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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

DISPOSTO A CARREGAR CRUZ ALHEIA?

Dando continuidade à interpretação do Livro de Trigueirinho  "O Mistério da Cruz na Atual Transição Planetária", transcrevemos abaixo a terceira etapa do caminho de Jesus. 
Tudo tem seu significado. Num texto com inspiração espiritual, não tem uma letra, vírgula, um ponto, que não tenha seu significado. A essência da Bíblia é espiritual. Atualmente algumas partes são compreendidas de maneira um pouco distorcidas, devido a interpretação ser feita na forma de compreensão humana, por pessoas não verdadeiramente espiritualizadas. 
Perante o sofrimento, a dor, geralmente nos lamentamos, nos sentimos injustiçados. Alguns "entendidos" dizem: "Deus não quer nosso sofrimento". Realmente, Ele não quer, mas também não pode nos livrar daquilo, que nós mesmos criamos, reproduzimos. 
Vivemos num mundo onde tudo é considerado normal. As injustiças, as mesquinharias, o culto ao ego, tudo para nós parece ser parte deste mundo, parece normal, aceitável, mas na realidade não é. Não temos noção do lodo, da sujeira em que nos encontramos por estarmos inseridos nele. Se subirmos num edifício mais alto, temos uma visão mais panorâmica, uma visão do todo. Assim é com uma pessoa mais espiritualizada, mais elevada. A verdade sempre é maior, a cada degrau que subirmos. Se subirmos, veremos a sujeira na qual nos encontrávamos. Veremos o que fazíamos de errado. 
Não há subida sem esforço. Não há elevação sem sofrimento! 

                     A terceira etapa  -  O caminho da cruz, o gradual despertar do ser.

Simão, o Cirineu, leva a cruz de Jesus até o Gólgota.

Com o progressivo agravamento da situação planetária, muitas consciências pertencentes à Irmandade da Luz vieram em auxilio à Terra, da essência dessa Irmandade emana o Amor-Sabedoria, que confere aos que dela são parte a capacidade de irradiar essa energia curadora, onisciente, aos pontos do cosmos onde ela deva chegar. (...)
(...) Sempre que há necessidade, e segundo os desígnios supremos, elevadas consciências filiadas a essa Irmandade são convocadas para operar em diferentes pontos do cosmos. Neste planeta tal colaboração jamais deixou de existir. (...)

Simão foi um estranho, alheio a tudo que estava acontecendo com Jesus, que foi obrigado pelos soldados romanos a carregar a cruz de Jesus até o calvário (Gólgota). Ele, não era romano, não era conhecido. Ele era um estranho, que foi escolhido para aliviar o sofrimento de Jesus. Isto também é simbólico. Conscientemente, como é comum se pensar, poderia ser um estranho e alheio, mas inconscientemente, talvez, sua alma sabia o que estava fazendo. Em vez de estar no lugar errado, na hora errada, ele estava no lugar certo, na hora certa. Quantas pessoas conhecemos, ou ficamos sabendo, que são vítimas de acontecimentos ou passam por situações por qual não esperavam. Pessoas desconhecidas para nós, que assumem para si, inconscientemente,  o peso, o sofrimento, a cruz, que nós geralmente não suportamos ou nos negamos a carregar. Isto não aconteceu somente naquela época. Isto acontece diariamente e não nos damos conta disto. Nesta época de transição planetária, que vai ser de muito sofrimento, há entre nós seres especiais que fazem este papel. Às vezes nós mesmos passamos por situações difíceis, de sofrimento e ficamos nos lamentado. Todo sofrimento, toda dor, toda fase difícil que passamos, é uma cruz que carregamos, para aliviar nossa culpa, ou culpa alheia. Está na hora de parar de lamentar as "injustiças" que nos acontecem e carregar nossa cruz como um sacro-ofício. Nossa alma sabe que está fazendo. Nossa alma é nosso Deus!

No transcurso, Jesus avisa às mulheres que se lamentavam, que não chorassem por ele, mas por elas mesmas e por seus descendentes, “...pois virá o dia em se dirá: - Felizes as estéreis, os ventres que não geraram... Porque, se eles fazem isso ao lenho verde, que acontecerá ao seco?” (Lucas 23,28-31)
(...) Antes que a paz se instale no interior de um ser, ele pouco pode contribuir para a paz no mundo que o cerca. Antes que ele supere o egoísmo, não pode auxiliar na manifestação do amor e da união entre os homens. Antes que possa penetrar os segredos da Criação, o que por ele é criado não reflete fielmente o propósito divino.
A procriação decorrente do prazer ou de uma velada expectativa de auto-realização por meio dos filhos aumenta as dividas cármicas do homem, acrescentando a elas o que vem dos seres que por seu intermédio são trazidos à encarnação.
O vínculo cármico entre pais e filhos refletem-se, pois diretamente no processo evolutivo deles. Uma procriação em condições contrárias às leis espirituais pode, em certos casos, tornar mais lenta a evolução do ser que encarna, e também dos pais, por toda uma encarnação. (...)

Já disse outras vezes, que nossa interpretação sobre qualquer acontecimento, qualquer assunto, depende do nosso estado de consciência, do nosso estágio evolutivo, do nosso nível de discernimento, nosso saber, nossa luz. Está escrito em algum lugar da Bíblia: "Crescei e multiplicai-vos..", o que muitos entendem que é uma mensagem para nos procriamos infinitamente. Devemos sim, crescer, evoluir espiritualmente e nos multiplicarmos, evoluídos, espiritualizados. 
Na verdade, não deveríamos por filhos neste mundo enquanto formos impuros. Uma árvore do mal não pode produzir bons frutos. O bom, gera, dá continuidade ao bem, o mal, dá continuidade ao mal, isto é uma questão de vibração. O ego é o termômetro espiritual. Enquanto formos centrados no ego, na auto realização, não refletimos o amor puro, espiritual. Ter filhos nestas condições, aumenta nosso carma, atrasa nossa evolução e infelizmente reprodizimos isto com nossos filhos. Por mais que  se queira um filho, por mais que os amemos, nosso amor ego-ista, não supera as leis divinas. É comum ouvirmos falar, é um ditado popular: "Por filhos neste mundo só para fazer sofrer!" Agora sabemos porque isto acontece. Eles sofrem, porque nós somos impuros e consequentemente eles também são.
A verdade, às vezes é bem diferente do que pensamos ser. Geralmente fazemos o que as mulheres fizeram enquanto viam o sofrimento de Jesus, nos condoemos com o sofrimento alheio. Na verdade, o que sofre a dor é o ego, nossa parte material, terrena, humana. A alma dessa pessoa que sofre, ao contrário de sofrer, pode estar feliz, em êxtase, por estar aliviando o sofrimento alheio. Isto é digno de um grande ser, de um ser evoluído. Enquanto vivemos aqui, por mais bonzinhos, por  menos egoístas que formos, não nos livramos completamente do ego. Jesus, por já ser puro, por já transparecer o sentimento da alma, já estava ciente do que estava acontecendo. Mesmo assim ele ainda sofria, por não estar totalmente livre do ego. Por isso Ele disse às mulheres para não chorarem por Ele, mas por si mesmas e por seus descendentes. Se o lenho verde, a pessoa pura, já livre da influência do ego sofre, imagine o lenho seco, o egoísta, aquele que não reflete o amor divino, quanto não irá sofrer!
O dia ao qual Jesus se referiu, já está se aproximando, já está acontecendo. Felizes das mulheres estéreis ou daquelas que aceitaram a condição de não poder tê-los, elas não verão o sofrimento dos seus filhos.


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