NADA É POR ACASO

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

QUANDO ERA CRIANÇA PEQUENA LÁ EM PALOTINA ...

Quero voltar a reforçar a importância da evolução, do conhecimento, somente eles nos ajudam, quando enfrentamos algo "desconhecido". O Apocalipse, fim do mundo, 2012, não deveria nos afetar tanto. Isto está acontecendo porquê não fizemos a lição de casa. Professores estavam aqui e seus registros ficaram. Nós que "matamos aula", gazeamos, prestamos atenção à "bobagens" dos colegas, brincamos, não levamos a sério os professores e não entendemos direito a lição. Fizemos de tudo, menos estudar e prestar atenção na escola da vida, que é aliás o único motivo, para estarmos aqui, neste mundo. Todo o resto é ilusão. Tudo é "maya", já diziam sábios antigos.
Cada ser, cada pessoa, é um mundo individual, uma consciência. Vamos imaginar esta consciência como um balão inflável. A cada sopro dado, a cada entrada de ar introduzida no balão, ele muda de forma, infla, enche, fica maior. Assim é nossa consciência, assim é nosso mundo individual. O nosso planeta é formado por bilhões de "mundinhos". A cada conhecimento adquirido, a cada compreensão nova, a nossa consciência, a forma como vemos as coisas, como interpretamos o mundo, é diferente, mais ampla. O balão cresce, infla e a consciência se amplia. Cada "mundinho", tem suas leis, suas certezas, "cada cabeça uma sentença". Cada grupo, estado, país, tem seu Deus, "a voz do povo é a voz de Deus", que na realidade é a "média" do pensamento coletivo. Por isso não reclame dos políticos corruptos. Lembre-se do poder de atração!
A cada dia, a todo instantes, mundos são rompidos. Balões são inflados e mundos acabam. Ficamos "diferentes", "enxergamos melhor", entramos num mundo novo, com uma energia diferente. Mas o mundo velho ainda está ali, só o interpretamos, só o vemos de maneira diferente, ou na verdade, vemos que era ilusão, imaginação. Quanto mais aprendemos, quanto mais evoluímos, mais diferentes ficamos e mais nos distanciamos daquele "mundo em que vivíamos". Quando lembramos do que fazíamos quando criança, do jeito que entendíamos as coisas, é motivo de comédia. Interpretamos de maneira diferente, um fato que aconteceu um ano atrás. Se relermos um livro já lido, compreenderemos coisas antes não compreendidas. Tudo isto eram mundos, ilusões. Mundos rompidos, ilusões acabadas.
Quando eu vivia num mundo mais "pobre", eu não gostava muito dos "ricos". A qualquer contato com pessoas mais "civilizadas", ficava inibido e associava isto a riqueza material. Achava que o mais abastado materialmente era esnobe, "nariz empinado". Eu sempre queria ser rico, ter muito dinheiro. Um dia, me dei conta que nunca poderia ter uma coisa da qual não gostava. Como é que quero ser rico, se não gosto deles? Comecei então, a tentar vê-los de maneira diferente. Hoje sei que a diferença "dos mundos", independe da conta bancária. Tem muito rico "pobre" e muito pobre "rico". Rico também entra no "reino de Deus". A dificuldade dele, não está na posse e sim na falta. Por, alguns já se acharem um deus, falta-lhes todo o necessário, para chegar a ele.
Um mundo agora esta findando, rompendo, uma ilusão acabando. Vai surgir um mundo novo, com uma energia nova, um "ar" novo. O velho, o planeta continua aqui, mas a forma que o veremos, que compreenderemos vai ser diferente.
A vida deve ser uma evolução constante, tanto na nossa vida mundana, como na evolução espiritual. No nosso dia a dia temos um exemplo claro em relação à tecnologia. Os mais "antigos", tem uma grande dificuldade para acompanhar esta evolução. Estamos prestes a ter uma população praticamente analfabeta em termos tecnológicos. Assim aconteceu também, em relação ao crescimento espiritual. A igreja, as religiões em geral, tem uma grande "culpa" neste processo. Simplesmente "pararam no tempo". Fomos "educados" com um Deus salvador, benevolente, onipresente, onipotente, à moda antiga. Como se estivéssemos na educação infantil, no primário, na catequese para crianças. Não basta a devoção, é preciso também a compreensão. O Deus "antigo", hoje está praticamente insustentável. Não dá mais para dividir o mundo entre Deus e Diabo, céu e inferno, bem e mal. A consciência espiritual está atrasada. O balão está murcho, deformado. Quem acompanha o mundo civilizado, atualizado, já não consegue incorporar este modo antigo no contexto global, atual. Vejam a situação dos jovens no mundo! Estão "perdidos", sem rumo. Não dá pra contar-lhes historinhas de "papai do céu", para eles isto é