NADA É POR ACASO

SE VOCÊ CHEGOU POR ACASO, OBSERVE SEU MUNDO INTERIOR, ELE QUER CONVERSAR COM VOCÊ.

SE CHEGOU POR CURIOSIDADE, VOCÊ NÃO SERÁ MAIS O MESMO.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

EXPANDINDO A CONSCIÊNCIA.

A incerteza, a dúvida, a ignorância sempre foram causas de retrocessos, de estagnações, de tragédias. Se não sabemos onde estamos, não há como nos encontramos. Se não sabemos o que somos, não há como nos conhecermos. Se não sabemos  para onde vamos, não há como seguirmos adiante.
Quando estamos envoltos com um problema, não conseguimos ver claro a situação. Pessoas que estão além do limite do fato, que não estão envolvidas, conseguem enxergar melhor, por conseguir ver o todo. O que não falta nestas horas, é alguém querendo dar conselhos, dizer o que é certo, o que deve ser feito, mostrar o caminho, mas geralmente não aceitamos. Nós só compreendemos, só conseguimos enxergar melhor, após passar algum tempo, quando olhamos para trás e vemos tudo, sem emoções, sem interferências. Às vezes,  então, pode ser tarde.
Esta é a situação nossa, no planeta terra. Pra começar, não sabemos nem quem, ou o que somos. Discute-se muito, se somos parentes do macaco, matéria em busca do espírito, ou se somos espíritos tendo experiências materiais. E esta é uma das justificativas que muitos temos para algumas "experiências", algumas atitudes, nem sempre muito corretas.
Não sabemos de onde viemos. A ignorância e o medo, aos quais somos condicionados, faz com que boa parte de nós ainda acredite que o mundo tenha sido feito em 7 dias, na história de Adão e Eva, na comida da maçã, no paraíso. Pode até haver dúvidas, mas não temos outra saída. Para ser cristão, para ser salvo, para entrar no reino de Deus, é o que nos resta. Temos por opção a ciência, com uma explicação mais lógica, mais racional. Mas daí, corre-se o risco de ser ateu, de não acreditar em Deus, podendo ser castigado e ir pro inferno.
Não sabemos para onde vamos. Alguns acham que tudo acaba após a morte. Vamos pro caixão e pronto. Isto também justifica muita coisa que acontece por ai. Outros acreditam no juízo final, que Jesus vai voltar, vai reunir "os vivos e os mortos", vai julgar, vai mandar pro céu ou pro inferno e dai tudo acaba, ficando assim, pra sempre. Isto limita, dá medo e acaba freando muitos ímpetos. Mas, garanto pra vocês, se Jesus voltasse hoje, de mala e cuia, antes dele conseguir julgar, nós o mataríamos novamente.
Temos também outra linha um pouco mais "suave", mais benevolente, com mais compaixão, que acredita na reencarnação. Quer dizer, "aprontamos" aqui, mas nos é dado outra chance, para consertar, redimir, até ficarmos bonzinhos o suficiente e irmos morar com Deus. Pra nós, na condição de sermos os únicos seres vivos do universo, mas não somos, esta seria a visão mais coerente, a mais compreensível, a mais próxima da realidade, da verdade. O único problema é que ela é viciante, é cíclica, ondular, limitada e não evolutiva. A evolução humana deve ser cíclica, mas espiral, como uma mola.
Na verdade, somos poeira cósmica, envolvendo uma parte Divina. Não importa de onde viemos. Se somos natos daqui, do planeta planeta X ou da estrela Y. Passamos por etapas mais primitivas, mas agora estamos na fase humana, para desenvolvermos nossos corpos e principalmente, ampliarmos nossa consciência. Para depois seguirmos adiante na evolução, em outras dimensões e quem sabe, um dia sermos uma estrela.
Mas não conseguimos enxergar isto, não conseguimos compreender, não podemos acreditar, pois nossa compreensão não alcança. Parece que há uma capa protetora, um círculo que limita, uma fronteira intransponível, que dificulta nossa visão. A verdade, a compreensão, em qualquer situação, em qualquer nível, sempre está a nossa disposição, sempre está ao nosso alcance. Basta fazer um esforço, um algo a mais, para alcançá-la.
A razão da dificuldade no entendimento de um processo como um todo, é a consciência. Não temos consciência do todo. Somos muito focados, direcionados a nos focar no micro e não temos a percepção do macro.  É preciso expandir a consciência.
Consciência, é o nível de compreensão, de lucidez e de responsabilidade, de um indivíduo, de um grupo, de uma empresa, de um país, do planeta, de uma estrela, em relação a todo o processo no qual ele está envolvido.
Se trabalhamos numa empresa e não a conhecemos, se não temos consciência da sua visão, sua missão, seu produto, não temos como assumir um cargo melhor, com maior responsabilidade. Também só teremos aquela promoção desejada, o aumento no salário, se estudarmos, se trabalharmos, se nos envolvermos, se houver esforço, comprometimento, tanto para a compreensão, como com o resultado. Se tivermos a consciência que nós somos a empresa. Se agirmos de acordo com as normas e regras da empresa. Se ampliamos nosso conhecimento, se expandimos a consciência, temos o retorno, a promoção, mas também uma maior responsabilidade.
Quando dizemos estar com um "peso da consciência", quando nos sentimos culpados de algo, é porquê temos consciência que fizemos alguma coisa indevida, não correta. É porquê temos certo conhecimento de um processo, ou parte dele e adotamos uma postura incorreta, tivemos uma atitude, que não condiz com o processo, com as regras. Temos ciência que aquilo prejudica, afeta o bom andamento do processo. Porisque a vida anda muito "pesada" para alguns.
A ampliação da consciência sempre é recompensada. São as pequenas graças que recebemos, no dia a dia, pela busca de conhecimento, por atitudes corretas. Aquele aumento salarial, a promoção, a viagem, o sonho realizado. Tudo o que se consegue, tudo que se realiza, na verdade são recompensas por termos ampliado nossa consciência. É um incentivo, por compreendermos melhor a nossa situação em relação ao todo, por agirmos conforme o processo, conforme as regras.
