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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

2012 - O INÍCIO DE UM FIM.

Durante esta semana, tentei dar continuidade, escrevendo sobre assuntos do cotidiano, da vida. Coisas que não vemos e não percebemos. Pequenos detalhes, que muitas vezes nos passam despercebidos. Por duas vezes, tentei assuntos diferentes, mas não obtive "ajuda". Não conseguia dar seguimento, não havia coerência, não conseguia achar as palavras certas, não fluía como das outras vezes. Pensei até que teria que por um fim no meu blog.
Após verificar minha pressão arterial, que chegou ao fantástico recorde de 25/15, sem explicações lógicas...Mesmo tendo uma vida regrada, com alimentação equilibrada e saudável, sem exageros com álcool, sem vícios maléficos, com prática de atividades físicas de 1 hora, ao menos três vezes por semana...Não achei chá milagroso, nem chuchu, nem prescrição médica que desse jeito na pressão deste meu mundo. Segundo um livro que tenho, a solução para pressão arterial elevada, é libertar-se de padrões de pensamentos antigos, é a relutância em abandonar o velho e se abrir para o novo. Sabendo de casos de AVC's e infartos, em situações muito mais amenas do que esta, veio-me à mente a eminência do fim. "Se continuar assim, o fim está próximo", pensei.
Como uma coisa puxa a outra, fiquei a pensar na minha vida. Qual a lógica, qual o fim de tudo isso? O que fiz, deixei de fazer, o que ainda queria fazer, o que deveria fazer. Reli meus escritos anteriores, há uma certa lógica, um começo, meio e fim. Mas percebi que poderia entrar numa mesmice e poderia ser mal compreendido. Embora tenha tudo a ver, meu intuito não é só falar de coisas já tão comentadas. Não quero "ensinar o padre a rezar uma missa". Eu não quero, só repetir com minha opinião, assuntos que podem ser encontrados em outros lugares, em outros livros. Para que perder tempo tentando ensinar, mostrar coisas, por quais alguns dedicaram sua vida e outros até deram a vida. Afinal, não há mais muito tempo. Não há mais tempo para  "levantar os caídos". O "joio já está separado do trigo". Assim como numa plantação, pode até ser feito uma segunda passagem, mas tudo já "está escrito".
Já a alguns anos venho percebendo, que o rumo que minha vida tomou, teria algo a ver com o momento atual  que o planeta vem passando. Então lembrei do fim. Assim como da outra vez, que me deu "um vazio", o fim me foi lembrado. Cheguei à conclusão, que  o meu serviço está mais ligado com o fim. Falar, comentar, para que em momentos oportunos, a mente das pessoas, esteja mais preparada. Mas vou fazer isto paulatinamente, devagarzinho, apesar de 2012 estar batendo à porta. Eu estava postergando este assunto ao máximo, por ser muito delicado. É difícil expressar em palavras humanas, a compreensão complexa, mas  ao mesmo tempo simples, as miríades de possibilidades. Sei que para quem acredita no juízo final, embora espere "avidamente" por este momento ele é assustador. Mas posso adiantar, que de início, tudo será considerado normal, como está sendo, pois as "trombetas já soaram". O fim já teve seu início.
Quando se está prestes a fazer um teste, ou a por em prática alguma coisa que aprendeu, sempre resta alguma dúvida, medo de errar, de não estar fazendo o certo. No meu caso ainda estou assim. Não sei ainda se sou obra do acaso, ou se o acaso quer fazer através de mim uma obra.
Por tudo que aprendi, compreendi também, que em certos momentos, não devemos fazer nada. "Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas, mas só uma coisa é necessária..." Tenho dúvidas se devo ficar quieto e deixar as forças do universo fazerem o seu serviço, ou expor uma compreensão individual. Do mesmo modo que o que eu escrevo, pode ser compreendido de várias formas, dependendo da consciência individual, a minha compreensão pode ser falha. Estou propenso a arriscar, para ver o que vai dar. Se for meu ego que tá falando mais alto, ele logo será calado.
Desde pequeno, ouço falar do fim do mundo. Já passamos algumas datas "certas" para acontecer. Sempre tive um certo medo deste acontecimento. Já pensou em "acabar tudo"? Todas as coisas fúteis que imaginamos essenciais para nossa vida? Aquilo que dedicamos nossa vida inteira! Aquele capital, o nível social, aquela prepotência, nada disto adiantar num certo momento? No fim, haverá muito neguinho fazendo promessa e rezando o terço.
Eu evitava pensar nisto. Ficava imaginando o depois. Como ficariam as coisas depois do "fim do mundo"? Quando eu era criança, um amigo meu, aquele do rádio, me falou que uma estrela era tão grande, que se um dia uma delas caísse, esmagaria  toda a terra. Imagine o medo que sentia, quando via meteoros caindo, pensando que fosse uma estrela. O fim sempre me assustou. Se tudo acabasse, nunca mais, nunca mais, aconteceria nada, ficaria um silêncio total, um deserto total, pra sempre. Tenho até uma imagem mental criada, desde a infância. Lá perto de casa, havia uma bifurcação de estradas, tipo um V. Entre este V, haviam dois pinheiros. Esta imagem sempre me vinha à mente. Ficava imaginando, o silêncio, o deserto, nunca mais, eu, ou alguém passaria por este local. Nunca mais eu veria os dois pinheiros!
Fui crescendo, sugado pela vida, me preocupando em "sobreviver", me aprofundando no "sistema", achando tudo normal. Até ser "cuspido", jogado pra fora e sem querer, me vi "preso" a um processo que nunca imaginei. Por mais que tentasse "voltar", por mais que "esperneasse", fui impedido, por forças involuntárias, a regressar ao "mundo" anterior. Só me foi dado a possibilidade de manutenção da vida física, em condições possíveis de sobrevivência, onde "só o necessário me foi dado". Foi quando aprendi, que 1 real, se faz juntando 100 centavos. Vida física, que por muitas vezes, pensei em dispensar. Na verdade, percebo que para mim este foi o fim de um mundo.
O resultado disto tudo, é que me foi "mostrado", de modo fragmentado, dando ênfase nos detalhes, como nós somos condicionados a uma vida ilusória. Cheia de "valores humanos", baseados num instinto "racional" de sobrevivência animal, onde em momentos críticos, para sobreviver podemos chegar ao ponto de devorar a nós mesmos. É isto que deve dar medo. Num momento de caos geral, qual será a reação? Foi nesta condição que aprendi a dar valor a muitas coisas que geralmente passam despercebidas. Compreendi atos e consequências, individuais, coletiva e globais.
Assim como dizem, que no momento da morte, passa por nossa mente tudo que fazemos e deixamos de fazer na nossa vida, durante estes anos, me foi dado a graça da compreensão, de mistérios deste mundo e do outro mundo. Poderia dizer que agora, eu não sou mais deste mundo, eu só estou neste mundo. Agora, "eu e Ele somos um, só que Ele é maior que eu". 
Na eminência de um caos geral, na vida, na sociedade, no planeta, hoje compreendo, o olhar e estado de compaixão, de muitos mestres. Mestres que passaram por este mundo, enquanto viam a humanidade, a qual tentavam persuadir, seguir por um caminho, que levaria a um fim trágico que já estava previsto a mais de 21.000 anos atrás.

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