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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

ENTENDENDO A IRA DIVINA.

Diante das adversidades da vida, sempre procuramos uma explicação, uma razão, para fatos e acontecimentos, principalmente os indesejados, os imprevistos. Isto faz parte da mente racional humana. A explicação, a lógica, para estas adversidades, mesmo sendo sem sentido para alguns, fazem total sentido para aquele que as fomentas e sustenta.
Cada ser pensante, cada consciência, cria para si um mundo, com suas lógicas e suas verdades. É como se fosse uma redoma, invisível, ilusória, limitada pelo alcance da sua consciência. A vida em si, as coisas, os fatos, os acontecimentos, fluem e só fazem sentido, se combinarem com os elementos por nós conhecidos dentro deste pequeno, ou amplo mundo, que criamos e conhecemos.
Com estes elementos, geralmente limitados, que  temos, nós aceitamos, refutamos e julgamos o nosso mundo, as pessoas que se encontram nele e os acontecimentos, sejam bons ou maus, desejados ou indesejados, felizes ou catastróficos.
Neste mundo limitado que vivemos, que é o mundo de cada um, entrelaçado com o mundo dos outros como as argolas das olimpíadas, nós filosofamos a vida, vivemos o deleite do amor, discutimos futebol, política, religião e também o Deus de cada um.
Cada um dentro do seu mundo, cria a sua lógica, a sua verdade e elas se confrontam com as verdades e as lógicas alheias, dos outros mundos, criados por cada ser, pessoa, consciência. Assim nascemos, vivemos e "morremos". .. sempre pensando de que nossas verdades, nossas lógicas e nossas filosofias sejam as mais corretas, as superiores e mais abrangentes.
No decorrer da nossa vida, ampliamos nosso mundo, nossa consciência, através do estudo, leitura, experiências, observações e tantos outros elementos com que cruzamos no nosso dia a dia. Cada novo elemento, cada nova variável inserida no "nosso mundo", nos dá condições de redefinir e ampliar, conclusões, decisões e julgamentos. Isto quer dizer que, as conclusões a que chegamos ou julgamentos que fazemos hoje, podem não ser os mesmos amanhã, visto que a cada dia, mais variáveis, mais conhecimentos são inseridos no nosso mundo. Isto lembra uma frase: "Não julgais!"
Quanto maior "nosso mundo", mais se compreende, mais se releva, mais se perdoa, menos importância se dá a fatos irrelevantes. Compreendemos situações, relevamos fatos, acontecimentos e perdoamos atos. Isto é "luz", esclarecimento! É sair da escuridão! É consciência espiritual! É perdoar, por que ... "eles não sabem o que fazem"! É como ver mais virgulas numa frase, conhecer mais palavras de um dicionário. É ver além da curva! É ver através dos montes! É ver "os mundos" de cima.
Se nós, com nossos parcos conhecimentos, pequenez espiritual e estreita visão de mundo, do universo, julgamos grandes as nossas razões, as nossas verdades, os nossos mundos, imagine as razões, as verdades, o "mundo" da Fonte, daquilo que chamamos Deus.
Assim como um filho não compreende as repreensões de um pai; assim como não compreendemos atitudes alheias, as diretrizes de um governo, particularidades de uma seita religiosa, de um grupo político, o sofrimento de alguém que está ao nosso lado, simplesmente por desconhecer as variáveis contidas em seus mundos, assim também desconhecemos e muitas vezes não compreendemos a "crueldade" e a "compaixão" Divina.
Acontecimentos indesejados, desastres e catástrofes que se misturam com momentos de alegria e milagres diários, são muitas vezes incompreensíveis para nossa mente humana limitada. As lógicas que criamos para explicar e aceitar a ira e benevolência "Divina" , amparadas e reforçadas pela teorias religiosas, chegam aos limites do absurdo. Estas nossas lógicas só se sustentam por nos recusarmos a ultrapassar os limites ilusórios e acomodados, criados pela nossa mente.
Diante de adversidades deste mundo material, principalmente com as que virão e se ampliarão com as mudanças de um ciclo, com "o fim do mundo atual", no nosso planeta, surge uma boa oportunidade para ampliarmos nossos mundos individuais. Por fim aos nossos mundos limitados, geralmente governados pelo ego e sustentados pela ignorância e preguiça mental, pode amenizar sofrimentos. Analisar, compreender fatos dentro de um contexto maior, sempre nos dá uma visão diferente de qualquer situação. Isto não quer dizer que as consequências daquele ato ou fato deixem de existir, mas possibilita uma melhor compreensão dos seus motivos e consequentemente uma melhor aceitação.
Quando adultos, ou, quando "nossos mundos" se igualam aos dos nossos pais, compreendemos muitas coisas que não aceitávamos, ou não entendíamos na adolescência. Isto também acontece ao ampliarmos nossa consciência espiritual. Para isto, não é necessário andarmos com o evangelho debaixo do braço ou nos enfurnarmos num templo. Para isto, basta agirmos como agimos quando procuramos nossa independência e auto desenvolvimento na adolescência, procurar nós mesmos, principalmente no nosso interior, respostas novas e diferentes para nossa origem, situação e destino como consciências cósmicas.
Conhecer as verdades e o "mundo do Nosso Pai", como disse, não evita acontecimentos indesejados, mas possibilita uma melhor compreensão da vida, do universo, evitando lamúrias desnecessárias e que não levam a nada.
Assim como descobrimos que Papai Noel não existe, é preciso "descobrir" que não estamos sozinhos no universo, que é, aliás, uma pretensão que resulta dos limites da nossa mente. Dar o primeiro passo, ou se pré-dispor à abertura mental, junto com atitudes sustentadas pelo amor, indica à hierarquia Divina que estamos prontos e aptos para receber o que, como nossos pais, "Deus" sempre está disposto a nos dar.