As recompensas pela ampliação da consciência ficam claras numa empresa, na sociedade, na população de um país, com um país que se destaca entre outros. As regras para a sobrevivência numa sociedade, praticamente nos obrigam a isso. Se não pegarmos o "trem do conhecimento", ficaremos parados na estação.
Infelizmente, a busca, a melhora, o esforço sempre tem objetivos individuais. Assim como nos obriga, a sociedade, o sistema, também nos condiciona, nos direciona ao patriotismo, ao sectarismo, ao individualismo, à especialização, ao micro. Isso temos claro, nos primeiros contatos que temos com outra pessoa. É difícil escapar da pergunta : Você é o quê? Você faz o quê? Resumimos o outro à sua atividade profissional e às vezes pior, ao bens que tem. No máximo, poderíamos questioná-lo quanto ao que ele é como ser humano, mas como não devemos julgar, devemos ver simplesmente, que ele é um ser humano, independente de cor, raça, religião, nação. Precisamos ter uma consciência mais versátil, mais eclética, mais diversificada, mais global. Precismos ter uma percepção diferente da vida, do mundo. A profissão, a atividade exercida, é somente um meio de sobrevivência e não o objetivo final, a finalidade da vida.
Nós estávamos no paraíso com Deus e "comemos a maçã", o fruto da árvore do conhecimento. Pensamos então, que poderíamos ser independentes. Que teríamos conhecimento suficiente para seguirmos sozinhos, sendo individuais. "Comerás o pão com o suor do teu rosto" é o que foi dito quando fomos "expulsos do paraíso". Este foi o castigo que Deus nos deu. Vemos isso claramente no nosso meio. Quanto menor a consciência, o conhecimento, em relação ao todo, mais árduo o trabalho, maior o suor para conseguir sobreviver, sozinhos.
"Já que querem viver sozinhos, que se virem sozinhos e arquem com as consequências, mas sempre estarei aqui, pronto para acolher, se buscarem por mim, se quiserem ser unos comigo novamente" (frase minha, que poderia ser de um evangelho, considerado apócrifo). Temos até conseguido sobreviver, mas à duras penas, muito sofrimento, muitas reencarnações e estamos nos dirigindo para um final catastrófico, apocalíptico.
O ápice de superação da espécie humana é justamente isso. Conseguir viver, sobreviver em sociedade, em grupos, tendo sempre em conta que há outras pessoas a nossa volta. Pessoas que tem os mesmos objetivos, as mesmas necessidades, os mesmos sonhos, os mesmos desejos, a mesma missão.
Como melhorar, como crescer, sem prejudicar, sem afetar o outro? Ou melhor ainda, como melhorar, crescer, beneficiando a mim e outras pessoas mais? Quanto mais beneficiados houverem com a nossa busca da ampliação da consciência, maior será o retorno, a recompensa. E o caminho para voltarmos à união com Deus, não é tão árdua, nem estressante, como no caminho individual. Não é preciso fazer faculdade, nem especialização, nem doutorado. Ele é simples, fácil e sempre podemos contar com sua ajuda. "Procurai primeiro pelo reino de Deus e as demais coisas lhe serão dadas por acréscimo".
Precisamos lembrar, que não estamos mais na luta pela sobrevivência, da espécie animal. Não há mais topo de cadeia alimentar. Não podemos mais aniquilar o próximo para sobreviver, para crescer. O obstáculo à transpor, é justamente deixar de agir com instinto de sobrevivência animal e agirmos, com um modo mais racional, mais justo, mais humano. Precisamos quebrar certos paradigmas. Quebrar barreiras, superar modelos antigos, crenças antigas.
Muitas das causas do fracasso da espécie humana na terra, são as compreensões erradas que temos. É compreendido, que a recompensa nossa, seria o reino de Deus, a volta ao paraíso.
O reino de Deus nada mais é, que um estado de consciência atingido. Por termos ampliado a consciência a tal ponto, que recebemos a graça de ultrapassarmos o estágio humano, para sermos e agirmos como espírito, para sermos novamente unos com Deus. O reino de Deus é uma conquista individual, atingida por agirmos pensando no coletivo. Hoje, em torno de 90% da população pensa o contrário, age pensando no eu, no individual. Pela compreensão que temos atualmente, só conseguiríamos entrar no reino de Deus, num estado pós morte física, o que está errado. O reino de Deus se atinge com a morte do ego e em vida humana. Quando pararmos de considerar o eu como centro de tudo (ego-centro) e começarmos  a compreender, entender, sobreviver, agir, considerando todos como um só, estaremos unidos novamente.
Já ouvimos falar do "efeito borboleta", a "teia da vida". As nossas ações, atitudes, modo de agir, de viver, conviver, sobreviver, falar, devem ter em consideração o próximo, tanto nos mínimos como nos máximos detalhes, pois estão interligadas e tem efeitos colaterais. Precisamos parar de ser um "sem noção" e agirmos com noção. Ai então, voltaremos novamente ao paraíso sonhado e o reino de Deus estará instalado na face da terra. 
Oh, sonho utópico! Porquê me atormentas?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

SOMOS "HOMENS DE POUCA FÉ"!

Se nós observarmos bem, o mundo esta se dividindo em  duas linhas distintas, dois lados. É como se uma linha reta estivesse  dividida em duas. Uma seguindo no sentido ascendente e outra no sentido descendente. Como se tivéssemos uma separação entre o bem e o mal, entre o que é bom e o que é ruim.
De um lado, a ciência com novas descobertas, tanto na medicina ou outras áreas, sempre na busca de aperfeiçoamento, visando facilitar a vivência humana na terra. A tecnologia da informação, da alimentação. Pessoas que realmente se interessam pelo próximo. Algumas iniciativas privadas, ONG's. Alguns governos mais descentralizadores, outros preocupados com a paz mundial e com o bem estar da população. A onda verde, a preocupação com a sustentabilidade, com a preservação do meio ambiente, com a continuidade da espécie  humana.
