NADA É POR ACASO

SE VOCÊ CHEGOU POR ACASO, OBSERVE SEU MUNDO INTERIOR, ELE QUER CONVERSAR COM VOCÊ.

SE CHEGOU POR CURIOSIDADE, VOCÊ NÃO SERÁ MAIS O MESMO.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CRESCER, PRATICANDO HUMILDADE.

Salvo alguns espíritos empreendedores, a maioria de nós vive a procura da paz, da harmonia, do sossego, de uma vida sem surpresas. Tentamos organizar nossas vidas numa rotina previsível, onde problemas de qualquer ordem nunca são imaginados, nem pretendidos.
Como proceder, como agir diante de um fato novo, que altera nossa rotina, às vezes trazendo dor e sofrimento?
Há os que reagem por instinto, outros com emoção, outros com a razão, outros que simplesmente não reagem, ficando apáticos, impassíveis, diante de qualquer situação.
Todos os tipos de reações, indicam estados de consciência, estágios evolutivos de um ser, de uma pessoa. Sem a pretensão de rotular, melhor ou pior, evoluído ou primitivo, estes estágios são inerentes a nossa condição humana, fazem parte da nossa evolução. Se alguém ainda reage instintivamente, um dia passará para outro estágio. Já quem é mais racional, ou apático, um dia já foi instintivo, não necessariamente nesta vida.  Não podemos julgar, ou apontar o dedo, devemos sim tentar compreender. Socialmente, a apatia, assim como o autismo, é considerada uma doença, um "deslocamento" social, mas considero ser um estado de espírito, um nível consciencial, ao qual a humanidade um dia deve chegar ou passar. Os especialistas humanos, com nível de compreensão limitado, digamos, à orbe terrestre, costumam classificar, marginalizar, qualquer comportamento humano que seja superior ou diferente ao nível por eles alcançado. São os especialistas baseados nos livros, na ciência humana limitada, sem comparação, sem visão cósmica ou holística. Geralmente, estas diferentes reações, estes diferentes estados, são vistos como estados psicológicos individuais, diríamos "sine qua non" à condição humana, pois analisam a humanidade terrestre como sendo única. Sendo que o correto, seria vermos nossa humanidade, como sendo uma entre as demais.
Em qualquer estágio, ou nível evolutivo que nos encontramos é preciso saber que, estando nós encarnados, vivendo nossa vida física neste planeta, estamos sujeitos às leis que dele fazem parte. Sejam leis superiores, espirituais ou simplesmente leis físicas, leis de sobrevivência.
Nada é por acaso, se passamos por determinadas situações, sejam individuais ou coletivas, é porque são necessárias ao nosso crescimento, seja humano ou espiritual. Às vezes estas situações parecem intermináveis, ou passamos a vida inteira nos sentido sozinhos, diferentes, sofredores, incompreendidos. Em alguns casos, por nos sentirmos diferentes, somos inflados por nosso ego, fazendo nos julgar superiores, que é justamento o contrário do que deveríamos sentir ou ser. A humildade, a aceitação, junto com a abstenção do livre arbítrio, são as condições principais para sairmos, superarmos determinadas situações, sejam indesejáveis ou simplesmente desrotineiras. Podemos até ser superiores em algum aspecto, mas neste momento, neste estágio, a prática da humildade e a aceitação dos fatos, é o conhecimento, o aprendizado, que se faz necessário para nosso desenvolvimento. É a alma fazendo um chamado, se aceitarmos crescemos, se reagirmos, postergamos o crescimento.
Por mais superiores que formos, ou pensamos ser, toda situação indesejada não é por nós compreendida no momento. Se realmente desejarmos compreender, precisamos questionar no silêncio e somente com o passar do tempo, somente quando conseguirmos olhar a situação de maneira retrospectiva é que compreenderemos o motivo, a causa, o aprendizado. Não podemos esquecer que, seja qual for nosso nosso estágio evolutivo, sejamos seres da quarta ou quinta dimensão, sempre seremos inferiores à fonte, ao nosso Deus. Até chegarmos ao ponto de sermos dignos de compartilhar do seu reino, a prática da humildade e da aceitação se faz necessária. Após isto, seremos humildes por natureza e não precisaremos mais aceitar os fatos, nós é que seremos seus desencadeadores.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O HÁBITO DE CRER.

