Tudo o que fazemos no nosso dia a dia, nada mais são que hábitos. Movimentos, ações, falas, costumes, crenças, repetidos tantas vezes, até se fixarem na nossa mente, fazendo com que sejam executados inconscientemente. Acreditar, ter fé, também é um hábito. A partir do momento que um hábito é fixado no inconsciente, qualquer coisa que seja contraditória, diferente em algum aspecto, é rejeitado por nós. Este hábito, seja vício ou virtude só será mudado, se tomarmos consciência disto e então fazermos um trabalho de readaptação, substituindo-o por outro diferente. É um trabalho longo e árduo.
Podemos acreditar em qualquer coisa, somos moldáveis, assim como se molda uma argila. Desde a creação do Homem, da raça, do reino humano isto é assim. O episódio de Adão e Eva com a maçã, pode ser entendida como uma mudança de hábito, um mudança de crença. As coisas eram de certa maneira e a partir de um certo momento o Homem passou a agir, acreditar que poderia ser diferente.
Podemos imaginar como eram os hábitos, as crenças no início da raça humana. Pequenas coisas, objetos, "endeusados", tipo o fogo, a roda. A história recente nos conta sobre crenças e costumes de povos antigos e seus vários deuses. Estes deuses provavelmente também faziam seus "milagres", provocavam mudanças. Mudam os personagens mas a história se repete, não somos mais rústicos, mas uma boa parte da população continua a idolatrar alguns deuses, como a TV por exemplo. O que faz as coisas acontecerem não é a existência de um Deus e sim a crença, o pensamento, a atitude, o ato de crer. Deus é um nome dado a uma energia que paira no "ar".
Hoje, a crença da existência de um Deus único, está praticamente disseminada pelo planeta, salvo alguns rincões ainda isolados. Mas sabemos que não era assim, o Deus único ganhou força com o cristianismo. Mesmo com a crença de um Deus único, a própria filosofia religiosa usa vários instrumentos para fortalecer esta crença. A cruz, a bíblia, os santos, peças sacras, ritos, nada mais são que crenças paralelas, instrumentos endeusados, de certa maneira falsos, mas que são úteis para fortalecer a crença em um Deus. A existência ou não destes instrumentos, não muda a forma, não resulta numa força maior, eles só ancoram, servem de apoio.
E se esse Deus que nós cremos não existisse, o que aconteceria? Não aconteceria nada, as coisa iriam continuar mudando, a evoluir para melhor ou involuir para o caos dependendo do tipo de pensamento emitido por nós humanos, no nosso planeta e por todos os seres, todas as consciência, no caso do universo, do cosmos. Foi o que aconteceu com Atlântida, destruída pela humanidade da época e o que estava acontecendo com a humanidade de agora, antes do ser Jesus. Se não houvesse a intervenção de forças superiores, nosso planeta um dia acabaria implodindo. Uma destruição causada pela força do próprio pensamento humano, que cria formas físicas, materiais, no nosso caso destrutivas.
A ideia de um Deus, baseado no amor ao próximo, onipotente e de certa forma corretivo pra não falar vingativo, com o passar do tempo ganhou presença. Este Deus é comentado, respeitado, temido, vangloriado, de certa forma com hipocrisia, mas ainda não é praticado totalmente. Somente 10% da população, tem o hábito já firmado, de crer, de praticar o sentimento, o pensamento do amor.
Fixar o ato de crer num Deus único, direciona, objetiva e evita a dispersão da energia. A ideia do bem, do amor, faz conectar com a energia universal, cósmica, que emana do núcleo central e que nós chamamos de Deus.
Passamos por estágios de fé, de crença, de atitude. Quanto mais se direciona, quanto mais se fixa na direção desta energia única, mais força ela nos proporciona no ato, na intenção, na vontade. Antes de recebermos a doses extras desta força, passamos por processos de purificação, de limpeza, de destruição de formas pensamentos, de hábitos impuros arraigados, cristalizados no nosso subconsciente e até em nossas células. Esta readaptação, esta purificação, é o que causa a dor, o sofrimento.
Fixado o hábito da crença em direção à energia única, depuramos, purificamos o astral, o mental e por último sintonizamos o nosso núcleo físico, nosso coração, nesta energia única. Nosso corpo material é o último estágio a ultrapassar, a ser purificado. É o processo por qual Jesus passou, na sua crucificação. Passado este estágio, somos permeados e passamos a fazer parte integralmente, da energia divina. Então, "Eu e Ele somos um". É a subida ao "céu". Nossos corpos, livres de hábitos, de crenças falsas, de um modo figurativo, passam a "pairar" no ar, totalmente livres e libertos, restando apenas a vontade e o poder. Somos então, energia pura, aquela que chamamos de Deus. Somos então, finalmente deuses.
Esta é a síntese de muitas vidas, mas o que importa isto diante da eternidade?
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