De outro, um verdadeiro caos se instalando. A mesma ciência sendo usada, para o lado escuso, o aquecimento global com suas consequências climáticas, guerras, conflitos de interesses entre nações, principalmente económicas e culturais. Povos se rebelando contra seus governos, países praticamente falidos economicamente, endividados. A banalização da vida, de normas e regras da conduta ética.
Olha-se para um lado e se vê pessoas preocupadas com a vida, com o mundo, procurando ajudar, amenizar o sofrimento de uma pessoa caída, marginalizada, oprimida, excluída, pela sociedade. Mas do outro lado, vê-se um marginalizado, um oprimido, na tentativa de sobreviver, ou de se vingar, por prazer, por efeito de drogas se rebelando contra esta mesma sociedade, assaltando, roubando, matando. Muitas vezes, os rompantes da animalidade, dos instintos primitivos se desencadeiam entre pessoas ditas cultas, sérias, "civilizadas",  e  por motivos torpes e banais.
Isto prova a teoria da evolução. A humanidade carrega ainda em si, os instintos de sobrevivência dos animais, enaltece e super valoriza seu próprio ego, ainda se deixa levar pelo lado emocional, já racionaliza pelo mental, lógico e também já dá sinais de um lado mais puro, mais justo.
Por outro lado, mostra claramente a instabilidade mental e psíquica, principalmente desta linha descendente, caída. O ser humano está doente, ele se perdeu, está sem base, sem rumo. A ligação entre a fonte (Deus) e a centelha divina (nós), está rompida, ou muito tênue. Esquecemos literalmente de onde viemos, onde estamos e para onde vamos.
Mas isto é "coisa" nossa, do nosso planeta. Toda essa história de Apocalipse, fim do mundo, 2012, "separação do joio do trigo", juízo final, é consequência disto. E isto não vem de agora.  
Maomé, João Batista e outros profetas, Gândhi, Buda, Jesus e muitos outros seres, não menos importantes, já fizeram seu sacro-ofício por nós. Nós fomos avisados! Mas o que nós fazemos? Achamos simplesmente que a vida é assim, sempre foi assim e sempre será assim. Isso faz parte desta visão curta, distorcida. Visão egocêntrica, centralizadora, que temos do mundo, do universo. Achamos sempre que a culpa é do outro. Esperamos sempre pela iniciativa do outro. Aliás daria até para se fazer um analogia da situação da  humanidade, com uma fruta podre e bichada de uma árvore. Achamos que está tudo bem, enquanto estamos "devorando" nosso planeta, sem olhar mais longe, sem ver o todo. O dia que estivermos "só na casca", teremos a noção da nossa situação e veremos como devoramos a nós mesmos. Talvez então seja tarde.   E "Não haverá tempo para levantar os caídos". 
Os dois lados, ascendente e descendente, bom e ruim, correto e menos coreto, são formado por pessoas e geralmente estas pessoas estão atuando nos dois lados. Quer dizer, temos já dentro de nós ou pelo menos temos ciência que existe, às vezes até praticamos, a bondade, a ajuda, a compreensão, o correto, o coletivo. Mas às vezes, "apagamos", nos desconectamos e revelamos ainda o lado negro, obscuro que existe lá no nosso íntimo. É como um vício, um hábito ruim, que não conseguimos mudar.
Quem já não se sentiu bem, fazendo um favor para alguém, ou ajudando uma pessoa em algo. Às vezes o simples fato de  prestar uma informação para alguém, nos faz sentir bem. Recentemente sofri um baque muito grande em minha vida. Me sentia julgado, condenado, crucificado, um inútil, um lixo. Um dia, um vizinho estava às voltas com o carro que não tinha partida. Me ofereci para empurrá-lo, pra "pegar no tranco". Empurrei este carro por uns 200 metros. No final estava exausto, com a "língua de fora". O vizinho agradeceu e eu voltei pra casa. Cara, eu tava feliz! Muito feliz! A minha exaustão se transformou em alegria, felicidade. Eu me senti útil! Me senti "bom" novamente! Agradeci muito a Deus por isto, podes crer! É assim que Deus age, sempre tem um carro por ai pra se dar um empurrãozinho e nos lembrar o que somos na essência. 
Nós estamos acostumados com o errado, com a desonestidade, com o individualismo. Criou-se uma "cultura", é como se fosse normal. Não confiamos mais em ninguém e vivemos assim, normalmente, no meio disto tudo. Criamos leis, que são desrespeitadas até pelos próprios legisladores. Leis que muitas vezes poderiam ser substituídas pelo bom censo. Nos tornamos individualista, egoístas, ambiciosos. Queremos  "nos dar bem" e  o  resto  que  se  f ... "Entre eu e a vovó, que chore a vovó" dizia um cara, muito religioso, que conheci. Às vezes isto nem é feito intencionalmente, mais parece um "instinto de sobrevivência", deste mundo "civilizado".
Ao se fazer um negócio, é preciso um contrato, este contrato precisa ser registrado em cartório, precisa ter testemunhas, precisa ter carimbo. Ninguém se arrisca em confiar. Se alguém o faz, é motivo de chacota. E isto tudo é considerado normal pela sociedade. Quer dizer, não é normal praticar o bem, ser bom, honesto, correto, ser confiável, ter palavra. Quando alguém se destaca por isso, sem interesses mesquinhos, quando dedica sua vida em prol de causas nobres, é condecorado, vira herói, ganha prêmios, vira santo.
Esta anormalidade, está por todo lado, em todos os setores. É normal, um médico, ou outro profissional, prestar serviços super valorizados para "compensar" os anos dedicados ao estudo, enquanto seus bens materiais se acumulam. É normal, obras de um governo super faturadas, classe política, com interesses escusos. É normal, o "espertinho" comprar algo, abaixo do valor de mercado, de um pobre coitado desesperado que precisa de dinheiro. É normal, nossa mania de tirar vantagens, tirar proveito de certas situações. É normal, achar que para  ganhar o outro precisa perder. É normal fazer fofoca, comentários maldosos da vida alheia. É normal julgar, apontar o dedo. E o resultado disto tudo é o noticiário do dia a dia, as manchetes nos jornais. Aliás já assistiu telejornal sem notícia ruim? É  muito chato! Somos ávidos por desgraças, mas que sejam alheias.