Tudo o que fazemos no nosso dia a dia, nada mais são que hábitos. Movimentos, ações, falas, costumes, crenças, repetidos tantas vezes, até se fixarem na nossa mente, fazendo com que sejam  executados inconscientemente. Acreditar, ter fé, também é um hábito. A partir do momento que um hábito é fixado no inconsciente, qualquer coisa que seja contraditória, diferente em algum aspecto, é rejeitado por nós. Este hábito, seja vício ou virtude só será mudado, se tomarmos consciência disto e então fazermos um trabalho de readaptação, substituindo-o por outro diferente. É um trabalho longo e árduo. 
Podemos acreditar em qualquer coisa, somos moldáveis, assim como se molda uma argila. Desde a creação do Homem, da raça, do reino humano isto é assim. O episódio de Adão e Eva com a maçã, pode ser entendida como uma mudança de hábito, um mudança de crença. As coisas eram de certa maneira e a partir de um certo momento o Homem passou a agir, acreditar que poderia ser diferente.
Podemos imaginar como eram os hábitos, as crenças no início da raça humana. Pequenas coisas, objetos, "endeusados", tipo o fogo, a roda. A história recente nos conta sobre crenças e costumes de povos antigos e seus vários deuses. Estes deuses provavelmente também faziam seus "milagres", provocavam mudanças. Mudam os personagens mas a história se repete, não somos mais rústicos, mas uma boa parte da população continua a idolatrar alguns deuses, como a TV por exemplo. O que faz as coisas acontecerem não é a existência de um Deus e sim a crença, o pensamento, a atitude, o ato de crer. Deus é um nome dado a uma energia que paira no "ar".
Hoje, a crença da existência de um Deus único, está praticamente disseminada pelo planeta, salvo alguns rincões ainda isolados. Mas sabemos que não era assim, o Deus único ganhou força com o cristianismo. Mesmo com a crença de um Deus único, a própria filosofia religiosa usa vários instrumentos para fortalecer esta crença. A cruz, a bíblia, os santos, peças sacras, ritos, nada mais são que crenças paralelas, instrumentos endeusados, de certa maneira falsos, mas que são úteis para fortalecer a crença em um Deus. A existência ou não destes instrumentos, não muda a forma, não resulta numa força maior, eles só ancoram, servem de apoio.
E se esse Deus que nós cremos não existisse, o que aconteceria? Não aconteceria nada, as coisa iriam continuar mudando, a evoluir para melhor ou involuir para o caos dependendo do tipo de pensamento emitido por nós humanos, no nosso planeta e por todos os seres, todas as consciência, no caso do universo, do cosmos. Foi o que aconteceu com Atlântida, destruída pela humanidade da época e o que estava acontecendo com a humanidade de agora, antes do ser Jesus. Se não houvesse a intervenção de forças superiores, nosso planeta um dia acabaria implodindo. Uma destruição causada pela força do próprio pensamento humano, que cria formas físicas, materiais, no nosso caso destrutivas.
A ideia de um Deus, baseado no amor ao próximo, onipotente e de certa forma corretivo pra não falar vingativo, com o passar do tempo ganhou presença. Este Deus é comentado, respeitado, temido, vangloriado, de certa forma com hipocrisia, mas ainda não é praticado totalmente. Somente 10% da população, tem o hábito já firmado, de crer, de praticar o sentimento, o pensamento do amor. 
Fixar o ato de crer num Deus único, direciona, objetiva e evita a dispersão da energia. A ideia do bem, do amor, faz conectar com a energia universal, cósmica, que emana do núcleo central e que nós chamamos de Deus. 
Passamos por estágios de fé, de crença, de atitude. Quanto mais se direciona, quanto mais se fixa na direção desta energia única, mais força ela nos proporciona no ato, na intenção, na vontade. Antes de recebermos a doses extras desta força, passamos por processos de purificação, de limpeza, de destruição de formas pensamentos, de hábitos impuros arraigados, cristalizados no nosso subconsciente e até em nossas células. Esta readaptação, esta purificação, é o que causa a dor, o sofrimento.
Fixado o hábito da crença em direção à energia única, depuramos, purificamos o astral, o mental e por último sintonizamos o nosso núcleo físico, nosso coração, nesta energia única. Nosso corpo material é o último estágio a ultrapassar, a ser purificado. É o processo por qual Jesus passou, na sua crucificação. Passado este estágio, somos permeados e passamos a fazer parte integralmente, da energia divina. Então, "Eu e Ele somos um". É a subida ao "céu". Nossos corpos, livres de hábitos, de crenças falsas, de um modo figurativo, passam a "pairar" no ar, totalmente livres e libertos, restando apenas a vontade e o poder. Somos então, energia pura, aquela que chamamos de Deus. Somos então, finalmente deuses.
Esta é a síntese de muitas vidas, mas o que importa isto diante da eternidade?