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quinta-feira, 28 de julho de 2011

EXPANDINDO A CONSCIÊNCIA.

A incerteza, a dúvida, a ignorância sempre foram causas de retrocessos, de estagnações, de tragédias. Se não sabemos onde estamos, não há como nos encontramos. Se não sabemos o que somos, não há como nos conhecermos. Se não sabemos  para onde vamos, não há como seguirmos adiante.
Quando estamos envoltos com um problema, não conseguimos ver claro a situação. Pessoas que estão além do limite do fato, que não estão envolvidas, conseguem enxergar melhor, por conseguir ver o todo. O que não falta nestas horas, é alguém querendo dar conselhos, dizer o que é certo, o que deve ser feito, mostrar o caminho, mas geralmente não aceitamos. Nós só compreendemos, só conseguimos enxergar melhor, após passar algum tempo, quando olhamos para trás e vemos tudo, sem emoções, sem interferências. Às vezes,  então, pode ser tarde.
Esta é a situação nossa, no planeta terra. Pra começar, não sabemos nem quem, ou o que somos. Discute-se muito, se somos parentes do macaco, matéria em busca do espírito, ou se somos espíritos tendo experiências materiais. E esta é uma das justificativas que muitos temos para algumas "experiências", algumas atitudes, nem sempre muito corretas.
Não sabemos de onde viemos. A ignorância e o medo, aos quais somos condicionados, faz com que boa parte de nós ainda acredite que o mundo tenha sido feito em 7 dias, na história de Adão e Eva, na comida da maçã, no paraíso. Pode até haver dúvidas, mas não temos outra saída. Para ser cristão, para ser salvo, para entrar no reino de Deus, é o que nos resta. Temos por opção a ciência, com uma explicação mais lógica, mais racional. Mas daí, corre-se o risco de ser ateu, de não acreditar em Deus, podendo ser castigado e ir pro inferno.
Não sabemos para onde vamos. Alguns acham que tudo acaba após a morte. Vamos pro caixão e pronto. Isto também justifica muita coisa que acontece por ai. Outros acreditam no juízo final, que Jesus vai voltar, vai reunir "os vivos e os mortos", vai julgar, vai mandar pro céu ou pro inferno e dai tudo acaba, ficando assim, pra sempre. Isto limita, dá medo e acaba freando muitos ímpetos. Mas, garanto pra vocês, se Jesus voltasse hoje, de mala e cuia, antes dele conseguir julgar, nós o mataríamos novamente.
Temos também outra linha um pouco mais "suave", mais benevolente, com mais compaixão, que acredita na reencarnação. Quer dizer, "aprontamos" aqui, mas nos é dado outra chance, para consertar, redimir, até ficarmos bonzinhos o suficiente e irmos morar com Deus. Pra nós, na condição de sermos os únicos seres vivos do universo, mas não somos, esta seria a visão mais coerente, a mais compreensível, a mais próxima da realidade, da verdade. O único problema é que ela é viciante, é cíclica, ondular, limitada e não evolutiva. A evolução humana deve ser cíclica, mas espiral, como uma mola.
Na verdade, somos poeira cósmica, envolvendo uma parte Divina. Não importa de onde viemos. Se somos natos daqui, do planeta planeta X ou da estrela Y. Passamos por etapas mais primitivas, mas agora estamos na fase humana, para desenvolvermos nossos corpos e principalmente, ampliarmos nossa consciência. Para depois seguirmos adiante na evolução, em outras dimensões e quem sabe, um dia sermos uma estrela.
Mas não conseguimos enxergar isto, não conseguimos compreender, não podemos acreditar, pois nossa compreensão não alcança. Parece que há uma capa protetora, um círculo que limita, uma fronteira intransponível, que dificulta nossa visão. A verdade, a compreensão, em qualquer situação, em qualquer nível, sempre está a nossa disposição, sempre está ao nosso alcance. Basta fazer um esforço, um algo a mais, para alcançá-la.
A razão da dificuldade no entendimento de um processo como um todo, é a consciência. Não temos consciência do todo. Somos muito focados, direcionados a nos focar no micro e não temos a percepção do macro.  É preciso expandir a consciência.
Consciência, é o nível de compreensão, de lucidez e de responsabilidade, de um indivíduo, de um grupo, de uma empresa, de um país, do planeta, de uma estrela, em relação a todo o processo no qual ele está envolvido.
Se trabalhamos numa empresa e não a conhecemos, se não temos consciência da sua visão, sua missão, seu produto, não temos como assumir um cargo melhor, com maior responsabilidade. Também só teremos aquela promoção desejada, o aumento no salário, se estudarmos, se trabalharmos, se nos envolvermos, se houver esforço, comprometimento, tanto para a compreensão, como com o resultado. Se tivermos a consciência que nós somos a empresa. Se agirmos de acordo com as normas e regras da empresa. Se ampliamos nosso conhecimento, se expandimos a consciência, temos o retorno, a promoção, mas também uma maior responsabilidade.
Quando dizemos estar com um "peso da consciência", quando nos sentimos culpados de algo, é porquê temos consciência que fizemos alguma coisa indevida, não correta. É porquê temos certo conhecimento de um processo, ou parte dele e adotamos uma postura incorreta, tivemos uma atitude, que não condiz com o processo, com as regras. Temos ciência que aquilo prejudica, afeta o bom andamento do processo. Porisque a vida anda muito "pesada" para alguns.