Existe no comércio a mania de promoções, de pedir descontos, que é incentivada pelo próprio comércio. Quer dizer, o comerciante não é "honesto" o suficiente para por um preço justo e ponto final. E do outro lado, estamos nós, nos aproveitando da situação, nos iludindo com nossa "esperteza". Se não tiver uma faixa de promoção e descontos, não se vende. E um pobre ignorante, que muitas vezes não tem o que comer, é vitima deste processo. Aliás, qual a diferença entre ficar pechinchando, pedindo descontos e ficar numa esquina com uma latinha na mão, pedindo esmolas? Os valores envolvidos são iguais, são ínfimos. É que pedir descontos é considerado normal, aceitável, é considerado inteligência, esperteza. Pedir esmolas é considerado fraqueza. Campanhas de publicidade, induzem a compras, que geralmente não podem ser feitas, nem pagas e o resultado todos sabemos: tensão, estres, de ambos os lados. Poderia ficar elencando inúmeros exemplos que fazem parte do nosso dia a dia e são consideradas normais, aceitáveis.
Na religião, por exemplo, há contradições entre o discurso e a prática. Mesmo considerando a igreja um mal necessário, senão a coisa poderia ser pior, não consigo aceitar certas coisas. 
De um lado os evangélicos, prometendo salvação, curas, milagres, em troca de um dízimo, que muitas vezes é superior a um décimo. Deus não cobra nada de ninguém, nem  fidelidade, temos o livre arbítrio. Há consequências é claro, mas Jesus nunca cobrou nada por seus milagres, por suas curas. Aliás as doenças físicas só existem porquê somos doentes psíquicos. A partir do momento que nos encontrarmos com nossa essência,  os males físicos desaparecerão.
E a igreja católica! Vejam o capital, a riqueza da igreja que se diz  a legítima representante de Deus. Isto não é contraditório? Como explicar a um marginalizado, a um desvalido, a igualdade entre nós, perante Deus, se o próprio "representante" se apresenta com ostentação? Quantas vezes quis entrar numa igreja, para ficar sozinho comigo mesmo e encontrei as portas fechadas. Deus não tem hora! E o valor inestimável das imagens sacras em igrejas? Deveria ser tudo de material reciclável. Parece que o valor do símbolo supera o representado. O exemplo de humildade, do despojo de bens materiais deve vir de cima. Nas visitas de um Papa, tudo é de muita riqueza e luxo. Quanto dinheiro não é gasto nisto tudo! Onde está o exemplo de humildade, dos votos de pobreza? E não estou nem falando dos tempos da inquisição, da escravidão e de outras questões internas, atuais. Visões distorcidas, compreensões erradas, que são "apagadas" com um simples pedidos de desculpas.
Queria ver um padre ou pastor, "deixando tudo" e sair por ai, a pé, chinelinho de dedo, batendo de casa em casa, se abrigando nas casas humildes, oferecendo apoio, uma palavra de conforto aos pobres e desvalidos. Participei do último censo do IBGE e cansei de ouvir histórias, pedidos de ajuda. A maioria das pessoas "carentes", não quer nada material, só querem alguém que as escute, que as ampare, que as console, que as  relembrem que vivem, que são importantes, que "fazem parte". Alguém que sirva de intermediário para questões que não tem acesso, que para elas são inacessíveis. É tão fácil  Deus se fazer presente nestes locais. É ali que eles deveriam estar e não encastelados num templo. É o pastor que vai até as ovelhas e não as ovelhas que vão até o pastor. Muitas destas pessoas já estão descrentes, já perderam a fé, não só em Deus, mas em tudo. Em outras, a esperança e a única coisa que resta.
Recentemente, durante o processo de santificação de uma santa, próximo daqui, o que se via, era dirigentes locais e próximos,  entusiasmados com o desenvolvimento económico da cidade, da região, com o fluxo de turistas e cristãos, após a inauguração do santuário. Ainda não fui lá, mas deve ter barraquinha dos dois lados da rua, vendendo de tudo. Qual a diferença entre isto e os vendilhões do templo, expulsos por Jesus?
Quando falo em igreja, falo da instituição, não das pessoas, embora a instituição seja formada por pessoas. Conheci, padres, pastores, pessoas ligadas à igreja e não discuto, não duvido das intenções destas pessoas. Na verdade, sem perceber, são vítimas de um sistema. Tive ajuda de algumas, as quais serei sempre grato. Não me deram nada demais, só me fizeram sentir normal. Deram o que tinham e o que podiam dar : apoio, compreensão. Deram-me o que eu precisava : o necessário.
Já disse anteriormente, que temos uma ideia de separação. Já disse também que nosso Deus é nossa alma.   Devemos prestar mais atenção nos detalhes. Precisamos parar de "praticar" esporadicamente e começar a agir integralmente, tanto no ser como no fazer. A oração, a comunhão com Deus, não deve ser somente algum dia da semana, alguma hora do dia. Deve estar presente nas atitudes do nosso dia a dia, na nossa vivência, na nossa convivência, na nossa sobrevivência. Se estivermos de frente com alguém, se formos fazer algo para alguém, por alguém, que afete, que envolva alguém, que vejamos este alguém como alma. Garanto que nossa atitude irá mudar, pois estaremos frente a frente com Deus. Não é preciso ser santo, basta ser correto, justo. Basta ser normal.
"Deixe tudo e siga-me", não é deixar bens materiais. É deixar convenções, dogmas, paradigmas, sistemas, modos, maneiras, crenças, hábitos antigos e segui-LO em suas atitudes, suas palavras, sua simplicidade. Então as coisas materiais deixarão de ser importantes.
