou orientação de seres superiores, ele pode estar interferindo no "sistema". O ego, não "desaparece" no mundo etérico. O mesmo ego que temos aqui, que nos faz tanto mal, levamos junto para o "outro lado". Neste caso, pode se a força do ego se manifestando, induzindo a manifestação do espírito. Como aqui, talvez eu não deveria estar fazendo, dizendo, escrevendo, com o intuito de ajudar, esclarecer. Se não for da vontade da fonte, estou fazendo algo errado, estou "pecando", interferindo no "sistema". A verdadeira ajuda vem do silêncio. Da voz que não fala.
Portanto, fica um alerta, aos espíritas, aos macumbeiros, aos donos de terreiro, aos pais de santo e outros "eiros" e "antos". Nem sempre, querendo ajudar, estamos ajudando. Nem sempre, quando pensamos acertar, estamos acertando. A comunicação, a compreensão de uma mensagem, de uma verdade superior, nem sempre pode ser compreendida exatamente, pela nossa mente humana limitada. Assim como é em cima, é embaixo, tome como exemplo a nossa famosa "rádio peão". Cada um entende e transmite uma mensagem como a entendeu, conforme sua capacidade de compreensão.
Certos "poderes", certos dons, que são "dados" para algumas pessoas, geralmente são provas. Na verdade são como "amostras" do que poderíamos fazer ou ser. Quando o ser estiver totalmente evoluído, estes dons lhe serão totalmente naturais, normais. O bom censo quando ao uso, à aplicação nesta vida, é que define se o ser está pronto para dar mais um passo no caminho espiritual. Num certo momento haverá necessidade de prestar contas. O meu conselho, por experiência, é que fiquemos cada um no seu mundo. Este é o motivo da separação. Por isso não nos lembramos de nada do outro lado da vida..