inaceitável. Mas eles não têm onde e a quem se "agarrar" e "imaginam" um Deus distorcido, ou até inexistente. Quem teve uma evolução espiritual paralela, independente, tem hoje uma compreensão bem melhor de Deus. Quem tem um Deus mais atualizado, mais moderno, entende e explica melhor certos acontecimentos, certas realidades. O "antigo" o velho ainda serve para os "inocentes", para os "ignorantes". Aceitar a doutrina espírita com suas "variáveis" e "encaixá-la" em suas crenças foi um grande passo dado por alguns. Vejam bem, eu disse aceitar e não usá-la, como está sendo, de maneira inconsequente. Agora é preciso abrir mais a mente, ampliar a consciência e aceitar também a existência de outros mundos, outros irmãos, outras formas de vida. "Eles" já estão batendo a  nossa porta.
Assim como num balão, o ideal é acompanharmos, crescermos lentamente, para melhor compreendermos. Se assoprarmos de modo violento um balão, ele pode explodir. E é isto que pode ocorrer, quando certos acontecimentos  se intensificarem. Quando acontece algo indesejável com uma pessoa próxima, já colocamos Deus à prova, já ficamos em dúvida. Imagine quando tragédias, previstas no "Apocalipse", aumentarem na sequência, na intensidade. Haverá muito choro, lamento, incompreensão. Isto afetará emocionalmente, mentalmente, pessoas "mal preparadas", pouco espiritualizadas. Além de aumentarem o caos psíquico aqui, levarão consigo, no corpo etérico estas marcas.
Mudança de mundo, de consciência, é um novo hábito adquirido, uma nova forma de ver as coisas. A "consciência ecológica" que está acontecendo atualmente, pouco resultado tem na prática, mas tem um efeito enorme, na consciência das pessoas. Aqui em casa, temos o hábito de utilizar sacolas retornáveis para fazermos compras no supermercado. Semana passada esquecemos de levá-las. Fizemos as compras normalmente, mas para mim, era como se estivesse fazendo alguma coisa errada, me senti um "pecador".
Quando era criança pequena, lá em Palotina, nós não tínhamos TV, vídeo-games. A nossa diversão era jogar bola, pescar, caçar. Caçar, na verdade era matar passarinhos, ou qualquer coisa que tivesse asas. Era costume, a cada passarinho morto, fazer uma "marca", entalhar um risco, no cabo do bodoque, do estilingue. Enquanto meus amigos tinham o estilingue todo marcado, eu só tinha um risquinho no meu. Aquilo me incomodava. Olha que nas minhas caçadas, eu usava "pelotas" bem feitas, secadas com cinza! Fazer pelotas, é amassar barro, assim como se faz bolinhos de brigadeiro. É, eu sabia fazer pelotas!  Certo tarde de chuva, eu estava à toa, debaixo de um pomarzinho que tínhamos lá no sítio e apareceu um casal de corruíras (senão sabe, veja no google). Vi ali a chance de aumentar os "riscos" no meu bodoque. Não demorou muito e atingi um objetivo. Aí, aconteceu uma crise de consciência. Fiquei com dó da outra, imaginei que ficaria sozinha, sem seu companheiro, pelo resto da vida. Fiquei o resto da tarde caçando a outra corruíra! Quanto mais o tempo passava, mais agoniado ficava. Eu tinha que "matá-la", para "aliviar seu sofrimento"! Já estava escurecendo, quando finalmente consegui acabar com tudo aquilo. Àquela altura, eu já "sofria" mais  que ela. Eu aumentei sim, dois riscos no meu estilingue, mas ficou nisso. Nunca mais eu matei um passarinho! Aquilo me marcou, foi o fim de um mundo e início de outro. Hoje, quando vejo uma formiguinha "rodeando meu açúcar", converso com ela, explico a situação, peço pra ela procurar outro docinho, pra que não precise mandá-la para outro plano. Por incrível que pareça, algumas "obedecem".
Enquanto estivermos "vivos", neste mundo, não dá pra dizer que sabemos de tudo, que entendemos tudo. Se fosse assim, não estaríamos mais aqui. Não dá pra "descansar". Não dá pra parar de crescer, de evoluir. O mundo não pára, o universo não pára. Qualquer coisa que nos aconteça, sempre precisamos nos perguntar: o que devo aprender com isto? Em qualquer "estágio", que estivermos, só estamos num mundo imaginário nosso. Apesar de sempre pensarmos que estamos "certos" no nosso mundo, é bom sempre olhar em frente, ao redor. Há outros "mundos". Compare seu mundo com o mundo do vizinho. Não para criticar, julgar e sim para aprender. Às vezes a casa do vizinho é menor que a sua, mas o jardim pode ser mais florido. Tente descobrir por quê! No fim do nosso mundo sempre deve ter um ponto de interrogação, para não sermos surpreendidos com respostas desconhecidas, com mundos desconhecidos. 

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