Enquanto houver medo de "perder", de ser prejudicado, de ser enganado, de não ter o suficiente, é porque não há fé, ou melhor, não há convicção. A fé deixa dúvidas, a convicção não. Jesus, na época, estava convicto, por isso conseguiu realizar. Se conseguirmos agir assim podemos dizer : "O senhor é meu pastor e nada me faltará".
Ainda somos,  "Homens de pouca fé".

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A IMPORTÂNCIA DE UM PONTO ( . )

Eu poderia ser mais um, entre tantos, a tentar escrever um livro de auto ajuda, um livro esotérico, um romance tipo Paulo Coelho. Ou então escrever minha auto biografia. Um livro cheio de termos técnicos, português perfeito, difícil, coordenado, talvez chato. Iria atingir um publico restrito. Talvez ninguém. Talvez um leitor, que provavelmente não seria minha esposa nem um filho. Sabe como é, "santo de casa não faz milagres"!
Sempre tive vontade de escrever. Quando era adolescente escrevia versos, poemas. Cheguei a participar de um concurso literário. Até convenci meu pai a comprar uma máquina de escrever. Pensei, agora vai! Mas acabei "não fondo".
Minha infância, adolescência  e principalmente a vida de adulto, não foram fáceis. Não que tenha sofrido, mas no sentido de me adaptar a este mundo. Pobre, tímido, gago, deslocado, meio perdido, sonhador. Não me achava, não me encontrava. Sempre fazendo um esforço para me mostrar igual aos outros, a ser aceito pelos outros. Hoje, vejo que minha preocupação principal era: O que "eles" querem que eu faça? O que "eles" querem que eu fale? Mesmo assim, não deixava de pensar que era normal, que sabia de tudo, que entendia tudo. 
Apesar de sempre ter sido um aluno exemplar, me destacando por ser "muito inteligente", o que ninguém sabia era o esforço que eu fazia para isso. Lembro que no primário, acho que foi no 5o. ano, era preciso fazer um exame final, que englobava toda a matéria do ano. A professora passou perguntas, muitas perguntas. Eram mais de 100, que precisavam ser respondidas, corrigidas e estudas para o exame final. Adivinha! Tirei 10. "Dez professora?" Claro, eu havia decorado todas, de cabo a rabo e de rabo a cabo. Como eu era esforçado!
Uma vez, nos foi pedido para fazermos uma redação sobre o assunto: Os Defeitos da minha Professora. Não deu outra! Defeitos achados: nariz comprido, boca grande, perna torta... Muitos destes defeitos foram inventados. Porque eu não conseguia entender, como fazer uma redação, como achar tantos defeitos numa professora tão pequena? Como eu era tapado!
Numa outra redação, deveria escrever sobre o Rio de Janeiro. Meu problema, era como escrever sobre um rio que nem conheço? Mas vai lá. Vamos imaginar: "O rio de janeiro é um rio de águas cristalinas, águas tão limpas que dá para ver os peixinhos nadando. A areia no fundo do rio é fina  e  ..." enfim, ela não havia explicado que era sobre a cidade do Rio de Janeiro. Como é que eu ia adivinhar, nem sabia que existia! Como eu era ignorante!
Comecei a perceber que não tinha muito futuro. Ou acertava na loteria ou tentava um concurso público.
A minha presença em sala de aula, sempre foi em vão. Eu não entendia nada do que era passado pelos professores, não conseguia acompanhar. Em casa, sozinho, ia repassando a matéria e,  remoendo, imaginando, tentava entender e compreender. No final eu me dava bem. Como eu era esperto!
Certa vez no ensino médio, foi feito um teste, para vermos nossa vocação. Qual a área que teríamos afinidades, qual seria nossa aptidão profissional. Pra variar, a minha não deu em nada. Lembro até hoje o olhar daquela professora. Tipo assim: "O que vai ser deste menino!" Como eu tava perdido!
Pra dizer a verdade, sempre fui meio "inocente". Uma vez, quando ainda era molequinho, um amigo meu, mais velho e malandro do que eu, abriu um daqueles rádios antigos da época. Lembro como se fosse hoje, era um caixote de madeira. Tirou os parafusos da tampa traseira  e me mostrou os "homenzinhos que falam". Juro que vi! E eles tavam falando! Eram de metal meio acobreado. Eram dois, um maior e outro um pouco menor. Como eu acreditava nas pessoas!
Não lembro muita coisa do meu passado, mas tem algumas coisas que marcam. Fiquei sabendo que Papai Noel não existia, aos 7 anos de idade, quando um primo meu, deixou escapar que havia escondido os presentes do filho dele no milharal. Ele não sabia que eu ainda não sabia! Como eu era bobinho!
Na verdade  sempre fui tipo um carro, com bateria fraca. Sempre precisei de um empurrãozinho, de uma ajudinha.
Nunca fui muito fissurado por leitura, mas sempre lia alguma coisa ou outra. Desde revistas de foto novelas e gibis, alguns livros da literatura brasileira...       
Durante o ensino médio, pegava livros da biblioteca do colégio e levava pra minha mãe ler. Segundo a bibliotecária eu era o aluno que "mais lia" no colégio. Eu lia alguns, nem todos. No fim já pegava livros que "havia lido". Minha mãe olhava e dizia : "Este eu já li, mas, deixa que eu leio de novo". Que dó da minha mãezinha!
Foi ai que tive o primeiro resultado positivo em consequência da leitura. Numa prova era necessário fazer uma interpretação de texto e ..., tirei 10! Acertei tudo e ainda escrevi na prova : Texto extraído do livro tal, do autor tal. Além do 10, ainda ganhei um "parabéns e continue assim"! Como eu tava embevecido! Querendo agradar minha mãe, me dei bem. Nem tudo tava perdido!
Quando entrei na faculdade, vi como era  grande minha ignorância. Comecei a levantar cedo, para assistir os telejornais da manhã. Fiz assinatura de revistas semanais. Lia de capa a capa, até as propagandas. Aliás, foi com estas revistas que comecei a entender de política. Eu sabia de tudo o que acontecia em Brasília. Estava ficando bem informado!