A ampliação da consciência sempre é recompensada. São as pequenas graças que recebemos, no dia a dia, pela busca de conhecimento, por atitudes corretas. Aquele aumento salarial, a promoção, a viagem, o sonho realizado. Tudo o que se consegue, tudo que se realiza, na verdade são recompensas por termos ampliado nossa consciência. É um incentivo, por compreendermos melhor a nossa situação em relação ao todo, por agirmos conforme o processo, conforme as regras.
As recompensas pela ampliação da consciência ficam claras numa empresa, na sociedade, na população de um país, com um país que se destaca entre outros. As regras para a sobrevivência numa sociedade, praticamente nos obrigam a isso. Se não pegarmos o "trem do conhecimento", ficaremos parados na estação.
Infelizmente, a busca, a melhora, o esforço sempre tem objetivos individuais. Assim como nos obriga, a sociedade, o sistema, também nos condiciona, nos direciona ao patriotismo, ao sectarismo, ao individualismo, à especialização, ao micro. Isso temos claro, nos primeiros contatos que temos com outra pessoa. É difícil escapar da pergunta : Você é o quê? Você faz o quê? Resumimos o outro à sua atividade profissional e às vezes pior, ao bens que tem. No máximo, poderíamos questioná-lo quanto ao que ele é como ser humano, mas como não devemos julgar, devemos ver simplesmente, que ele é um ser humano, independente de cor, raça, religião, nação. Precisamos ter uma consciência mais versátil, mais eclética, mais diversificada, mais global. Precismos ter uma percepção diferente da vida, do mundo. A profissão, a atividade exercida, é somente um meio de sobrevivência e não o objetivo final, a finalidade da vida.
Nós estávamos no paraíso com Deus e "comemos a maçã", o fruto da árvore do conhecimento. Pensamos então, que poderíamos ser independentes. Que teríamos conhecimento suficiente para seguirmos sozinhos, sendo individuais. "Comerás o pão com o suor do teu rosto" é o que foi dito quando fomos "expulsos do paraíso". Este foi o castigo que Deus nos deu. Vemos isso claramente no nosso meio. Quanto menor a consciência, o conhecimento, em relação ao todo, mais árduo o trabalho, maior o suor para conseguir sobreviver, sozinhos.
"Já que querem viver sozinhos, que se virem sozinhos e arquem com as consequências, mas sempre estarei aqui, pronto para acolher, se buscarem por mim, se quiserem ser unos comigo novamente" (frase minha, que poderia ser de um evangelho, considerado apócrifo). Temos até conseguido sobreviver, mas à duras penas, muito sofrimento, muitas reencarnações e estamos nos dirigindo para um final catastrófico, apocalíptico.
O ápice de superação da espécie humana é justamente isso. Conseguir viver, sobreviver em sociedade, em grupos, tendo sempre em conta que há outras pessoas a nossa volta. Pessoas que tem os mesmos objetivos, as mesmas necessidades, os mesmos sonhos, os mesmos desejos, a mesma missão.
Como melhorar, como crescer, sem prejudicar, sem afetar o outro? Ou melhor ainda, como melhorar, crescer, beneficiando a mim e outras pessoas mais? Quanto mais beneficiados houverem com a nossa busca da ampliação da consciência, maior será o retorno, a recompensa. E o caminho para voltarmos à união com Deus, não é tão árdua, nem estressante, como no caminho individual. Não é preciso fazer faculdade, nem especialização, nem doutorado. Ele é simples, fácil e sempre podemos contar com sua ajuda. "Procurai primeiro pelo reino de Deus e as demais coisas lhe serão dadas por acréscimo".
Precisamos lembrar, que não estamos mais na luta pela sobrevivência, da espécie animal. Não há mais topo de cadeia alimentar. Não podemos mais aniquilar o próximo para sobreviver, para crescer. O obstáculo à transpor, é justamente deixar de agir com instinto de sobrevivência animal e agirmos, com um modo mais racional, mais justo, mais humano. Precisamos quebrar certos paradigmas. Quebrar barreiras, superar modelos antigos, crenças antigas.
Muitas das causas do fracasso da espécie humana na terra, são as compreensões erradas que temos. É compreendido, que a recompensa nossa, seria o reino de Deus, a volta ao paraíso.
O reino de Deus nada mais é, que um estado de consciência atingido. Por termos ampliado a consciência a tal ponto, que recebemos a graça de ultrapassarmos o estágio humano, para sermos e agirmos como espírito, para sermos novamente unos com Deus. O reino de Deus é uma conquista individual, atingida por agirmos pensando no coletivo. Hoje, em torno de 90% da população pensa o contrário, age pensando no eu, no individual. Pela compreensão que temos atualmente, só conseguiríamos entrar no reino de Deus, num estado pós morte física, o que está errado. O reino de Deus se atinge com a morte do ego e em vida humana. Quando pararmos de considerar o eu como centro de tudo (ego-centro) e começarmos  a compreender, entender, sobreviver, agir, considerando todos como um só, estaremos unidos novamente.
Já ouvimos falar do "efeito borboleta", a "teia da vida". As nossas ações, atitudes, modo de agir, de viver, conviver, sobreviver, falar, devem ter em consideração o próximo, tanto nos mínimos como nos máximos detalhes, pois estão interligadas e tem efeitos colaterais. Precisamos parar de ser um "sem noção" e agirmos com noção. Ai então, voltaremos novamente ao paraíso sonhado e o reino de Deus estará instalado na face da terra. 
Oh, sonho utópico! Porquê me atormentas?

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