Comecei então a variar minha leitura. Livros sobre hipnotismo, concentração, meditação. Livros de auto ajuda, então! Neuro linguística, psicologia, sociologia, filosofia, bíblia (nos momentos de dificuldades). Livros da faculdade de economia e suas matérias. Livros esotéricos, espíritas, livros e matérias sobre ETs, sobre o universo.
Mas enfim, vamos ao moral de toda história. Eu só queria mostrar que a ignorância não é privilégio de alguns. Num certo ponto todos somos ignorantes em alguma coisa. Não falo no sentido pejorativo, mas no sentido de não saber sobre algo ou algum assunto.
Sempre gostei de "desenhar" para entender. Em algumas revistas de passatempo, há uma brincadeira de seguir os pontos, até formar um desenho ou uma figura. Imagine cada pontinho destes como um aprendizado que teve, uma compreensão sobre algum assunto, uma experiência, uma conclusão. Um livro que leu, um assunto pesquisado, uma reportagem, uma reunião com amigos, qualquer coisa em que tenha aprendido algo diferente. Se você usar a imaginação e seguir estes "pontinhos" da sua vida, no final sairá uma figura : você. Já não dizem que "somos o que comemos"? Ou, "somos o que pensamos"? Acrescente esta : Sou o que aprendi! Quanto mais diversificado for seu aprendizado, maior a compreensão dos fatos, da vida, do mundo. E tem mais, você terá uma opinião sua, globalizada. E não ficará só falando de trabalho nas festas de confraternização.
Imagine ser você um copo com água suja. Vá pingado, com um conta gotas, água limpa neste copo. Considere como água limpa todo conhecimento que adquiriu, hábitos que mudou. Um dia toda a água do copo estará limpa. Então terá toda a luz necessária para tirar sua próprias conclusões. Não precisará mais ser um "Maria vai com as outras".
Imagine uma linha reta. Esta linha reta é o seu caminho. Aprendemos na escola que uma reta é feita de pontos seguidos. Basta  por um ponto fora desta reta, tanto para cima ou para baixo, dar seguimento a este ponto alterado, e,  pronto, alterou-se a direção desta reta. Pronto, mudou o seu caminho! Este ponto alterado é um conhecimento novo, é uma atitude nova. Siga esta nova reta e depois de um certo tempo olhe para trás e veja a diferença no seu caminho.
E principalmente, tire o máximo proveito das "des-graças" que acontecem em sua vida. Nada é por acaso. Dê uma olhada no seu caminho. Se necessário mude mais um pontinho!
Enquanto o normal deste mundo, é ser especializado em algum ramo, em alguma profissão, eu me especializei na vida. Conheço agora a engrenagem da vida. Muito do que "aprendi", foi observando e estudando os acontecimentos diários, as pessoas. A dita "escola da vida". Nos momentos de dificuldade, de incompreensão, a leitura me dava a luz necessária. Às vezes, somente um parágrafo, ou uma linha de um livro bastavam para o esclarecimento das minhas dúvidas. Até a TV "me ajudava". Quantas vezes uma frase solta era captada e "se encaixava" naquela lacuna! 
Ainda não tenho capital, dinheiro. Continuo sendo um "João ninguém". Mas não me "pré-ocupo" mais com isto. Assim como há pessoas que me "julgam", poderia também julgá-las. Não me importo mais com o que "eles" querem que eu faça, ou o que falem. Agora tenho uma base sólida. Agora eu Sou! Tanto é que tô aqui, sem medo de ser feliz. Me sinto firme como uma rocha. Hoje vejo além da curva. Enxergo por detrás dos montes.
As pessoas que me empurravam, que me ajudavam e as que hoje me aturam, foram a ajuda que eu  precisava para seguir em frente. É assim que Deus age. Sempre há alguém no seu caminho, para lhe dar um empurrãozinho!
Só me resta uma dúvida. Foi a busca pelas respostas, pelo esclarecimento que me fizeram superar obstáculos, ou foram os obstáculos que me fizeram procurar as respostas?
"Há muito mais coisas entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã filosofia!"

quinta-feira, 7 de julho de 2011

DEUS É COMUNISTA!

Num tempo tempo em que ainda procurava respostas, comprei um livro que falava das religiões, de crenças, desde os tempos remotos, nos cinco continentes. Este livro tinha em torno de 400 páginas, ia de A a Z. Não cheguei a ler todo. Não precisei. A essência do livro era uma só: O  Homem sempre precisou de um Deus, algo ou alguém superior. Sempre buscou explicações para sua incógnita realidade. Em todos os povos, núcleos, em qualquer lugar, há uma necessidade de respostas, que expliquem, que justifiquem nossa existência. Algo que nos ampare quando precisamos, que ajude nos momentos de dificuldade. Que compartilhe conosco os momentos de alegria, ou até que nos censure nos momentos impetuosos. Seja este Deus um arquétipo do Homem, um astro, um animal, ou uma escultura. Até os ateus precisam deste algo superior, mesmo que seja seu chefe ou então seu próprio ego. Inconscientemente, o Homem não sabe viver sozinho, ou não consegue viver só.  Psicologicamente, o Homem não é auto suficiente.
Um dos principais objetivos deste meu "serviço", é desmistificar um pouco este Deus, que procuramos, que "sabemos" que existe, que necessitamos. Trazê-lo mais perto, simplificá-lo, mostrar como Ele atua, como funciona, como está presente no nosso dia a dia, como podemos auxiliá-lo a ser nosso companheiro e amigo.
Nós geralmente temos a ideia de separação. Nos separamos em grupos, classes sociais, raças, patrão e empregado, governo e povo, intelectuais e ignorantes, pobres e ricos, comunismo, capitalismo, etc. E não deve ser assim. Temos um exemplo no céu. Planetas giram em torno do sol, este em torno de uma estrela maior, todos juntos formam uma galáxia, que também tem sua forma. Cientistas já prevêem a junção de galáxias em bilhões de anos. Enfim todos formam um e o uno é formado por todos. O próprio nome Uni-verso já diz isso. E o que quero destacar, tudo funciona em perfeita harmonia.
Assim também pode ser aqui embaixo. Enquanto tivermos a ideia da separação, não poderemos ser unos com a fonte, unidos com Deus. Temos que ter claro a ideia que, o que eu faço afeta o todo. Se eu melhorar, melhoro o mundo e se em consequência o mundo melhorar melhora para mim também. Deve haver reciprocidade.
Se olharmos bem, o universo é comunista! Deus é comunista! Porquê tudo é Ele e tudo que é d'Ele é usado por todos. É doado para todos. É nós que somos ego-istas, queremos dividir as coisas d'Ele. Pode ou ganha mais aquele que for mais ego-ista, que tiver mais ambição.
Lembro-me do tempo que havia ainda a União Soviética, que compunha o bloco "comum-ista". Havia uma tal de guerra fria declarada entre os dois blocos, comunismo e capitalismo, este representado pelos Estados Unidos. Hoje já temos o socialismo, que "seria" um meio-termo ideal. Alias, nós brasileiros também fomos afetados por esta divisão. Quem é da minha época lembra do período da "dita-dura". Período em que os militares "salvaram" o país do comum-ismo.
Vejam como o consciente coletivo  influi no individual. Eu nasci em 63 e passei minha infância e adolescência neste período. Na prática não fomos "afetados" por nada porquê pra nós tudo era normal, mas até hoje tenho um certo medo da polícia militar. Embora não tenha presenciado, participado de nada, o temor, o "clima" instalado na época, no coletivo brasileiro, me afetou de um certo modo.
Por falar nisto, se não me engano, até a igreja era contra o comunismo. Falava-se do diabo/inferno vermelho, que tinha que ser dominado. Parece até que usavam a própria bíblia para justificar isto. Vejam bem o paradoxo.
Mas, seguindo o raciocínio. Se Deus é comum-ista, por quê nós, que seriamos parte d'Ele, não somos, não queremos, não conseguimos? Por quê esta ideia de "o que é meu é meu"? E tem uns que ainda acrescentam, "o que é dos outros também quero um pouquinho"!
Lembram que falei numa postagem anterior, que nós, seres humanos, temos vários núcleos? Temos o ego, que é o eu ( a parte individual, nós). Temos a alma, que já é pura, que na verdade é o nosso Deus individual, depois vem a mônada, o regente e o divino.
É justamente esta separação, esta distância, que existe entre o ego e a alma, que faz com que seja assim. Para não ser repetitivo leia COMPREENDENDO DEUS III (Jun/11).
Quanto menor a distância entre o ego e a alma, mais comum-ista será a pessoa. Começamos a ter uma visão diferente das coisas, do mundo, da vida e não damos tanta importância ao ter, à posse. Deixamos de ser tão ego-istas para sermos mais comum-istas. É claro que não precisamos sair distribuindo as coisa por ai, por mais radical, comum-ista que sejamos. Se bem que, há pessoas que o fazem, ou já fizeram isto. Alguns, hoje são "santos". Isto vai de cada pessoa. É decisão individual. Não devemos e não podemos julgar. "Não julgais", está escrito.
Sempre tive esta ideia. Queria ser rico, para poder ajudar os outros. Um dia, um amigo me chamou à atenção. Ele participava esporadicamente de reuniões espíritas com sua mãe. As coisas não eram bem assim. Cada um tem um caminho a trilhar e dentro dele tem suas provas e seu próprio karma. Podemos dar o peixe, mas também devemos ensinar a pescar. Esta é uma frase feita, mas que pode ser aplicada aqui. Agora, esta é uma frase minha, eu sempre quis falar isto (ah, meu pequeno ego). "Não adianta por água em balde furado".
Por quê o comunismo não deu certo? Por causa do ego. O ego impulsiona. O ego precisa de incentivo. Ele quer aparecer, se destacar, quer ser visto, ele tem ambições. No comunismo, não há espaço para isto. O produto, o bem, o resultado do que é produzido é comum, é de todos. Ainda não estamos preparados para isto. Ainda não somos bons o bastante.
Num ser que já sofre a influência da alma, não há mais tanta ambição. Não é que ele deixa de querer. Ele só quer o necessário. Também não há a necessidade de aparecer, de se destacar. O que ele faz, faz por e com prazer. Não faz para si, faz para Deus. Ele gosta de se doar. Ele sente prazer em servir. Cuidado com pessoas que "gostam de ajudar" mas, querem ser reconhecidas por isto, isto é demagogia.
Esta distância entre ego e alma deve ser encurtada, esta é nossa tarefa. Devemos achar nossa social-democracia interna. Fazer o trabalho vagaroso de aproximação ego/alma. É um trabalho de Hércules.(leia  Os 12 Trabalhos de Hércules).
E, quem sabe, um dia o mundo será comunista! Provavelmente não estaremos aqui para ver. Não nesta vida. Não neste corpo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O PREÇO DO SEU "SONHO"

É muito comum hoje em dia, em algumas situação, geralmente nas horas críticas, se ouvir falar de amigos, parentes, "chegados": É isso ai cara, tem que ter fé! Pensamento positivo! Tudo vai dar certo! Veja o lado positivo!
Afinal , o que é isto, do qual todos falam, usam, realizam. O que é esta fé, este "pensamento positivo", essa energia, que alguns confundem com religião.
Hoje já existem pesquisas científicas, que mostram a realidade da força do pensamento. Objetos, máquinas, movidas a distância, começam a despertar a ciência, procurando utilizar esta energia. Ainda bem que a ciência está se abrindo para certas coisas. O único problema, é que geralmente, a compreensão errada, o uso irracional, direcionado, das "descobertas da ciência", faz com que elas acabem sendo usadas para o lado negativo, para o mal.
Vejam bem, nada, nada em absoluto, daquilo que "imaginamos"  compreender, aprender, descobrir, fabricar, inovar, ou qualquer coisa neste sentido, pode ser creditado como obra do Homem. "Não há folha que caia de uma árvore, sem que a fonte saiba ou permita". Não podemos nos vangloriar de nada. O Homem não consegue nada, sem que seja merecedor. Porque tudo já existe, é inerente ao universo em que vivemos. 
Não somos nós que creamos, lembra? O Único que crea é Deus, a fonte. Como extensão da Fonte, como temos em nós aquela centelha Divina, aquela parte de Deus, o que acontece é que nos é dado a chance, a oportunidade, a condição, para que se possa evoluir. Evoluir,  no sentido de compreender,  concretizar, realizar, aqui, no mundo físico, no mundo concreto,  por merecimento, sempre por merecimento, por ter chegado a certo "estágio", aquilo que nos é intuído.
Já disse uma vez. "Assim como é em cima é embaixo". Aquele emprego, a promoção no trabalho, você só consegue porque merece, porque se esforçou, porque se encaixa no "perfil" ( há este maldito perfil). Aquele carro, aquela casa, aquela viagem, tudo demanda um certo esforço, um comprometimento. Se for individual, depende de você,  se for do grupo, da empresa, depende das pessoas que compõem este grupo, a empresa.. Não há nada que se possa compreender, incorporar,  realizar,  tanto no nível pessoal, grupal, familiar, coletivo, de estado, país, de planeta, sem que haja estudo, engajamento, comprometimento, esforço, de "todos" que o compõem. Família feliz? Empresa de destaque? País desenvolvido? A paz mundial? Acho que agora sabemos o que precisa ser feito. E também temos a ideia do quanto vai demorar. Não há milagres.
Já ouviu falar que querer é poder?  É esta energia, pensamento, vontade, que impulsiona o mundo, o universo o cosmos. Assim como o combustível, a energia elétrica ou qualquer outra energia  existem, e são usadas, para mover, funcionar, motores, utensílios, mover nosso mundo físico, há uma energia "no ar". Uns a chamam de fé, outros de prana,  outros (como eu até certo tempo atrás) chamam de força do subconsciente. Não importa o nome. Hoje chamaria de energia da Fonte, energia Divina, já que Deus está em tudo, é tudo. E é essa energia que nós usamos, para concretizar, compreender, tornar palpável, realizar as coisa no mundo físico.
Em qualquer nível, individual ou coletivo, há estágios, para que alguma coisa, um desejo, um projeto, um evento, um "sonho", se realize, se concretize, se torne real.
ASPIRAÇÃO - ESPERANÇA - FÉ - CONVICÇÃO - REALIZAÇÃO 
Estes são os estágios de evolução.
Aspiração: De repente, você é intuído, tem uma ideia, começa a pensar, dá vontade de fazer. Este é o primeiro sinal. Você começa a aspirar a ter alguma coisa, a fazer alguma coisa, a aprender alguma coisa, num futuro próximo, ou longínquo. Quando isso acontece é um sinal que você já pode ser merecedor daquilo, os pré-requisitos básicos já foram atingidos. A energia já começa a girar em torno de você, pronta para atrair o que você aspirou. Você está apto.
Esperança: Você fez alguma coisa em relação àquela ideia inicial, imaginou, aprofundou, pesquisou, vê que pode ser viável, pode dar certo. Tem esperança que pode conseguir. Já faz um certo sentido pra você.
: O tempo passou, você está mais maduro em relação à ideia. Se aprofundou mais, "meteu a cara". entrou "no mundo" daquela ideia, sabe como funciona ou vai funcionar. Já tem uma imagem mental. Tudo é familiar. Faltam alguns detalhes.
Convicção: Agora que já sabe tudo, já vê em detalhes, só falta por em prática. Só falta acontecer, parece que "tá ali ó", ao alcance da mão, a qualquer momento pode se realizar.
É ai que tá o "pobrema". É entre a convicção e a realização que se encontra o "inferno" do seu desejo. Você vai "pagá teus pecado", vai equilibrar o karma. Só o suficiente pra que seja merecedor daquilo.
Quanto maior, mais alto, mais abrangente, mais pessoas forem atingidas, envolvidas, mais audacioso for, maior o sofrimento, a pena, a cruz, o sacro-ofício. É nesta parte, neste intervalo, que há choro, ranger de dentes, quebra de estruturas, mudanças, que afetam você e outras pessoas próximas. Tudo é possível e necessário. Por quê?
Porquê você vai mudar, vai subir, sua vida vai ser diferente. Sua consciência vai se expandir. A compreensão das coisas será maior. Novas rotinas, novas realidades, novos hábitos.  É um "mundo novo". O jeito velho, o modo antigo, não servem mais. Se você conseguir passar esta fase, ira realizar, o desejo, a ideia, a intuição.
Os exemplos estão no cotidiano de cada um. A história é rica em exemplos, onde o sucesso é precedido de lutas e sofrimentos. O exemplo máximo disto: "para entrar no reino de Deus, é preciso nascer de novo". Muitos desistem nesta parte e ainda jogam a culpa nos "outros", em "Deus". Que não ajudou,  que abandonou, blá, blá, blá. Além do mais, o obra, o projeto, o "sonho" é seu, não dos outros. Já falei anteriormente, que as Leis Divinas são inflexíveis e podem parecer cruéis.  Esta é uma. A Lei da Compensação.
Já devem ter ouvido uma frase : "O universo conspira a favor!" A energia da Fonte sempre está ali. Nós precisamos fazer nossa parte. Os ajustes necessário, o ambiente ideal, para que o novo possa se instalar, se realizar. Então, que tal levar adiante aquela ideia, aquele projeto, ampliar horizontes!
Há pessoas que não mudam nunca. Vivem sempre a mesma rotina. Não procuram conhecer coisas novas.  Se você não muda, não cresce, não evolui. Temos todo direito. Temos o livre arbítrio. Mas um dia  precisaremos mudar. Pode ser nesta vida, ou em outra. Mas vamos ter mudar!